REDAÇÃO COMENTADA
Clarice Lispector em entrevista à TV Cultura, em 1977
Tema: O debate sobre a exploração animal em discussão no século XXI
Introdução: Apesar de um início de ponto de vista, esse é apresentado de modo embrionário,
uma vez que não há contextualização do tema, nem a apresentação explícita da tese. Para
isso, utilize conhecimentos gerais que sejam interligados à ideia principal, além de focar em
apresentar o que será dito no desenvolvimento.
Desenvolvimento II: Diferentemente do primeiro parágrafo de desenvolvimento,
o segundo
não possui tópico frasal, o que dificulta o entendimento do leitor sobre o que será dito. Além
disso, é necessário detalhar o que o exemplo traz de argumentação e ponto de vista sobre o
tema.
Desenvolvimento I: É interessante iniciar o parágrafo de introdução com um tópico frasal, que
irá apresentar o que será desenvolvido no parágrafo. Neste caso, apesar de apresentado, é ne-
cessário desenvolver o ponto de vista, com base no repertório trazido.
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A exploração animal no século XXI é um fato na atualidade. Esse
cenário, que não só é presente com os mamíferos aquáticos, acomete todo
reino animal e sua exploração por parte dos seres humanos.
Em primeiro lugar, é necessário observar o âmbito cultural da so-
ciedade que contribui para a persistência da exploração
animal em pleno
século XXI. Desde a utilização de cães como “bombas-vivas” na Segunda
Guerra Mundial, até o teste de cosméticos em animais na atualidade, o
ser humano não visualiza sua própria imagem como parte de uma mesma
cadeia dos não-racionais.
Isso também pode ser visto no plano cultural, uma vez que faz
parte de muitas culturas do mundo os maus tratos com animais. Um
exemplo disso é o rodeio, evento típico da região central do Brasil, que
mesmo sendo forma de entretenimento, maltrata e inviabiliza os direitos
de liberdade dos animais. Pode-se perceber que a não há um acompanha-
mento da população sobre esses acontecimentos.
Sendo assim, é possível perceber que a exploração animal não é um
fato hodierno, mas precisa ser revisto para o bem das futuras gerações. É
necessário que haja a intensificação da atuação das leis nacionais, a partir
de pressão de grupos sociais protetivos, para que a cultura e mentalidade
populacional seja modificada, focando no bem-estar desses indivíduos.
Conclusão: Faz-se necessário detalhar a proposta de intervenção. É imprescindível não esquecer do agente, ação, meio
e finalidade do que será apresentado. Além disso, é interessante finalizar o texto de modo criativo e cíclico, retomando
o que foi dito na introdução.
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O documentário americano, Blackfish, narra a história da baleia orca performática,
Tilikun, responsável por três mortes sua vida em cativeiro. Privado de explorar o oceano, o
animal exerceu função de entretenimento para o público por mais de 20 anos, garantindo
sua liberdade apenas em 2017, com seu falecimento. Esse cenário, que não só é presente
com os mamíferos aquáticos, acomete todo reino animal e sua exploração por parte dos
seres humanos. Dessa forma, essa despreocupação histórica com os seres não-racionais
persiste na atualidade, uma vez que a lenta mudança do pensamento social acarreta a
desproteção desses por meio das leis.
Em primeiro lugar, é necessário observar o âmbito cultural da sociedade que contribui
para a persistência da exploração animal em pleno século XXI. Desde a utilização de cães
como “bombas-vivas” na Segunda Guerra Mundial, até o teste de cosméticos em animais
na atualidade, o ser humano não visualiza sua própria imagem como parte de uma mesma
cadeia dos não-racionais, fato que culmina não só para os maus-tratos, mas também para
uma mentalidade de superioridade e poder sobre aqueles que não possuem voz.
Essa relação hierárquica também pode ser entendida no plano cultural, uma vez que
faz parte de muitas culturas do mundo os maus tratos com animais. Um exemplo disso é o
rodeio, evento típico da região central do Brasil, que mesmo sendo forma de entretenimento,
maltrata e inviabiliza os direitos de liberdade dos animais. Nesse sentido, é possível perceber
que a falta de legislação resgatando a vida daqueles que não respondem por si mesmos é
extremamente falha, uma vez que não ultrapassa nem os processos industriais do sistema
capitalista, nem desintegra concepções históricas e culturais de um povo.
Sendo assim, é possível perceber que a exploração animal não é um fato hodierno,
mas precisa ser revisto para o bem das futuras gerações. Para isso, é necessário um
desenvolvimento midiático global, por meio de instituições como a World Animal Protection,
através de propagandas em canais abertos de televisão e espaços públicos, como metrôs
e pontos de ônibus, com o intuito de alertar a população sobre os efeitos desse tipo de
exploração. Além disso, faz-se necessário a intensificação da atuação das leis nacionais, a
partir de pressão de grupos sociais protetivos, para que a cultura e mentalidade populacional
seja modificada, focando no bem-estar desses indivíduos.
REDAÇÃO EXEMPLAR
Sugestão de reescrita:
Tema: O debate sobre a exploração animal em discussão no século XXI