Página: 28
•
TEMA: ÒL’ngua: usos e reflex‹oÓ.
•
CONTEÚDOS TRABALHADOS: Coer•ncia e coes‹o
textual e conectores.
Objetivos
•
Consolidar a rela•‹o entre coer•ncia e coes‹o em um texto.
•
Compreender a fun•‹o e o sentido dos elementos de coe-
s‹o em um texto.
Estratégias
Inicie a aula lembrando os alunos sobre o assunto da
se•‹o
L’ngua: usos e reflexão, sobre a coer•ncia e a coes‹o
textuais. Para que se recordem das rela•›es que esses con-
ceitos apresentam, escreva na lousa a frase em destaque na
p‡gina 28: ÒPerseu era filho * Jœpiter ** D‰naeÓ e chame
aten•‹o para as aus•ncias, questionando os alunos sobre o
sentido da mensagem, que ficou il—gica.
Ao identificarem que o sentido est‡ comprometido, com-
plete com os elementos de liga•‹o e mostre como os elemen-
tos de coes‹o operam para estabelecer a coer•ncia. Em segui-
da, escreva na lousa a segunda frase em destaque na p‡gina 28:
ÒA arca flutuou * SŽrifos * foi encontrada * um pescador, * levou
a m‹e * o filho * Polidectes, o rei do pa’s, ** tratou * bondadeÓ.
Explique que, para uma pessoa que n‹o conhece a his-
t—ria, Ž imposs’vel entender a mensagem desse pequeno
texto. O sentido, portanto, est‡ il—gico, incompreens’vel.
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Pe•a que os alunos, sem olhar a frase com os conectivos,
tentem inserir nas lacunas alguns elementos que estabele-
•am a coes‹o e anote-os na lousa. Leia a frase e perceba o
sentido que ela passa a receber. Em seguida, leiam conjunta-
mente a frase correta e verifiquem se o sentido foi o mesmo.
Identifiquem quais foram os conectivos sugeridos que n‹o
corresponderam aos conectivos corretos e ressalte como o
emprego do conector Ž importante para a compreens‹o da
mensagem. Destaque a fun•‹o que cada conector exerce e
que, alterando-o, podemos mudar o sentido da frase.
Em seguida, realize a leitura coletiva da explica•‹o da
p‡gina 28.
Para casa
Solicite a realiza•‹o das seguintes atividades:
1.
Observe este trecho do texto ÒPerseu e MedusaÓ e sugira
os conectivos poss’veis para as lacunas, de modo a con-
ferir sentido para essa hist—ria que voc• j‡ conhece. N‹o
olhe no texto original.
ÒPerseu * apoio * Minerva, * * enviou * escudo, * * Mercœ-
rio, * * mandou * sand‡lias aladas, aproximou-* * Medusa
* * dormia *, tomando o cuidado * n‹o olhar diretamente *
o monstro (...)Ó
“Perseu, com apoio de Minerva, que lhe enviou seu escudo, e
de Mercúrio, que lhe mandou as sandálias aladas, aproxi-
mou-se de Medusa enquanto ela dormia, tomando o cuida-
do de não olhar diretamente para o monstro (...)”
2.
Agora compare suas sugest›es com o texto original e
verifique quais foram os conectivos diferentes. Depois,
preencha o quadro, inserindo os elementos de coes‹o
na coluna correspondente ao sentido que cada um deles
confere ao trecho.
Ligam
ora•›es
Fazem
referência
a outro
termo do
texto
Ligam
palavras
Indicam
tempo,
modo
Que
lhe, seu, -se,
ela
com, de, e,
para
enquanto
Página: 29
•
TEMA: ÒElementos de coes‹oÓ.
•
CONTEòDO TRABALHADO: Conectivos e seus sentidos.
Objetivos
•
Identificar as fun•›es dos conectivos nas ora•›es.
•
Compreender a rela•‹o dos conectivos com a coer•ncia e
com a coes‹o textuais.
Estratégias
Para esta aula, selecione previamente um texto e recor-
te-o em partes estratŽgicas que deixem os conectivos ini-
ciando cada trecho. Reproduza esse quebra-cabe•a textual
para todos os grupos em que a turma dever‡ ser dividida.
A cr™nica ÒHist—ria estranhaÓ, de Lu’s Fernando Ver’s-
simo (no livro ComŽdias para se ler na escola), Ž um exem-
plo de texto adequado ˆ faixa-et‡ria e que possui muitos
conectivos, mas Ž poss’vel tambŽm optar por algum que j‡
esteja em trabalho na tem‡tica da narrativa m’tica.
Organize a turma em grupos e distribua as partes do
texto embaralhadas. A tarefa de cada grupo Ž montar o que-
bra-cabe•a de forma a conferir unidade de sentido ao texto.
Ao tŽrmino, leia o texto original em voz alta e pe•a que
os alunos identifiquem os erros de jun•‹o, sem se esquece-
rem da ordem em que colocaram primeiro. Eles devem ser
expostos e discutidos para verificar que sentidos provoca-
ram no texto e as v‡rias possibilidades de organiza•‹o.
Em seguida, pe•a que todos leiam a hist—ria em quadri-
nhos (p‡gina 29) e fa•am a atividade de reescrita proposta
(p‡gina 30). Depois de corrigi-la, leia coletivamente as expli-
ca•›es sobre os sentidos das liga•›es que esses conectivos
promovem e recorde o quadro preenchido na tarefa de casa.
Nesse momento, n‹o Ž necess‡rio preocupa•‹o com a
classifica•‹o dos conectivos, mas, sim, que os alunos iden-
tifiquem as funcionalidades destes na sintaxe e na sem‰nti-
ca do texto.
Pe•a que os alunos fa•am a atividade 1 da se•‹o L’n-
gua: usos e reflex‹o Ð Atividades: coes‹o e coer•ncia nos
textos (p‡gina 33).
Para casa
Solicite a realiza•‹o da seguinte atividade:
Assinale a alternativa que mais bem explica a fun•‹o dos
conectivos em um texto:
a) Os conectivos s‹o classes gramaticais que servem
para classificar um texto em determinado g•nero.
b) Os conectivos pertencem a determinadas classes
gramaticais e s‹o utilizados em textos para fazer liga-
•›es e estabelecer rela•›es entre palavras e ora•›es.
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c) Os conectivos são responsáveis unicamente pela
coesão textual. Por isso, têm pouca relação com a
coerência de um texto.
Resposta: alternativa C.
Páginas: 30 e 31
•
TEMA: “Elementos de coesão”.
•
CONTEÚDO TRABALHADO: Advérbios ou locuções
adverbiais.
Objetivos
•
Identificar os advérbios em um texto.
•
Compreender o sentido do advérbio e das locuções ad-
verbiais para a unidade do texto.
Estratégias
Retome o conceito de coesão e sua relação com a coe-
rência textual. Explique que a palavra texto, etimologica-
mente, provém da conjugação no particípio passado do ver-
bo texere, do latim, ou seja, texo. O significado de texo é te-
cer, entrelaçar.
Convide os alunos a pensar nesse significado e consi-
derar o texto como um tecido. Metaforicamente, associe a
coerência ao todo, ao tecido pronto, unitário, que é possível
enxergar como uma unidade com sentido. Depois, associe a
coesão à linha, como uma parte constituinte desse tecido,
que se trança para constituí-lo.
Explique que as “linhas” que se entrelaçam no texto
são os conectivos, já aprendidos, e, entre eles, estão os ad-
vérbios ou locuções adverbiais, as preposições e as conjun-
ções, sendo que cada uma delas tem uma funcionalidade e
provoca um significado ao tecido. Associe essa individuali-
dade das classes gramaticais a cores que o tecido poderia
adquirir: se o desejo for um tecido verde, mas for usada uma
linha azul, o tecido não terá o resultado desejado. Analoga-
mente, se for usada uma conjunção em lugar de outra, ou de
um advérbio, a unidade do texto (ou seja, a coerência) não
será alcançada.
Para compreender essas funções, peça que os alu-
nos façam, individualmente, a atividade sobre advérbios
ou locuções adverbiais (páginas 30 e 31). Após o término,
corrija-a oralmente.
Explique que os advérbios são palavras que indicam as
circunstâncias em que ocorrem a ação do verbo. O prefixo
ad, significa aproximação, para junto de, o que quer dizer,
nesse caso do advérbio, para junto do verbo. E por indica-
rem essa circunstância em que a ação ocorre, os advérbios
modificam o verbo, agregando a ele informações bastante
importantes para a coerência do texto e a mensagem que se
deseja transmitir.
Como exemplo, volte para a página 15 e lembre com os
alunos o trecho: “Perseu (...) aproximou-se de Medusa, to-
mando o cuidado de não olhar diretamente para o monstro”.
Pergunte a eles se Perseu não poderia olhar, somente, para
Medusa, e deixe que percebam que não seria somente olhar,
mas olhar “diretamente”, o que expressa ali uma circuns-
tância sobre o modo de olhar para o mostro. Nesse caso há
um advérbio, mas, quando expresso com mais de uma pala-
vra, chama-se locução adverbial. No exemplo de “Perseu e
Medusa”, o trecho reescrito com a locução adverbial seria:
“(...) tomando o cuidado de não olhar de modo direto para o
monstro”.
Solicite, então, que façam a atividade 2 da seção Lín-
gua: usos e reflexão Ð Atividades: coesão e coerência nos
textos (página 34).
Para casa
Solicite que os alunos releiam a música “Como uma
onda”, de Lulu Santos e Nelson Mota, na página 3, e respon-
dam às seguintes questões:
1.
Circule os advérbios e grife as locuções adverbiais da letra
da canção.
Advérbios: nada, já, tudo, sempre, não, igual, todo, nem, ago-
ra, fora, dentro; locução adverbial: no mundo.
2.
Na letra, existem advérbios que se contrapõem. Quais são
eles?
tudo
nada (também representado pela negação não e
nem ); dentro fora .
3.
Que efeitos de sentido esses advérbios atribuem para a
unidade da música?
A relação de oposição constrói o sentido de movimento de
passagem do tempo que a mensagem da música quer
transmitir. A negação constante do tudo também contribui
para esse movimento.
Páginas: 31 e 32
•
TEMA: “Elementos de coesão”.
•
CONTEÚDO TRABALHADO: Preposições.
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Objetivos
¥
Expressar os efeitos de sentido que as preposições assu-
mem na ligação entre as palavras.
¥
Explicar a construção das combinações e contrações das
preposições nos textos.
EstratŽgias
No início desta aula, corrija a atividade proposta para
casa e esclareça eventuais dúvidas.
Em seguida, retome o assunto dos conectivos e a ana-
logia com o tecido, explicando o conceito de preposição
como um elemento de ligação entre as palavras, que forne-
ce sentido entre elas. Escreva na lousa as orações (“Depois
de matar Medusa, Perseu, carregando a cabeça da Górgona,
voou sobre a terra e sobre o mar”, página 31) para exemplifi-
car e tornar a explicação mais clara. Ressalte características
importantes para a identificação de uma preposição, como,
por exemplo, o fato de serem invariáveis.
Depois, explique que, quando há um grupo de palavras
que tem valor de preposição, ocorre uma locução prepositi-
va. Chame atenção para a palavra locução e explique que ela
será usada sempre que uma classe precisar de mais de uma
palavra para exprimir seu elemento.
ƒ importante deixar claro que os nomes não são o
principal elemento a ser aprendido, mas, sim, o significado,
os sentidos que essas palavras assumem em um texto.
Explique também a possibilidade de contração das
preposições, além da combinação com outras palavras.
Como exemplo, reproduza um trecho da canção “Onde você
mora?”, do Cidade Negra. Pergunte aos alunos o porquê de o
título apresentar onde e a letra, aonde, e qual seria o correto,
segundo a norma.
Deixe que eles façam suposições e, depois, esclareça
que se trata da combinação da preposição com outra pala-
vra e que, para saber a resposta, é preciso saber se o verbo
pede a preposição para ligar com a outra palavra. No exem-
plo, “quem mora”, mora “em” algum lugar e “em” não é pre-
posição. Por isso, o correto seria “onde você mora?”. Entre-
tanto, explique que há uma licença poética no caso de músi-
cas, poemas, entre outras artes, que desassocia a adequa-
ção à formalidade da norma culta. Nesse caso, a música se-
guiu a métrica melodiosa.
Se a música dissesse “aonde você vai?”, então, quem
“vai”, vai “a” algum lugar, ou seja, é preciso uma preposição para
acompanhar: ir a (algum lugar). Portanto, aonde vai. Esses são
casos de combinação da preposição com outra palavra.
Existem também os casos de contração, como, por
exemplo, à ( a artigo + a preposição, que se contrai em crase)
e do ( de preposição + o artigo). Ao citar a crase, repasse al-
gumas das regras e, sobretudo, explique o porquê de não
poder ser utilizada diante de palavra masculina: se é a fusão
do artigo feminino a, não é possível usar com uma palavra
que exija o, artigo masculino.
Para finalizar a aula, leia coletivamente as explicações
sobre preposições (páginas 31 e 32).
Para casa
Solicite a realização das seguintes atividades.
1.
Crie uma oração para cada uma das relações de sentido que
as preposições podem causar quando se ligam às palavras:
A relação de sentido
da preposição
com a palavra é de
Oração
Modo
Olhou o semáforo com atenção.
Lugar
Quero ir com você para a praia.
Causa
Ela não foi à festa por mim.
Meio
Tenho medo de viajar de avião.
Tempo
Vou descansar após o almoço.
Movimento
O candidato correu até cansar.
Oposição
Os parlamentares votaram
contra a emenda.
Origem
Cheguei de Salvador hoje cedo.
Destino
Hoje vou ao parque.
Companhia
Quero ir com você para a praia.
2.
Releia o trecho a seguir, da letra de “Estampas Eucalol”,
de Hélio Contreiras, e circule todas as preposições. De-
pois, indique qual é o sentido que elas exprimem.
Mergulhava até Netuno
No oceano abissal
São Jorge ia pra Lua
Lutar contra o dragão
Preposi•›es: até , no , p
ra , contra . Elas indicam movimento, lu-
gar, destino, oposi•‹o.
Páginas: 33 a 37
•
TEMAS: “Elementos de coesão” e “Hora de organizar o que
estudamos”.
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•
CONTEÚDOS TRABALHADOS: Conjun•›es e revis‹o sobre
coer•ncia e coes‹o textuais.
Objetivos
•
Reconhecer as conjun•›es e os sentidos que elas confe-
rem ao texto.
•
Esquematizar os conhecimentos sobre coer•ncia e coe-
s‹o, identificando os elementos lingu’sticos envolvidos
nas rela•›es de sentido.
Estratégias
No in’cio da aula, corrija a atividade proposta para casa,
para que os alunos possam esclarecer dœvidas, se houver.
Em seguida, retome o assunto dos conectivos e a ana-
logia com o tecido, explicando que as conjun•›es tambŽm
promovem as liga•›es de sentido, porŽm entre duas ora-
•›es. Ressalte a diferen•a entre as preposi•›es e as conjun-
•›es: as preposi•›es ligam as palavras, enquanto as conjun-
•›es ligam as ora•›es.
Para exemplificar, escreva na lousa o trecho do texto ÒPer-
seu e MedusaÓ, exposto no item sobre conjun•›es (página 32).
Mostre o sentido que cada uma das conjun•›es atri-
buiu entre as ora•›es que está ligando.
Depois, inicie a revis‹o dos elementos de coes‹o estu-
dados atŽ este momento por meio do preenchimento con-
junto do quadro que está na se•‹o Hora de organizar o que
estudamos (página 32).
Para consolidar os conhecimentos sobre essa temática,
organize a turma em duplas e pe•a que fa•am as atividades 3
e 4 da se•‹o Língua: usos e reflexão – Atividades: coesão e
coerência nos textos (páginas 33 a 37).
No momento da corre•‹o, ressalte o conceito de coe-
r•ncia como unidade textual que, muitas vezes, se manifes-
ta por meio da pr—pria temática, no contexto.
Para casa
Solicite a realiza•‹o das seguintes atividades:
1.
Preencha as lacunas com as conjun•›es que est‹o no qua-
dro abaixo, de forma a garantir a coer•ncia da mensagem.
embora
porque
entretanto
seja... seja...
n‹o s—... mas tambŽm...
por isso
a) Acr’sio determinou que Perseu e D‰nae fossem lan•a-
dos ao mar
se assustou com a predi•‹o
de um oráculo.
porque
b) Medusa fora uma linda donzela.
, atre-
veu-se a competir com a beleza de Minerva e acabou
sendo castigada.
Entretanto
c)
por causa do cansa•o,
por
causa da chegada da noite, Perseu decidiu pedir abrigo
nas terras de Atlas.
Seja... seja
d)
Minerva
Mercœrio foram
responsáveis pelo envio do armamento a Perseu.
Não só... mas também
e)
possu’sse muitas terras, o maior orgu-
lho de Atlas eram os seus jardins.
Embora
f) Perseu n‹o poderia acordar a Medusa.
guiou-se pela imagem do mostro refletida no escudo.
Por isso
2.
Numere a coluna da direita de acordo com o termo em
destaque na coluna da esquerda:
1
Seu maior orgulho, porém,
eram os seus jardins.
3
Preposi•‹o (liga•‹o
entre as palavras)
2
Uma vez que prezas tão
pouco minha amizade,
digna-te de receber um
presente.
1
Conjun•‹o (liga•‹o
entre as ora•›es)
3
A arca flutuou até SŽrifos.
5
AdvŽrbio (modifica
a a•‹o do verbo)
4
Em torno da caverna onde
ela vivia, viam-se as figuras
petrificadas.
2
Locu•‹o adverbial
5
Medusa fora outrora uma
linda donzela.
4
Locu•‹o
preposicional
Página: 38
•
TEMA: ÒCoer•ncia nos textosÓ.
•
CONTEÚDOS TRABALHADOS: Rela•›es de coer•ncia,
marcadores conversacionais, coes‹o no texto oral.
Objetivos
•
Analisar as rela•›es de sentido entre os elementos de
coes‹o para constru•‹o da coer•ncia.
•
Identificar os marcadores conversacionais como elemen-
tos coesivos.
•
Verificar conhecimentos cristalizados sobre elementos
coesivos para textos orais e escritos.
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Estratégias
Inicie a aula explicando como os elementos de coesão
contribuem para a construção da coerência. Esses elemen-
tos, além do texto escrito, aparecem também na fala.
Explique que, assim como em um texto escrito, na fala
nós usamos os marcadores de conversa para criar um grau
de planejamento para o discurso. Em seguida, faça com os
alunos as atividades 1 e 2 (página 38), mediando a leitura e a
compreensão da tira de Verissimo e do poema de Millôr.
Em seguida, peça que os alunos leiam as tirinhas do
Calvin na seção Atividades: a coerência nos textos (páginas
40 e 41). Lembre-os de que, nos quadrinhos, o diálogo ocor-
re em balões de fala e, por isso, embora sejam lidos, apre-
sentam marcas orais.
Peça que os alunos identifiquem quais são os elemen-
tos de coesão das falas dos quadrinhos e construa com eles
alguns sentidos. Não precisa haver a preocupação de identi-
ficar as classes gramaticais, mas, sim, de fazer o levanta-
mento de alguns dos conectivos presentes na tirinha. Com
essa atividade é possível verificar quais foram os conecti-
vos mais internalizados pelos alunos.
Depois desse diálogo, peça que façam as atividades 1 a
3 da seção Atividades: a coerência nos textos (páginas 39 a
42). Após a correção, explique que na fala usamos alguns
marcadores que estabelecem também a coesão e mantém
a unidade do discurso oral.
Chame a atenção dos alunos para os termos em des-
taque na reprodução de um diálogo na página 40 e mostre
as funcionalidades que eles assumem, como elementos de
coesão da fala: tomam ( uhn), sustentam ( ...e) e retomam a
fala, armam o quadro da situação, chamam atenção do in-
terlocutor ( certo?), enfatizam um sintagma ( e::).
Para casa
Solicite a realização da seguinte atividade, em trios. Uma
dupla deve conversar sobre o tema “As minhas impres-
sões sobre o último livro que li”. Cada um deverá contar,
em uma conversa espontânea, um breve enredo sobre a
história e sobre o que mais gostou no livro que leu. O ter-
ceiro integrante deverá observar e anotar os marcadores
de coesão que observou em cada uma das falas. Não é
necessário usar os sinais de marcadores de conversa,
mas tentar descrever o máximo possível quais foram os
recursos utilizados durante a conversa.
Mostre aos alunos como esses marcadores s‹o inseridos na
fala de forma espont‰nea e contribuem para a coes‹o do
discurso oral. Explique que, justamente por serem espont‰-
neos, devemos nos atentar durante os discursos formais,
para que tais marcadores n‹o percam seu car‡ter de ele-
mentos coesivos e passem a ser uma muleta para suprir
uma defici•ncia no conhecimento do assunto.
ƒ interessante apresentar exemplos que estimulem o uso
dos sinais para marcadores (sinais de hesita•‹o, pausa, reto-
mada, etc.) para que possa simplificar o trabalho dos alunos,
mesmo que n‹o seja obrigat—rio seu uso para a atividade.
Para entender mais sobre isso, recomenda-se a leitura de
MARCUSCHI, Luiz Ant™nio. Análise da conversa•‹o . 5. ed. S‹o
Paulo: çtica, 2003.
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