2(16,12'$*5$0È7,&$,1'87,9$(
&217(;78$/,=$'$
0(7$
'LVFXWLUDVTXHVW}HVUHODFLRQDGDVDRHQVLQRGHJUDPiWLFDGHDFRUGRFRPDOJXQV
PpWRGRVHDERUGDJHQVSUHSDUDQGRRSURIHVVRUHPIRUPDomRSDUDDYDOLDomRH
HODERUDomRGHDWLYLGDGHVTXHSULYLOHJLHPRHQVLQRGHJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
GHDFRUGRFRPDVQHFHVVLGDGHVGHVXDVWXUPDV
2%-(7,926
$R¿QDOGDDXODR D DOXQR D GHYHUiVHUFDSD]GH
'LVFXWLUDVTXHVW}HVUHODFLRQDGDVDRHQVLQRGD
JUDPiWLFDGHIRUPDGHGXWLYD
'LVFXWLUDVTXHVW}HVUHODFLRQDGDVDRHQVLQRGDJUDPiWLFDGHIRUPDLQGXWLYD
'LVFXWLUDVTXHVW}HVUHODFLRQDGDVDRHQVLQRGDJUDPiWLFDGHDFRUGRFRP
PpWRGRVHDERUGDJHQVGLYHUVDV
$QDOLVDUOLYURVHPDWHULDLVGLGiWLFRVGHVWLQDGRVDRHQVLQRGDOtQJXDLQJOHVDD
SDUWLUGDVTXHVW}HVGHJUDPiWLFD
35(55(48,6,726
&RQKHFLPHQWREiVLFRVREUHRSURFHVVRGHHQVLQRDSUHQGL]DJHPGHXPDOtQJXD
HVWUDQJHLUD
&RQKHFLPHQWRGDVRULHQWDo}HVSDUDRHQVLQRGHOtQJXDVHVWUDQJHLUDVDSDUWLUGRV3&1
&RQKHFLPHQWRGDVRULHQWDo}HVSDUDRHQVLQRGHOtQJXDVHVWUDQJHLUDVDSDUWLUGDV2&(0
&RQKHFLPHQWRGDVRULHQWDo}HVSDUDRHQVLQRGHOtQJXDVHVWUDQJHLUDVDSDUWLUGR31/'
$
XOD
(ODLQH0DULD6DQWRV
*LOGHWH&HFtOLD1HUL6DQWRV
5RGULJR%HOIRUW*RPHV
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
INTRODUCTION
Nas aulas 7 e 8, estudamos oensino de língua inglesa a partir das
habilidadesde listening, speaking, reading e writing, de modo a preparar o
professor em formação a trabalhar as habilidades de forma comunicativa,
conhecendo o que os principais métodos e abordagens têm a dizer sobre
esse assunto. Na aula 9, vamos discutir sobre o modo pelo qual a gramática
é apresentada nos livros didáticos, de uma forma geral, e como ela pode
ser trabalhada pelo professor, tanto a partir de uma concepção dedutiva
como indutiva.
A todo momento destacamos que o professor que compartilha
das opiniões do pós-método precisa conhecer a teoria para o ensino de
línguas, de modo a poder empregar as atividades que mais se adequam às
necessidades de seus alunos. A mesma preocupação deve estar presente
no momento de planejamento de aulas de gramática, principalmente
quando percebemos que Kumaravadivelu (2001, 2003, 2006, 2012), ao
defender que o professor não À que À xo a uma metodologia especíÀ ca,
defendeutambémque o ensino da gramática fosse, sempre que possível,
pautado em práticas indutivas. Nesta aula, iremos entender a distinção entre
deductive and inductive grammar teaching.
Após o estudo teórico sobre o ensino de gramática, iremos analisar
algumas atividades delivros didáticos diversos, propor algumas reÁ exões
sobre as atividades encontradas nessas obras e planejar algumas outras, tendo
sempre em vista a análise particular e individual que cada turma deve ter.
Revise os conteúdos das aulas anteriores, recorrendo, também, aos
materiais encontrados na disciplina Metodologia do ensino-aprendizagem
de Inglês I. Estude os conteúdos aqui propostos com dedicação e aÀ nco
e siga todas as orientações, recorrendo à ajuda do seu tutor, sempre que
necessário. Atividades complementares serão propostas de forma oportuna,
ao longo da aula, pelo coordenador desta disciplina.
Bons estudos e um excelente trabalho a todos.
Ao iniciarmos a aula 9, um primeiro questionamento é levantado:
qual a diferença entre o ensino dedutivo e indutivo de gramática? Antes de
respondermos essa pergunta, analise as abordagens do professor X e do
professor Y em relação ao ensino do presente simples. O professor X entra
na sala e escreve no quadro: Simple present. Logo após, explica o assunto em
detalhes para que os alunos possam compreender as estruturas utilizadas
por esse tempo verbal. As explicações poderiam ser mais ou menos como
narrado a seguir:
Professor X: Bom dia, alunose alunas, hoje vamos estudar o presente
simples. O presente simples é formado por sujeito, verbo no inÀ nitivo e
GRAMÁTICA INDUTIVA X GRAMÁTICA
DEDUTIVA
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
complemento. Quando tivermos he, she ou it, o verbo recebe um s À nal.
Nas frases interrogativas, colocamos os auxiliares do ou does (he, she, it).
Quando o auxiliar utilizado for o does, o verbo volta para o inÀ nitivo. Nas
interrogativas, colocamos o auxiliar depois do sujeito, lembrando que para
he, she e it usamos o auxiliar does, seguido do advérbio de negação “not”. Na
colocação do ‘s’ no À nal dos verbos, na terceira pessoa do singular, algumas
adaptações podem ser necessárias. Por exemplo, se o verbo terminar em
‘o’, deve-se colocar ‘es’, se for o verbo ‘have’, a forma deve ser ‘has’, se o
verbo terminar em ‘y’ e for antecedido de vogal, coloca-se o ‘s’, caso seja
antecedido de consoante, troca-se o ‘y’ por ‘ies’. Alguma dúvida? Agora
copiem essas dez frases no caderno, e passem para a interrogativa e negativa.
Exemplo de ensino dedutivo da gramática da língua inglesa. Fonte: https://lingualgames.À les.
wordpress.com
Professor Y: Bom dia, alunos. Vocês já perceberam que existem ações
que fazemos com muita regularidade? O que vocês fazem todos os dias?
Vamos fazer uma lista juntos? (açõeslistadas: I wake up early, I take a shower,
I have breakfast, I go to school, I study, I talk to my friends, etc). Mas será que
fazemos tudo isso na mesma hora? Se reúnam em trios, e para cada frase,
anote a hora que cada um faz essas atividades.
Teacher Y: João, what do you do every day?
João: I take a shower.
Teacher Y: What time do you take a shower?
João: I take a shower at 7 am.
Teacher: João, what time does Ana take a shower?
João: Ana take a shower at 7:15
A partir desse diálogo, o professor pergunta a João se o correto é “Ana
take” ou “ Ana takes”, pedindo a ajuda dos colegas sobre a forma correta
do verbo. Envoltos em um ambiente reÁ exivo coletivo, a forma correta é
destacada. A partir daí, os alunos, nos mesmos trios, vão tentar lembrar o
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
que cada um faz e em que horas faz, usando os pronomes I, he e she.
Em seguida, o professor Y pede aos alunos para que expliquem a
diferença entre a conjugação de verbos para cada pronome pessoal, e dá
as explicações gramaticais necessárias.
Trabalhando Daily Routines na aula de língua inglesa. Fonte: https://i.ytimg.com
Percebeu como as abordagens dos professores X e Y são diferentes?
O professor X ensinou a gramática a partir de uma abordagem dedutiva,
ou seja, as regras foram explicitadas logo no começo da aula, e os alunos
precisaram prestar atenção em todas as explicações, decorá-las e aplicá-
las, tal prática geralmente ocorre por intermédio de exercícios mecânicos,
que não estão voltados para o sentido das frases, e sim para a estrutura
e, por isso, um dos exercícios mais comuns é o de passar as frases para a
negativa e a interrogativa. Trata-se do ensino gramatical defendido pelo
método da gramática e tradução, pois, os princípios desse método estão
baseados na aprendizagem da LE a partir da memorização de vocabulário,
da explicação das regras gramaticais de forma clara e dedutiva, trabalhando
todas as regras e exceções, além de longas listas de exercício que focam na
tradução e na gramática. No grammar-translation são comuns os exercícios
descontextualizados, com frases soltas, privilegiando-se a tradução, as
formas aÀ rmativa, negativa e interrogativa, e os À ll-in-the-gap exercises. É
importante destacar que as regras devem ser ensinadas na língua materna,
já que a oralidade não é o alvo deste método.
Students study grammar deductively; that is, they are given the grammar rules
and examples, are told to memorize them, and then are asked to apply the
rules to other examples. They also learn grammatical paradigms such as verb
conjugations. They memorize native language equivalents for target language
vocabulary words (LARSEN-FREEMAN, 2011, p. 19).
O professor Y ensinou a gramática de forma indutiva, ou seja, ele
não explicou as regras em um momento inicial e nem ao menos disse aos
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
alunos qual o tempo gramatical que eles estavam estudando. O professor
começou trabalhando o contexto no qual o presente simples é utilizado. Os
alunos, então, aprenderam que estavam falando sobre ações que acontecem
rotineiramente (daily routines) e começaram a pensar sobre o contexto e não
sobre a gramática. Quando os alunos começaram a falar que horas os colegas
tomavam banho, ainda não tinham sido expostos à regra da terceira pessoa
do singular e reÁ etiram em grupo sobre a utilização do take ou do takes.
Alguns alunos que já haviam sido expostos a essa regra podiam começar a
explicar a diferença, fazendo com que a aula se tornasse ainda mais student-
centered. Mas importante do que trabalhar a estrutura, nesse momento, é
fazer com que os discentes percebam o porquê estão utilizando aquelas
estruturas. No momento de trabalhar as regras gramaticais, o professor Y
tentou puxar essas regras dos alunos, perguntando qual a diferença que
eles percebiam entre as duas formas, e as explicações adicionais foram
dadas somente no À nal. É importante observar que não foi necessário
trabalhar todas as explicações relacionadas ao presente simples, uma vez
que o conhecimento deve vir em doses menores, sempre antecedidas do
trabalho do contexto. É sobre esse ensino mais indutivoque iremos nos
deter mais até o À nal dessa aula.
A gramática indutiva é característica do Método Direto e da Abordagem
comunicativa, sendo que, no método direto, a orientação é que se trabalhe
a gramática o menos possível.Larsen-Freeman (2011) destaca que, para
os seguidores do direct method, a gramática deve ser ensinada de forma
indutiva, sem que nenhuma explicação gramatical seja dada. Os alunos
deverão aprender a se expressar corretamente na língua estrangeira a partir
da observação e não com explicações sobre gramática.
Na abordagem comunicativa, “the grammar and vocabulary that the students
learn follow from the function, situational context, and the roles of interlocutors”
(LARSEN-FREEMAN, 2011, p. 121). É colocado que o contexto deve
ser trabalhado antes da apresentação da forma, e o ensino da gramática
indutiva deve partir das functions, mas você sabe o que signiÀ ca trabalhar
a partir das funções comunicativas?
Para responder essa pergunta, vamos pensar em uma outra. Se eu te
pedir para traçar um plano de quatro aulas para o ensino de inglês básico,
qual o conteúdo que você escolheria ensinar? Se você pensou em verbo tobe,
presente simples, presente contínuos e passado, por exemplo, você criou
um grammatical syllabus, ou seja, desenhou um mini currículo voltado para
o ensino da gramática. Se você pensou em trabalhar moods, likes and dislikes,
daily routine, giving directions, você pensou em um functional syllabus, ou seja, em
um mini currículo baseado nas funções comunicativas. Em outras palavras,
com as funções comunicativas, o produto À nal que você espera de um aluno
é a comunicação, e não o estudo puro da gramática que ele precisa para
trabalhar essas functions. Ficouclaro? Assim, podemoslistarmuitas outras
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
functions,como giving advice, talking about past experiences, talking about the future,
telling the time, asking for conÀ rmation, making suggestions, agreeing and disagreeing,
presenting an opinion, checking understanding.Dessa forma, na abordagem
comunicativa, ou communicative language teaching,
Language functions might be emphasized over forms. Typically, although not
always, a functional syllabus is used. A variety of forms is introduced for each
function. Only the simpler forms would be presented at À rst, s students get
more proÀ cient in the target language, the functions are reintroduced and more
complex forms are learned. Thus, for example, in learning to make requests,
beginning students might practice ‘would you …?’ and ‘Could you …?’ Highly
proÀ cient students might learn ‘I wonder if you would mind …? (LARSEN-
FREEMAN, 2011, p. 124).
Larsen-Freeman (2001) destaca a importância em trabalhar a gramática
indutiva, sinalizando que se os discentes memorizarem todas as regras
conhecidas na língua inglesa, mas não forem capazes de aplicá-las, o nosso
papel como professor não será completo, pois o aluno deve ser capaz de
utilizar estruturas gramaticais de forma correta, sendo capaz de compreender
os signiÀ cados das estruturas utilizadas. Pode-se dizer, então, que o ensino
da gramática não se restringe a uma mera transmissão de conhecimento,
mas, principalmente, ao desenvolvimento de habilidades comunicativas.
Para Ralph (2015), o ensino da gramática tem uma reputação ruim
por uma série de fatores que, em última análise, estão relacionados à
constante presença de ensino dedutivo de gramática nos mais diversos
contextos educacionais. Entre as explicações para a má reputação do
ensino da gramática, o professor destacou: 1) o fato de ser ensinada como
uma habilidade separada do restanteda aula, ou seja, a parte legal da aula
acabou, agora é gramática, o que leva a uma expectativa ruim por parte dos
alunos, e a gramática passa a ser vista como chata; 2) os alunos têm muitos
exercícios gramaticais mecânicos e descontextualizados para responder, com
quase nenhuma signiÀ cação para eles. Assim, a gramática passa a ser vista
como difícil, cansativa, incompreensível e chata; 3) o ensino da gramática
geralmente não é algo legal e prazeroso; 4) o ensino da gramática não é
signiÀ cativo; e 5) o ensino da gramática não é memorável, ou seja, geralmente
o ensino da gramática não é o ponto mais interessante e inesquecível da
aula de língua estrangeira, o que faz com que não seja memorável. Todos
esses pontos levantados estão relacionados a um ensino descontextualizado
e dedutivo, mas, quando empregamos técnicas indutivas, o oposto é
observado, e os alunos passam a participar do processo de descoberta e
reÁ exão sobre a gramática, o que faz com que a aula seja mais interessante,
signiÀ cativa e memorável.
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
Questionamentos sobre como ensinar gramática. Fonte: https://sites.educ.ualberta.ca
Larsen-Freeman (2001) explica que quando trabalhamos com o ensino
indutivo da gramática, passamos de uma abordagem “form-oriented” para
uma “use-oriented”. Assim sendo, ao invés de iniciarmos o ensino pela análise
detalhada da estrutura, começamos discutindo os usos e signiÀ cados das
estruturas que queremos ensinar. “Grammar is about form and one way to teach
form is to give students rules; however, grammar is about much more than form, and its
teaching is ill served if students are simply given forms” (LARSEN-FREEMAN,
2001, p. 251).
A partir das discussões de Larsen-Freeman (2001), compreendemos
que o ensino gramatical de uma língua estrangeira deve envolver questões
que extrapolam a mera análise de estruturas e de forma, contemplado
preocupações relacionadas ao sentido que é transmitido quando utilizamos
uma estrutura gramatical especíÀ ca e ao uso que fazemos desse ponto
gramatical. A autora desenhou, dessa forma, “a three-dimensional grammar
framework”, através do qual visualizamos que a forma, o sentido e o uso
apresentam valores similares quando planejamos atividades voltadas para
o ensino gramatical. Percebemos, também, ao analisar o gráÀ co proposto
(Figura 04), que esses três aspectos do ensino da gramática se interconectam
e, portanto, devem ser trabalhados de forma conjunta. Mas você consegue
compreender a diferença entre forma, uso e sentido?
Modelo tridimensional para o ensino gramatical, proposto por Larsen-Freeman .Fonte: LARSEN-
FREEMAN, 2001, p. 253
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
A forma trata das estruturas da língua estrangeira, no caso, do inglês,
compreendendo o estudo gramatical, de vocabulário e da fonética, por
exemplo. O sentido (meaning) está relacionado com o questionamento sobre
o que a estrutura em questão signiÀ ca. A frase She works everyday signiÀ ca
que todos os dias ela faz isso e não necessariamente ela está fazendo isso
agora. A parte do uso, bastante relacionada com a de meaning, está associada
às funções comunicativas. Por exemplo, estudamos o presente simples na
forma, o que ele signiÀ ca no meaning e o detalhamento desse sentido no uso,
já que vamos relacionar as formas com as funções comunicativas. Assim,
no uso estudamos o presente simples como forma de se falar sobre rotinas
diárias. Não precisamos nos preocupar com a memorização do que cada
um desses itens signiÀ ca, uma vez que podemos juntar o uso e o sentido
nas nossas análises.
Vamos ver outro exemplo? Podemos estudar, na parte de uso e
sentido, como dar conselhos na língua inglesa quando alguém apresenta
um problema. Ao auxiliarmos nossos alunos a compreender esses
sentidos, podemos ensinar as formas gramaticais que podem ser utilizadas
e que serão estudadas, como, por exemplo, why don’t you, you should, if I
were you. Perceberam como ensinar gramática não pode signiÀ car tão
somente memorizar estruturas linguísticas. Larsen-Freeman (2001),
aodiscorrersobreessetema, aÀ rma que
We are not interested in À lling our students’ heads with grammatical paradigms
and syntactic rules. If they knew all the rules that had ever been written
about English but were not able to apply them, we would not be doing our
jobs as teachers. Instead, what we hope to do is to have students be able to use
grammatical structures accurately, meaningfully, and appropriately (LARSEN-
FREEMAN, 2001, p. 255).
Nesse contexto de ensino comunicativo, várias teorias surgiram
para auxiliar o professor a desenvolver técnicas que privilegiam o ensino
indutivo. Entre essas diferentes práticas podemos destacar o PPP –
Presentation, Practiceand Production, as práticas humanísticas eas discussões
sobre consciousness-raising.
Vamos ver um pouco sobre os princípios relacionados ao PPP? O
ensino da gramática estaria baseado em três etapas: apresentação, prática
e produção. O professor, então, apresentaria o tópico gramatical em
questão a partir de técnicas indutivas de elicitation, com a consolidação das
regras de forma indutiva, ou seja, a partir do diálogo estabelecido com os
alunos. Na fase da prática, o professor disponibilizaria atividades de guided
practice, seguidas de controlled practice, partindo-se do pressuposto de que o
aluno precisa de exercícios mais guiados, inicialmente, para que possa se
familiarizar com as estruturas estudadas. Na production, também chamada de
personalization, os alunos poderiam falar livremente sobre um determinado
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
tópico, utilizando as estruturas aprendidas. Baseado nas discussões de
Richards &Rodgers (2001), Maftoon e Sarem (2012) resumiram as etapas
do PPP da seguinte forma:
Presentation stage: The teacher begins the lesson by setting up a situation, either
eliciting or modeling some language that the situation calls for. Presentation may
consist of model sentences, short dialogues illustrating target items, either read
from the textbook, heard on the tape or acted out by the teacher.
Practice stage: Students practice the new language in a controlled way. They
drill sentences or dialogues by repeating after the teacher or the tape, in chorus
and individually, until they can say them correctly. Other practice activities are
matching parts of sentences, completing sentences or dialogues and asking and
answering questions using the target language.
Production stage: Students are encouraged to use the new language in a freer way,
either for their own purposes and meanings or in a similar context introduced by
the teacher. It can be a role play, a simulation activity or a communication task
(MAFTOON; SAREM, 2012, p. 32).
Durante o momento da prática, caso o professor perceba que o
aluno ainda não compreendeu os assuntos discutidos, pode voltar para a
presentation. Da mesma forma, problemas identiÀ cados na fase da production
podem fazer com que o docente decida trazer novas atividades de guided
e/ou controlled practice, ou, até mesmo, pode levar à decisão de voltar à fase
de apresentação.
Falamos em elicitação. Mas você sabe o que signiÀ ca elicitation ou eliciting?
Para Fischer (2005), eliciting é uma função de grande importância para o
professor, por trazer o aluno para um papel ativo no processo de ensino
e aprendizagem de uma língua estrangeira, já que, ao invés de dar todas
as explicações sobre um dado ponto gramatical, o aluno é convidado a
participar com suas ideias e opiniões sobre os temas em discussão.
Use técnicas de elicitation regularmente na maioria das lições, de modo
que sua aula permaneça ativa e envolvente. É importante lembrar, no
entanto, que a elicitação não signiÀ ca adivinhar o que está na cabeça do
professor. Dê sempre informações suÀ cientes. Não se pode pedir, por
exemplo, para que os alunos tentem descobrir que personalidade está no
cartão que o professor está segurando, pois não estamos falando com fortune
tellers. Pense nisso! Para que as técnicas de elicitação sejam eÀ cientes, use
gestos e body language, e dê sempre feedback, que pode ser expresso na forma
de expressões faciais e comentários simples, como thank you, good, yes, etc.
Vamos ver alguns exemplos de técnicas de elicitação?
No primeiro exemplo, o professor pode pedir aos alunos para olharem
a À gura 05 e responderem a seguinte pergunta: what may have happened?
Você pode perceber que a pergunta foi feita no past modal, uma vez que
se pretende falar sobre algo que pode ter acontecido e não algo que pode
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
acontecer. Os alunos geralmente respondem com o verbo modal com o
verbo no inÀ nitivo. Assim, entre as possíveisrespostas, poderíamos ter: the
driver of the yellow car may be inattentive. Nesse momento o professor pergunta:
the driver of the yellow car may be inattentive ou the driver may have been inattentive?
Os alunos são levados a reÁ etir sobre a diferença entre as duas frases e
começam a formular as suas teorias, até perceberem que a primeira frase é
utilizada para possibilidades no futuro, enquanto que a segunda se refere a
uma possibilidade que pode ter acontecido no passado. Ao invés de utilizar
técnicas dedutivas e explicar a gramática em suas regras e exceções, os alunos
são levados a reÁ etir e a propor teorias sobre o assunto que está sendo
trabalhado e a compreender o uso de modal verbs para deductions. Estamos
no nível do use e meaning, partindo-se, logo depois, para a form, com as
explicações gramaticais sobre o ponto gramatical em questão e exposição
de estruturas utilizadas.
Imagem representativa de uma batida de carros, para exempliÀ car técnicas de elicitation. Fonte: http://
www.roadsafetymayo.ie/media/Media,6239,en.jpg
Compreendeu o que signiÀ ca elicitação? Vamos ver mais um exemplo?
No segundo caso, mostramos aos alunos uma cena do À lme Harry Potter
e a Pedra Filosofal. Trata-se da cena “Harry Potter at the Reptile House”, que
pode facilmente ser encontrada no site www.youtube.com. Ao assistir essa
cena, pergunte aos alunos: what had happened before Harry Potter was locked in a
room in his uncle’s house? Os alunos vão assistir a cena, e, muito provavelmente,
vão criar frases como Harry talked to a snake, People screamed, The snake escaped.
Apesar de ter usado o passado perfeito, os alunos, muito provavelmente
vão usar o passado simples, pois é a forma que mais conhecem para se
referir ao passado. Eles precisam entender antes o contexto em que o past
perfect é utilizado para poder usar, a partir de então. O professor precisa,
então, perguntar ao aluno se o correto nesse contexto é falar Before Harry
Potter was locked in a room in his uncle’s house he talked to a snake ouhe had talked to
snake. As respostas serão incentivadas pelo professor e o aluno participará
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
do processo de construção de sentidos, compreendendo que o past perfect é
utilizado quando estamos nos referindo a duas ações no passado, e queremos
destacar que uma aconteceu antes da outra. Explicações dedutivas, ausentes
de uma contextualização e da participação dos alunos podem ser infrutíferas
no processo de ensino aprendizagem de uma língua estrangeira, de acordo
com os adeptos do uso do PPP.
Imagem da cena “Harry Potter at the Reptile House”, retirada do À lme “Harry Potter e a Pedra Filosofal”,
para exempliÀ car técnicas de elicitation. Fonte: Print screen da cena do vídeo, obtida no site https://
www.youtube.com.
Ao analisar a estrutura de ensino gramatical presente no PPP, o elicitation
faz parte do presentation. Como prática, podemos ter atividades mais guiadas,
com estruturas e palavras providas pelo material para que o aluno tenha um
modelo a ser seguido e que possa auxiliar na consolidação do conhecimento.
Vamos ver alguns exemplos?!
Ao analisar a À gura 07, de uma atividade retirada do livro My Grammar
Lab, encontramos uma atividade de guided practice, em que os alunos vão
fazer deduções, a partir das imagens, utilizando o past modal. As frases, no
entanto, não podem ser livres, e devem utilizar as palavras dadas, seguindo-
se o modelo apresentado.
2 Write four statements making deductions
about each Picture. Use the words and phrases
in brackets, as in the example.
Mr and Mrs Hopkins are waiting for their
daughter.
0 (on/train) She can’t have been on the
train_______________
1 (miss/it) She must ____________________
_______________
2 (baby/mother) She ___________________
________________
3 (phone/parents) _____________________
________________
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
Exemplo de atividade de guided practice, retirada do livro My Grammar Lab. Fonte: FOLEY, HALL,
2012, p. 144
4 (rain) It must _______________________________________
5 (fall/bike) She must __________________________________
6 (not/wife) The woman ________________________________
7 (ambulance) Someone ________________________________
8 (explosion) There____________________________________
9 (earthquake) There ___________________________________
10 (terrifying) It _______________________________________
Um exemplo de free practice sobre esse mesmo conteúdo gramatical
pode ser encontrado na obra Fun with grammar, na atividade knock at the
door. Os alunos devem trabalhar em pequenos grupos. O professor é
responsável para contar para os discentes uma situação engraçada para que
eles possam discutir as situações e façam deduções usando o past modal.
As frases utilizadas pelo professor devem ser iniciadas por “I knocked at
my friend’s door at.... He came to the door with ...”. ConÀ ra na À gura 08 alguns
exemplos da atividade.
Examples:
Teacher: I knocked at my friend’s door at 6:30 this morning. He
came to the door with a razor in his hand, wearing half a beard and half
a mustache.
Student: He must have been shaving.
Teacher: I knocked at my friend’s door at 10:30 last night. She came
to the door with the TV remote control in her hand, and I could hear loud
music in the background.
Student: She must not have been studying for the big grammar test
we have today.
Modelo dos diálogos da atividade de free practice, do livro Fun with grammar. Fonte: WOODWARD,
1999, p. 200-201
Trata-se de uma free practice, porque o aluno deve seguir o script das frases
ditas pelo professor, mas é mais livre, pois não são colocadas palavras ou
expressões que devem ser utilizadas pelos alunos. Na production, o aluno
fala livremente sobre o tópico trabalhado, sem que uma estruturação seja
fornecida. Trata-se de uma personalização, já que o discente fala sobre si
ou sobre as suas concepções sobre o mundo. Como exemplo, podemos
destacar a pergunta encontrada na obra Grammar dimensions 3: “Next write
down three things that you could have, should have or, given what you know now, would
have done during the past year” (THEWLIS, 2007, p. 245). Perceberam como
essa atividade é mais livre? Vamos fazer uma atividade?
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
ACTIVITY
Tomando como ponto de partida a atividade de elicitação demonstrada
para o passado perfeito baseada na cena do vídeo de Harry Potter, procure
em livros, gramáticas ou na internet, questões que podem ser utilizadas
como guided practice, free practice e production
Antes de responder à questão, releia todo o material com atenção,
principalmente no que se refere à análise das atividades de gramática
sobre o uso do past modal, que foram trabalhadas nesta aula.Só após essa
análise, procure por materiais na internet, em livros e/ou gramáticas.
Caso tenha dúvidas, entre em contato com o seu tutor, solicitando
explicações adicionais.
COMMENTS ON THE ACTIVITIES
Conforme já destacado em outras aulas, precisamos, constantemente,
basear nossas práticas na reÁ exão e na criticidade, de modo a analisar e
questionar as práticas defendidas por métodos e abordagens antes de aplicá-
las. A partir do momento que entendemos os fundamentos encontrados
nessas práticas, podemos utilizá-las de modo consciente em nossas aulas.
Ao analisarmos de forma mais crítica o modelo do PPP, percebemos que
existem algumas críticas, que devem ser levadas em consideração antes de
qualquer aplicação.
Uma primeira crítica foi levantada por Willis (1996), ao alertar que o
professor pode pensar que após seguir os estágios do PPP, o aluno terá
internalizado os conteúdos gramaticais, sendo capazes de empregá-los a
partir de então. Trata-se de uma visão simplista, pois não podemos assegurar
que os alunos irão empregar as estruturas estudadas após terem sido
expostos a elas, independentemente do método ou abordagem utilizado.
“We may go through a lesson with every appearance of success [...] but the next time
the occasion arises to put the form to communicative use they fail to do so” (WILLIS;
WILLIS, 1996, p. 47).
Além de não sermos capazes de assegurar que o que foi ensinado
foi realmente aprendido, o fato de tentarmos atingir tal objetivo, faz com
que esqueçamos que a interlíngua é um estágio intermediário quando
aprendemos uma língua estrangeira. Trata-se do momento em que estruturas
intermediárias (e não totalmente corretas) são produzidas, na tentativa de
comunicação. As estruturas não foram ainda assimiladas, mas os aprendizes
já conseguem se comunicar, mesmo que com falhas e erros.
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
Na tentativa de proporcionar um ensino mais comunicativo, acabamos
por simpliÀ car as estruturas trabalhadas, deixando, muitas vezes, regras
importantes ocultas. Esta prática pode confundir os alunos no futuro,
quando eles percebem que aquilo que foi discutido foi bastante simpliÀ cado.
“It is stranger still if, in the interests of grading, we deny learners exposure to the language
which might enable them to draw conclusions for themselves about such problematic
systems” (WILLIS; WILLIS, 1996, p. 47).
Harmer (2007) também aponta algumas criticas feitas ao modelo do
PPP, principalmente no que se refere à exaltação à À gura do professor,
que desempenha um papel central neste modelo. Muitos dos críticos do
ensino gramatical baseado no PPP sugerem que sejam adotadas práticas
humanísticas.
It also seems to assume that students learn ‘in straight lines’ – that is, starting
from no knowledge, through highly restricted sentence-based utterances and on
to immediate production. Yet human learning probably isn’t like that; it’s more
random, more convoluted (HARMER, 2007, p. 66).
Ao se referir às práticas humanísticas para o ensino de gramática, Brown
(2007) destacou o seu objetivo de facilitar a mudança e o aprendizado.
Aprender a como aprender é mais importante do que ser ensinado por
professores, que unilateralmente decidem o que deve ser ensinado. Nas
metodologias humanísticas centradas no aluno, segundo o autor, os
professores devem trabalhar para o estabelecimento de um contexto no
qual os alunos possam construir sentido para o que está sendo apresentado,
a partir das interações com os colegas.
Algumas variações à forma do PPP foram sugeridas por muitos autores,
como, por exemplo, Harmer (2007), que defendeu o emprego da trilogia
engage, studye activate. Os conceitos são bastante similares, não havendo, no
entanto, nenhuma orientação mais formal sobre que tipo de atividades
podem ser utilizadas em cada fase assinalada. Mesmo os críticos do PPP
reconhecem a sua utilidade, não como única forma válida de se ensinar
gramática, mas como uma das inúmeras possibilidades ao nosso dispor,
como assinalam Maftoon e Sarem (2012), ao aÀ rmarem que o PPP
can be utilized as a useful technique with a variety of teaching methodologies from
the audiolingual to the most common types of communicative approaches. For
instance, regardless of the method used it can be utilized as a helpful technique
with beginning learners and in teaching pronunciation. In terms of explaining
grammar, this technique is clear-cut and condensed, through which the main
points can be taught easily. Students are normally weak in grammar so we need
to use P-P-P to help them improve their grammatical accuracy (MAFTOON;
SAREM, 2012, p. 34).
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
Saindo dos sistemas baseados no PPP, analisamos as contribuições dos
autores que defendem o ensino da gramática a partir de uma Consciousness-
raising, que foi deÀ nida pelo Longman dictionary of language teaching and applied
linguistics como sendo o ensino de gramática desenhado não a partir do
planejamento de atividades especíÀ cas para que um objetivo À nal seja
alcançado, e sim por intermédio de uma conscientização do aluno sobre
as principais características gramaticais e como essas estruturas podem
melhor ser estudadas.
consciousness raising in teaching, techniques that encourage learners to pay
attention to language form in the belief that an awareness of form will contribute
indirectly to language acquisition. Techniques include having students infer
grammatical rules from examples, compare differences between two or more
different ways of saying something, observe differences between a learner’s use
of a grammar item and its use by native speakers. A consciousness-raising
approach is contrasted with traditional approaches to the teaching of grammar
(e.g. drilling, sentence practice, sentence combining), in which the goal is to establish
a rule or instil a grammatical pattern directly. (RICHARDS; SCHMIDT,
2002, p. 109).
Para Ellis (2002), enquanto as atividades de prática gramatical são
essencialmente behavioristas, aquelas voltadas para a consciousness-raising, têm
sustentação em princípios de formação de conceitos e reÁ exão. De acordo
com essa perspectiva, pode-se dizer que
‘Practice’ isessentially a pedagogicalconstruct. It assumes that the acquisition
of grammatical structures involves a gradualautomatisation of production,
from controlled to automatic, and it ignores the very real constraints that exist
on the ability of the teacher to inÁ uence what goes on inside the learner’s head.
Practicemayhavelimitedpsycholinguisticvalidity (ELLIS, 2002, p. 170-171).
Ellis (2002) explica que uma abordagem voltada para a consciousness-raising
está intimamente ligada aos princípios do task-based, a partir da ênfase que é
dada no processo de descoberta que é veriÀ cado quando os alunos tentam
resolver problemas que envolvem questões gramaticais. Vamos ver um
exemplo apresentado pela autora para consolidar os conhecimentos sobre
práticas que privilegiam o consciousness-raising? Percebam que esse ensino de
gramática, apresentado na À gura 09, está pautado na reÁ exão e análise de
estruturas gramaticais. Os alunosreceberam a tarefa de analisar algumas
frases e, a partir da análise, deÀ nir os usos que podem ser aplicados para
os contextos apresentados.
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
1. Here is some information about when three people joined the company
they now work for and how long they have been working there.
Name Date joined
Length of Time
Ms Regan
1945
45 yrs
Mr Bush
1970
20 yrs
Ms thatcher
1989
9 mths
Mr Baker
1990 (Feb) 10 days
2. Study these sentences about these people. When is ‘for’ used and when
is ‘since’ used?
a. Ms Regan has been working for her company for most of her life.
b. Mr Bush has been working for his company since 1970.
c. Ms Thatcher has been working for her company for 9 months.
d. Mr Baker has been working for his company since February.
3. Which of the following sentences are ungrammatical? Why?
a. Ms Regan has been working for her company for 1945.
b. Mr Bush has been working for his company for 20 years.
c. Ms Thatcher has been working for her company since 1989.
d. Mr Baker has been working for his company since 10 days.
4. Try and make up a rule to explain when ‘for’ and ‘since’ are used.
5. Make up one sentence about when you started to learn English and one
sentence about how long you have been studying English. Use ‘for’ and
‘since’.
Exemplo de uma tarefa tipo problem-solving, baseada na consicousness-raising. Fonte: ELLIS, 2002, p. 173
Thornbury (2004), ao discorrer sobre o ensino de gramática a partir
de concepções metodológicas do task-based, destacou que, no PPP, temos
um modelo accuracy-to-Á uency, enquanto que no task-based temos o contrário:
procedimentos Á uency-to-accuracy, o que faz com que sejam priorizadas
atividades iniciais em que uma tarefa seja disponibilizada aos alunos, fazendo
com que eles tenham que resolvê-la, sem nenhuma interferência do professor.
Somente após esse momento inicial, explicações, se necessárias, possam ser
dadas, voltando-se, mais uma vez, para atividades de consolidação baseadas
em tarefas, conforme modelo apresentado na À gura a seguir
TEACH
TASK
TASK
Modelo para o ensino gramatical baseado no task-based. Fonte: THORNBURY, 2004, p. 129
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
O ensino de gramática a partir de concepções que defendem o PPP,
tanto aquelas que privilegiam práticas humanistas e a conscioussness-raising
precisam ser compreendidas pelo professor de língua estrangeira, para que
ele possa planejar suas aulas não a partir de determinações de metodologias
especíÀ cas, mas de acordo com as necessidades de suas turmas, utilizando,
quando necessárias práticas dedutivas e privilegiando técnicas de elicitação.
Kumaravadivelu (1994), ao defender o pós-método, alertou para a
importância em privilegiarmos práticas indutivas e que levem o aluno à
reÁ exão e autonomia, de modo que ele seja um sujeito ativo do aprendizado
de uma língua estrangeira, já que “the learner should be actively in volved in
clariÀ cation, conÀ rmation, comprehension checks, requests, repairing, reacting, and turn
taking” (KUMARAVADIVELU, 1994, p. 33-34). Widodo(2006), ao analisar
as questões relacionadas ao ensino de gramática de forma indutiva, compilou
uma tabela com as principais vantagens e desvantagens do uso de técnicas
indutivas, conforme pode ser observado na À gura a seguir.
Advantages
1. Learners are trained to be familiar with the rule
Discovery; this could enhance learning autonomy and
self-reliance.
2. Learners’ greater degree of cognitive depth is
“exploited”.
3. The learners are more active in the learning process,
rather than being simply passive recipients. In this activity,
they will be motivated.
4. The approach involves learners’ pattern-recognition
and problem-solving abilities in which particular learners
are interested in this challenge.
5. If the problem-solving activity is done collaboratively,
learners get an opportunity for extra language practice.
Disadvantages 1. The approach is time and energy-consuming as it leads
learners to have the appropriate concept of the rule.
2. The concepts given implicitly may lead the learners to
have the wrong concepts of the rule taught.
3. The approach can place emphasis on teachers in
planning a lesson.
4. It encourages the teacher to design data or materials
taught carefully and systematically.
5. The approach may frustrate the learners with their
personal learning experience (or both) would prefer
simply to be told the rule.
Vantagens e desvantagens de uma abordagem indutiva para o ensino de gramática. Fonte: WIDODO,
2006, p. 128
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
Mas será que conseguimos analisar as atividades propostas em livros
didáticos do ensino fundamental e médio e somos capazes de identiÀ car
traços de ensino dedutivo ou indutivo? Vamos analisar alguns casos? Veja
esse exercício da unidade 7 do livro Alive 8o ano, na seção Let’s focus on
language! Percebemos uma abordagem indutiva para o ensino da língua
inglesa, uma vez que as regras não foram expostas, inicialmente, e os alunos
foram convidados a reÁ etir sobre o uso e sentido, e, logo após, sobre a
forma, sem que a estrutura houvesse sido provida anteriormente. Os alunos
analisaram frases, reÁ etiram sobre qual ação havia acontecido antes, e o
material guiou o aluno na reÁ exão sobre o uso do past perfect para se referir
a um passado anterior a outra ação, também no passado.
Let’s focus on language!
1. Read the following sentences form the book It takes a Village. Then
answer these questions.
a) “The sun was just beginning to climb into the sky. But the villagers had
been up for hours.”
When did the villagers wake up?
( x ) They woke up before the sunrise.
( ) They woke up when the sun was rising.
( ) They woke up after the sunrise.
b) “Yemi had not walked very far when Kokou became restless.”
What happened À rst?
( x ) Kokou became restless.
( ) Yei did not walk very far.
2. Read sentences a and b from exercise 1. Then, complete the rule below.
Choose (¥) the correct option.
When we talk about two actions in the past, we use had + Past Participle in:
( x ) the older completed action in the past.
( ) the more recent completed action in the past.
The Past Perfect is formed by had + Past Participle and shows a
completed action before something in the past.
Práticas indutivas na seção Let’s focus on language!, do livro Alive 8o ano, unidade 7. Fonte: MENEZES
et al, 2014, p. 108
Vamos analisar agora uma atividade que priorizou o ensino dedutivo?
Ou seja, em que as regras são dadas aos alunos, geralmente com quadros
explicativos, de modo que os discentes tenham somente que ler e fazer
exercícios. Trata-se de uma postura mais passiva em relação ao ensino de
uma LE.
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
Práticas dedutivas na seção Grammar, do livro Global Intermediate, unidade 4. Fonte: CLANDFIELD
et al, 2010, p. 12
Grammar
What do Americans do in their free time?
object subject
Who wrote Hamlet?
subject object
• when a question word is the object of a present simple or past simple
question, use do/does or did
• when a question word is the subject of a present simple or past simple
question, don’t use do/does or did
1 Look at the questions in Reading and Speaking exercise 4. Can you
identify three examples os subject questions?
2 Look at these other facts about Australia. Make questions for the
facts, beginning with the words in italics.
1 The most popular sports Australians watch on television are
Australian football and cricket.
What sports … ?
2 The aborigines lived in Australia before European settlers arrived.
Thereis still a largeAboriginepopulation.
Who … ?
Na À gura 13, percebemos que o nome da seção ilustra a concepção
de língua que será trabalhada no ensino da gramática. Colocando o nome
“gramática”, À ca evidente a ênfase que será dada às estruturas e aos
exercícios formais, o que é constatado ao veriÀ carmos as questões propostas.
O conteúdo gramatical é trabalhado a partir da exposição da forma, ou
seja, das estruturas que precisam ser utilizadas quando se deseja fazer uma
pergunta, cuja resposta é o sujeito da oração. As questões 1 e 2 corroboram
com essa À losoÀ a do ensino, uma vez que as estruturas são realçadas em
detrimento do uso ou sentido da língua.
Agora é a sua vez! Que tal analisar uma atividade com foco na gramática?
ACTIVITY
Analise a atividade de gramática proposta no livro Alive High 2, seção
Let’s focus on language!, da unidade 3 ( on the waves of the radio), no que se refere à
presença de uma abordagem que privilegia práticas indutiva e/ou dedutivas.
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
Seção Let’s focus on Language!, do livro Alive High 2o ano, unidade 3. Fonte: MENEZES et al, 2016, p. 47
LET’S FOCUS ON LANGUAGE
1.Let’s remember! Read these sentences and pay special attention to the
words in bold.
“How did the radio originated?”
“Many scientists dreamed of discovering a way to wireless communication,
but didn’t succeed until the late nineteenth century.”
“[Heinrich Hertz] demonstrated that waves […] could be reÁ ected by a
metal sheet.”
“All that was left was the Russian, Popov (Alexander Popoff), to create a
vertical metal pole […].”
“This led to the creation of the À rst radio transmitter …”
2. Copy in your notebook the answer for the following question. What is
the function of the Simple Past?
a) To talk about completed actions in the past.
b) To talk about actions in progress in the past.
c) To talk about uncompleted actions.
d) To talk about unspeciÀ ed time actions.
e) To talk about facts and habits in the past.
f) To talk about a sequence of events in the past.
3.Based on activity 1 and on your own knowledge, replace the letters below
with the appropriated words to complete the rules. Use your notebook.
Add A to the end of regular verbs.
The simple Past of the verb be is B (I, he, she, it) and C (you, we, they).
Use D for the interrogative and E for the negative forms.
F verbs have a special form which we need to know by heart.
4.Which of these statements about the radio are true? Answer in your
notebook.
a) The invention of the radio was possible at the beginning of the 19th
century.
b) James Clerk Maxwell invented the À rst radio.
c) In 1888, Heinrich Hertz tested Maxwell’s assumption.
d) Hertz’s experiment was replicated by Marconi without much success.
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
Antes de responder à questão, releia todo o material com atenção,
principalmente as análises de questões voltadas para o ensino da
gramática, que foram disponibilizadas ao longo dessa aula. Faça
anotações de todas as informações que julgar relevantes e, só então,
redija seu texto, conforme solicitado. Caso ainda tenha dúvidas, entre
em contato com o seu tutor, solicitando explicações adicionais.
COMMENTS ON THE ACTIVITIES
Durante as discussões proporcionadas nessa aula, vimos de que forma
o ensino da gramática é trabalhado nas abordagens que privilegiam o ensino
comunicativo, no grammar translation, e no task-based. Como a gramática
é vista no método áudio-lingual? De acordo comLarsen-Freeman (2011),
como o audiolingual method é baseado na repetição constante de frases, as
estruturas gramaticais são internalizadas como blocos coesos memorizados
ao longo das aulas, sem que seja necessária uma explicação mais detalhada
da estrutura. É assim, por exemplo, que os alunos, ao repetirem incansáveis
vezes a expressão “If I were you ...” começam a utilizá-las naturalmente,
seguindo os conceitos defendidos por esse método.
The learning of another language should be the same as the acquisition of the
native language. We do not need to memorize rules in order to use our native
language. The rules necessary to use the target language will be À gured out or
induced from examples (LARSEN-FREEMAN, 2011, p. 68).
Swan (2002), ao listar as vantagens e desvantagens relacionadas ao
ensino da gramática, aponta que o conhecimento gramatical faz com que
o aluno consiga melhor desenvoltura na língua alvo. No entanto, deve
haver muito cuidado para que as aulas de LE não se tornem aulas de
ensino de gramática, uma vez que esta deve auxiliar o processo de ensino-
aprendizagem de um idioma e não o contrário. Para o autor,
What points of grammar we choose to teach will therefore depend on our
circumstances and our learners’ aims. Whatever the situation, though, we must
make sure that we are teaching only the points of grammar that we need to in
the light of these factors, and – of course – that we are teaching them well. If
we can manage to focus clearly on these principles, we have a better chance of
teaching English instead of just teaching grammar (SWAN, 2002, p. 152).
ParaHarmer (2007), práticas focadas na comunicação, independente de
que metodologia possa ser aplicada, já que estamos imersos nas discussões
sobre o pós-método, tendem a privilegiar um ensino mais participativo, com
momentos de reÁ exão e de construção colaborativa de sentidos. A À gura 15
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
Durante as discussões proporcionadas nessa aula, vimos de que forma
o ensino da gramática é trabalhado nas abordagens que privilegiam o ensino
comunicativo, no grammar translation, e no task-based. Como a gramática
é vista no método áudio-lingual? De acordo comLarsen-Freeman (2011),
como o audiolingual method é baseado na repetição constante de frases, as
estruturas gramaticais são internalizadas como blocos coesos memorizados
ao longo das aulas, sem que seja necessária uma explicação mais detalhada
da estrutura. É assim, por exemplo, que os alunos, ao repetirem incansáveis
vezes a expressão “If I were you ...” começam a utilizá-las naturalmente,
seguindo os conceitos defendidos por esse método.
The learning of another language should be the same as the acquisition of the
native language. We do not need to memorize rules in order to use our native
language. The rules necessary to use the target language will be À gured out or
induced from examples (LARSEN-FREEMAN, 2011, p. 68).
Swan (2002), ao listar as vantagens e desvantagens relacionadas ao
ensino da gramática, aponta que o conhecimento gramatical faz com que
o aluno consiga melhor desenvoltura na língua alvo. No entanto, deve
haver muito cuidado para que as aulas de LE não se tornem aulas de
ensino de gramática, uma vez que esta deve auxiliar o processo de ensino-
aprendizagem de um idioma e não o contrário. Para o autor,
What points of grammar we choose to teach will therefore depend on our
circumstances and our learners’ aims. Whatever the situation, though, we must
make sure that we are teaching only the points of grammar that we need to in
the light of these factors, and – of course – that we are teaching them well. If
we can manage to focus clearly on these principles, we have a better chance of
teaching English instead of just teaching grammar (SWAN, 2002, p. 152).
ParaHarmer (2007), práticas focadas na comunicação, independente de
que metodologia possa ser aplicada, já que estamos imersos nas discussões
sobre o pós-método, tendem a privilegiar um ensino mais participativo, com
momentos de reÁ exão e de construção colaborativa de sentidos. A À gura 15
mostra um gráÀ co feito pelo autor, em que as características de atividades
comunicativas são contrastadas com as não comunicativas. A análise dessa
À gura faz com que reÁ itamos nas atividades que desejamos aplicar nas
nossas turmas e possamos selecionar aquelas que mais se encaixam nas
necessidades identiÀ cadas de nossos alunos, independente de ser uma
atividade comunicativa ou não-comunicativa.
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
GráÀ co representativo das características de atividades comunicativas e não-comunicativas, de acordo
com Jeremy Harmer. Fonte: Harmer, 2007, p. 70.
Vamos fazer mais uma atividade para consolidar as informações
aprendidas ao longo do curso?
ACTIVITY
Baseado (a) nas discussões da aula 09, preencha o quadro a seguir,
apontando as principais ideias relacionadas ao ensino da gramática, de
acordo com o que se pede:
Documentos, métodos ou
abordagens
Concepções relacionadas ao
ensino de gramática, de acordo
comdocumentos, métodos ou
abordagens especíÀ cas
Método da Gramática e Tradução
Método Audiolingual
Método Direto
Abordagem Comunicativa
Task-based
Non-communicative activitiesCommunicative activities
• nocommunicativedesire
• nocommunicativepurpose
• formnotcontent
• onelanguage item only
• teacherintervention
• materialscontrol
• adesiretocommunicate
• acommunicativepurpose
• contentenotform
• variety of language
• noteacherintervention
• nomaterialscontrol
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
Antes de responder à questão, releia todo o material com atenção e,
se necessário, estude o conteúdo apresentado nas primeiras aulas e na
disciplina Metodologia do Ensino de Língua Inglesa I. Faça anotações
de todas as informações que julgar relevantes e, só então, redija seu
texto, conforme solicitado. Caso ainda tenha dúvidas, entre em contato
com o seu tutor, solicitando explicações adicionais.
COMMENTS ON THE ACTIVITIES
Chegamos ao À nal de mais uma aula! Entramos em contato com as
orientações relacionadas ao ensino da gramática, a partir de alguns métodos
e abordagens. Espero que tenha aproveitado para reÁ etir um pouco sobre
o papel ativo do professor, essencial na preparação e condução de suas
aulas. Até a próxima aula!
CONCLUSION
Ao final de nossa nona aula, pudemos rever alguns conceitos e
orientações, no que se refere ao ensino da gramática. Para que possamos
melhor planejar nossas aulas, precisamos ter um conhecimento básico
sobre o ensino de gramática, de acordo com o que os principais métodos
e abordagens preconizam, para que possamos selecionar as técnicas que,
na nossa concepção, mais se adequam à realidade do aluno e que poderão
ser empregadas nas nossas aulas, sem que estejamos presos a um método
X ou Y. Imersos nas discussões sobre o pós-método, percebemos que,
independente do tipo de aula que desejamos aplicar, a partir da identiÀ cação
das necessidades dos alunos, precisamos valorizar as práticas mais indutivas e
que levam o aluno a uma reÁ exão sobre as estruturas da língua e os auxiliam
a trabalhar de forma mais colaborativa.
Lembramos, mais uma vez, que atividades extras e complementares
poderão ser postadas pelo seu professor na plataforma do seu curso.
Bons estudos e um ótimo desempenho a todos!!
Na aula 9, estudamos alguns conceitos importantes para que possamos
planejar atividades de gramática. Revisamos algumas concepções relacionadas
ao ensino de gramáticaque estão presentes em orientações elaboradas para
alguns métodos e abordagens, como o método da gramática e tradução,
SUMMARY
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
SELF-EVALUATION
1) Sou capaz de discutir as questões relacionadas ao ensino da gramática
de forma dedutiva?
2) Sou capaz de discutir as questões relacionadas ao ensino da gramática
de forma indutiva?
3) Sou capaz de discutir as questões relacionadas ao ensino da gramática
de acordo com métodos e abordagens diversas?
4) Sou capaz de analisar livros e materiais didáticos destinados ao ensino
da língua inglesa, a partir das questões de gramática?
o método direto, o método audiolingual, o task-based e a abordagem
comunicativa. Analisamos alguns tipos de questões e atividades propostas
por livros didáticos e fomos instigados a desenvolver um olhar mais crítico
quando preparamos nossas aulas, de modo que possamos reÁ etir sobre a
utilização de práticas indutivas e dedutivas para o ensino de inglês.
As práticas dedutivas são aquelas em que são observadas explicações
gramaticais logo no início da aula, de modo que o aluno é exposto às regras
e exceções, devendo, então, fazer os exercícios propostos pelo professor. Já
nas práticas indutivas, os alunos participam de atividades de reÁ exão sobre
a gramática, iniciando com discussões sobre uso e sentido. Os exercícios
são mais comunicativos, privilegiando-se o contexto.
As atividades apresentadas para análise consolidaram os conhecimentos
discutidos, auxiliando o professor em formação a se posicionar diante de
atividades apresentadas por livros didáticos para o ensino da língua inglesa.
NEXT CLASS
O tema da nossa próxima aula será Preparação de materiais para o ensino
de inglê s e o planejamento de aulas, e discutiremos um pouco sobre como
planejar atividades eelaborar planos de aulas destinadas ao ensino de língua
inglesa.
0HWRGRORJLDGR(QVLQR$SUHQGL]DJHPGH,QJOrV,,
REFERENCE
BROWN, Douglas H.Teaching by Principles: An Interactive Approach
to Language Pedagogy. United States of America: Pearson Longman, 2007.
CLANDFIELD, Lindsay et al. Global Intermediate – Student book. New
York: Macmillan, 2010.
ELLIS, Rod. Grammar teaching-practice or consciousness-raising?
In Richards, Jack; Renandya, Willy. (Orgs.). Methodology in language
teaching: An anthology of current practice (pp. 167-174). Cambridge:
Cambridge University Press, 2002.
FISHER, R. Teaching Children to Learn. Cheltenham: Stanley Thornes,
2005.
FOLEY, Mark; HALL, Diane. My grammar lab: advanced C1/C2.
England: Pearson, 2012.
HARMER, Jeremy. The practice of English Language Teaching.
Excess: Logman, 2007.
KUMARAVADIVELU, B. Toward as postmethod pedagogy. TESOL
Quarterly, v. 35, n.4, 2001.
KUMARAVADIVELU, B. Beyond Methods: Macrostrategies for
Language Teaching. New Haven and London: Yale University Press, 2003.
KUMARAVADIVELU, B. Understanding language teaching: from
method to postmethod. Marhwah: Erlbaum, 2006.
KUMARAVADIVELU, B. Language teacher education for a global
society. Routledge: Taylor& Francis, 2012.
LARSEN-FREEMAN, Diane. Teaching grammar. In: CELCE-MURCIA,
Marianne (editor). Teaching English as a second or foreign language.
U.S.A.: Heinle&Heinle, 2001.
LARSEN-FREEMAN, Diane. Techniques and principle language
teaching. New York: Oxford University press, 2011.
MAFTOON, Parviz; SAREM, SaeidNajafi. A Critical Look at the
Presentation, Practice, Production (PPP) Approach: Challenges and
Promises for ELT. In: BRAIN. Broad Research in ArtiÀ cial Intelligence and
Neuroscience, Volume 3, Issue 4, "Brain and Language", December 2012,
p. 31-36.
viewFile/442/490> Acesso em 15 de setembro de 2017.
MENEZES, Vera et al. Alive: 8º ano ensino fundamental. São Paulo:
Edições SM, 2014.
MENEZES, Vera et al. Alive High 2o Ano. São Paulo: SM Edições, 2016
NUNAN, David. Designing tasks for the communicative classroom,
Cambrisge: Cambrisge University Press, 2001.
RALPH, Lucy Castañón. Teaching techniques. 2015. In: https://
documents.mx/education/teaching-techniques.html. Acesso em 14 de
setembro de 2017.
2HQVLQRGDJUDPiWLFDLQGXWLYDHFRQWH[WXDOL]DGD
$XOD
RICHARDS, J. & RENANDYA, W. A. Methodology in Language
Teaching: An anthology of current practice. Cambridge: Cambridge
University Press, 2002.
RICHARDS, Jack.; SCHMIDT, Richard. Longman dictionary of
language teaching and applied linguistics. London: Longman, 2002.
RICHARDS, Jack C; RODGERS, Theodore S. Approaches and methods
in language teaching. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
SWAN, Michael. Seven Bad Reasons for Teaching Grammar, and Two
Good Ones. In: RICHARDS, J. & RENANDYA, W. A. Methodology
in Language Teaching: An anthology of current practice. Cambridge:
Cambridge University Press, 2002.
THELIS, Stephen H. Grammar dimensions 3: form, meaning, use.
Massachusetts, 2007.
THORNBURY, Scott. How to teach grammar. England: Harlow,
Longman, 2004.
WIDODO, HandoyoPuji. Approaches and procedures for teaching
grammar. English Teaching: Practice and Critique, May 2006, Volume
5, Number 1, p. 122-141, 2006. In: https://education.waikato.ac.nz/
research/À les/etpc/2006v5n1nar1.pdf. Acessoem 14 de setembro de 2017.
WILLIS, D; WILLIS, J. Challenge and Change in Language Teaching: Macmillan
Heinemann, 1996.
WOODWARD, Suzanne W. Fun with grammar: communicative activities
for the Azar Grammar Series. New Jersey: Prentice Hall Regents, 1999.
Compartilhe com seus amigos: |