ano
8
Ensino
Fundamental
1
caderno
LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFESSOR
O sistema de ensino SER está preocupado com a preservação das paisagens brasileiras e do
patrimônio cultural nacional. Por isso, ao longo dos anos finais do Ensino Fundamental, você
conhecerá pontos importantes de todas as regiões brasileiras, retratados nas capas do material
didático. Acompanhe-nos nessa viagem!
A Lagoa da Pampulha é um dos cartões-postais de Minas Gerais. Com 18 quilômetros de
extensão, o complexo abriga, em Belo Horizonte, o conjunto arquitetônico concebido nos
anos 1940 por Oscar Niemeyer e emoldurado pelo paisagismo de Burle Marx. A Igreja de São
Francisco de Assis faz parte desse cenário. Além da arquitetura moderna, ela é caracterizada
por painéis que retratam a Via Sacra, assinados pelo artista Cândido Portinari.
A Igreja da Pampulha é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN). Próximo ao local, em 1965, estabeleceu-se o estádio do Mineirão.
www.ser.com.br 0800 772 0028
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PROFESSOR
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Ana Trinconi Borgatto
Terezinha Bertin
Vera Marchezi
Língua
Portuguesa
Introdução
•
A língua e as transformações no
tempo
,
2
Narrativas em foco: do
mito à crônica
Ponto de partida,
13
Capítulo 1
•
Narrativa mítica,
14
Leitura
– Perseu e Medusa, Thomas Bulfinch,
15
Interpretação do texto,
17
Prática de oralidade: narrativa oral,
personagens mitológicas,
22
Outras linguagens – Pintura, escultura,
cinema e pintura digital,
23
Língua: usos e reflexão,
27
Produção de texto,
43
Capítulo 2
•
Crônica,
46
Leitura
–
Emergência, Luis Fernando Verissimo,
47
Interpretação do texto,
49
Prática de oralidade: dramatização,
62
Outras linguagens – Fotografia de flagrante do cotidiano,
62
Língua: usos e reflexão,
67
Produção de texto,
89
Outro texto do mesmo gênero,
91
Ponto de chegada,
92
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A língua e as
transformações
no tempo
In
tr
odução
O tempo e as transformações provocadas por sua passagem sempre intrigaram
o ser humano.
Poetas, músicos, pintores e cineastas criaram obras em que a passagem do tem-
po é referida. Observe, a seguir, alguns exemplos.
Cartaz do filme E o tempo passa, de Alberto S. Santos,
lançado em 2011.
T
AKE 20
0
0/T
revi Filmes
Trabalho gráfico de Caulos.
A persistência da memória, de Salvador Dalí.
S
alvador Dalí/Museu de
Ar
te Moderna, No
va
Y
ork, EUA.
Caulos/Acerv
o do ar
tista
Nesta introdução apresenta-se o eixo
orientador do trabalho proposto neste
volume — a linguagem no tempo. No 8
o
ano,
trabalha-se mais profundamente a
organização de informações em esquemas.
Sugere-se que as atividades sejam feitas
oralmente, com toda a classe, e que a leitura
seja compartilhada.
Pra dizer adeus
[...]
É cedo, ou tarde demais,
Pra dizer adeus, pra dizer jamais. [...]
BELLOTTO e MIKLOS, Tony e Paulo.
TITÃS.
Televisão. WEA, 1985.
Barato total
[...]
Com isso e aquilo que aconteceu dez
minutos atrás
Dez minutos atrás de uma ideia já dão
Pra uma teia de aranha crescer
[...]
GIL, Gilberto. © Gege Edições Musicais Ltda
(Brasil e América do Sul)/Preta Music
(Resto do Mundo).
Desencontros
Tão cedo
cedo demais
sempre tão cedo
sempre tão cedo
demais
tão tarde
tarde demais
sempre tão tarde
sempre tão tarde
demais [...]
PAES, José Paulo. Poesia completa. São Paulo:
Companhia das Letras, 2008.
Cartaz do filme E o tempo passa, de Alberto S. Santos,
lançado em 2011.
2
Introdução • A língua e as transformações no tempo
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A ação do tempo
A seguir, leia a letra de uma música que se refere à ação do tempo. Ela foi grava-
da em 1987. Leia e, se possível, ouça e cante-a.
Carlos
Araujo/Arqui
v
o da editora
Como uma onda
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas, como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir,
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
E aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
SANTOS e MOTA, Lulu e Nelson. O ritmo do momento. WEA, 1983.
Nelson Mota nasceu em São Paulo (SP), em 1944. É jornalista, compositor, escritor, roteirista,
produtor musical e letrista. Já dirigiu espetáculos no Brasil e no exterior. Produziu discos de
cantores famosos da MPB, além de ter composto sucessos em parceria com diversos
compositores.
Lulu Santos nasceu em 1953, no Rio de Janeiro (RJ). Compositor, cantor e guitarrista, tinha 12 anos
quando formou o seu primeiro conjunto de rock. Sua carreira profissional iniciou-se quando ele
tinha 19 anos. Em 1982, lançou seu LP de estreia, Tempos modernos, cuja faixa-título se tornaria
seu primeiro sucesso.
Di
vulg
ação/Arqui
v
o da editora
Oscar Cabral/Arqui
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o da editora
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Introdução • A língua e as transformações no tempo
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1.
O título da música é “Como uma onda”. Qual seria a relação entre a ação do tempo e
as ondas do mar?
Sugestão: As ondas, sempre desiguais, armam-se e quebram-se rapidamente e, em seu vaivém, levam
tudo o que podem levar, como o tempo, que vai transformando o presente em passado.
2.
Conversem sobre os possíveis sentidos destes versos:
Nada do que foi ser‡
De novo do jeito que j‡ foi um dia
Tudo que se v• n‹o Ž
Igual ao que a gente viu h‡ um segundo
3.
Depois de ler a letra da música de 1987, leiam estas estrofes do poema “Mudam-se os
tempos, mudam-se as vontades”, de Luís de Camões, produzido quase 400 anos antes:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confian•a;
todo o mundo Ž composto de mudan•a
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperan•a;
Do mal ficam as m‡goas na lembran•a,
E do bem, se algum houve, as saudades.
CAMÕES, Luís de. In: TORRALVO, Izeti F.; MINCHILO, Carlos C. (Prefácio e notas).
Sonetos de Camões. São Paulo: Ateliê Editorial, 2011.
Possibilidades: A ação do tempo faz com que
tudo se transforme; o tempo sempre passa e
é inevitável que as coisas mudem.
Luís de Camões, poeta português, viveu por volta de 1524 e 1580. Trata-se de um dos maiores
escritores em língua portuguesa até hoje. Um de seus poemas mais famosos até hoje é
Os lusíadas, em
que ele conta os feitos heroicos dos portugueses durante as viagens que empreenderam no século XV
em busca de novas terras no continente asiático.
R
eprodução/Acerv
o S
ociedade
Mar
tins S
armento, P
or
tug
al
O que há em comum entre o poema e a letra de música?
Carlos
Araujo/Arqui
v
o da editora
Comente com os alunos que, embora os
artistas pertençam a épocas diferentes, a
temática da ação do tempo e as conclusões a
que eles chegam são semelhantes.
Introdução • A língua e as transformações no tempo
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Nas p‡ginas seguintes, propomos a voc• uma viagem imagin‡ria ao passado, por
meio de texto verbal e fotos, procurando mostrar um pouco da rela•‹o entre o passar
do tempo e as transforma•›es produzidas na língua.
Fa•a a leitura das informa•›es seguintes e observe as imagens com aten•‹o. Uma
possibilidade Ž cada aluno ler um trecho em voz alta, com a orienta•‹o do professor.
Aguarde o final da leitura para fazer algum coment‡rio ou crítica, apresentar dœvida,
acrescentar informa•‹o ou expor uma lembran•a.
Linguagem: comunicação e
memória
*
Ao longo dos tempos, os se-
res humanos desenvolveram di-
ferentes formas de comunica•‹o
para se proteger das adversida-
des da natureza, expressar suas
emo•›es e sentimentos e convi-
ver em grupo.
Das cavernas ˆs modernas
formas de comunica•‹o, muitos
sinais e símbolos foram desen-
volvidos pelos seres humanos
para registrar variados momen-
tos de sua trajet—ria.
Os registros mais antigos
que se conhecem s‹o as pinturas
feitas em paredes de cavernas,
chamadas de pinturas rupestres,
como as que se apresentam aqui.
*
Texto elaborado com base em:
JEAN, Georges. A escrita: memória
dos homens. Rio de Janeiro: Objetiva,
2002; Antigas civilizações. S‹o Paulo:
çtica, 2004; VISCONTI, M. Cristina;
JUNQUEIRA, Zilda A. Escrita: das
paredes ao computador. S‹o Paulo:
çtica, 2001; ZATS, Lia. Aventura da
escrita: história do desenho que virou
letra. S‹o Paulo: Moderna, 1991.
Pintura rupestre da caverna
de Chauvet, França.
Associated P
ress/Arqui
v
o da editora
Explorons la P
rŽ histoire
, Éditions R
ouges et On, 1
991
-1
993/Arqui
v
o da editora
R
eprodução/ht
tp://www
.lascaux.culture.fr
Na caverna de Chauvet, estima-se que algumas
pinturas tenham 32 mil anos; na caverna de
Lascaux, a estimativa Ž de 15 mil anos. Se
considerar conveniente, sugira aos alunos que
visitem algumas p‡ginas da internet relacionadas
ao assunto, como: ;
fr/>. H‡ tambŽm um document‡rio em 3D acerca
da caverna de Chauvet, intitulado: Cave of
forgotten dreams (Caverna dos sonhos
esquecidos), do alem‹o Werner Herzog, produzido
em 2010. Visite tambŽm a p‡gina: wernerherzog.com/index.php?id=64>. Acessos
em: jul. 2015.
Pintura rupestre da caverna da Lascaux, França.
Página de abertura do site da caverna de Lascaux, em que se encontram diversas
informações a respeito da caverna e o trabalho de pesquisadores voltados para a
Arqueologia. Endereço eletrônico: . Acesso em: jul. 2015. Site em
francês com possibilidade de leitura em inglês e outras línguas, mas não em português.
Introdução • A língua e as transformações no tempo
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A linguagem sempre esteve presente em todas as atividades humanas. As mais
diversas formas de registrar as atividades desenvolvidas por meio de linguagens foram
encontradas em diferentes épocas e em diferentes partes do mundo. Observe alguns
exemplos:
•
na Mesopotâmia:
Miniatura tumular de
uma torre de
observação, China.
Relevo com cenas do nascimento de Buda, êndia.
Pedra asteca do Sol, México.
Jogo de bola representado em vaso, América Central.
Insígnia de Ur, Mesopotâmia.
Museu Britânico, L
ondres/Arqui
v
o da editora.
Museu Britânico, L
ondres/Arqui
v
o da editora.
Museu Britânico, L
ondres/Arqui
v
o da editora.
J
ustin K
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ork/Arqui
v
o da editora
Museu de
Arqueologia e
Antropologia/
Uni
ver
sidade de Cambridge, R
eino Unido.
•
na China:
•
na Índia:
•
na América Central:
•
no México:
Introdução • A língua e as transformações no tempo
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Frequentemente pesquisadores encontram novos registros
de tempos antigos.
Esses registros comprovam a necessidade que sempre
acompanhou o ser humano: comunicar-se, preservar de alguma
forma sua história, suas ideias e suas emoções. Eles constituem,
hoje, parte da memória humana.
Das pinturas rupestres ao surgimento da escrita como for-
ma de registro da história, muitos milênios se passaram. Os se-
res humanos criaram inúmeros meios de transmitir mensagens:
desenhos, sinais, imagens, entre outros. Mas a escrita, propria-
mente dita, só passou a existir no momento em que foi elabo-
rado um sistema organizado de signos ou símbolos, por meio
dos quais seus usuários puderam materializar e registrar clara-
mente o que pensavam ou sentiam.
A seguir, acompanhe imagens que dão uma ideia da longa história da escrita.
A escrita cuneiforme
A Mesopotâmia, cujo território hoje se encontra dividido entre Iraque e Síria, abri-
gou uma das mais antigas civilizações. Entre 4000 e 3000 a.C., os sumérios, povo da
Mesopotâmia meridional, construíram as primeiras cidades do mundo, como Uruk e Ur.
Os sumérios também desenvolveram uma das mais antigas formas de escrita,
usada para registrar o gado, a comida e outros bens. Escribas (copistas profissionais)
usavam um afiado estilete de junco para inscrever figuras simples, conhecidas como
pictogramas, nas tabuinhas de argila.
Com o passar do tempo, essa nova forma de escrita ficou conhecida como
cunei-
forme, pois se escrevia com o uso de estiletes com ponta em forma de cunha, peça
feita de metal ou madeira dura.
Enquanto a escrita cuneiforme se espalhava por toda a Mesopotâmia, outros siste-
mas de escrita se formaram e se desenvolveram no vizinho Egito e na longínqua China.
A seguir, veja algumas imagens que confirmam esse desenvolvimento. Note que até
mesmo esculturas apresentam inscrições cuneiformes.
Iara V
enanzi/kino.com.br
Pintura rupestre, Piauí, Brasil. O maior sítio
brasileiro de arte rupestre fica na Serra da
Capivara, no Piauí. Em 1991, foi reconhecido
pela Unesco como Patrimônio Cultural da
Humanidade. É possível saber mais visitando
o site: .
Acesso em: jul. 2015.
Museu
Ashmolean, Oxford/Arqui
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o da editora.
Museu Brit‰nico, L
ondres/Arqui
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o da editora.
Museu Brit‰nico, L
ondres/
Arqui
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o da editora.
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A escrita hieroglífica
Os egípcios criaram a escrita hieroglífica. Ela consistia em símbolos — os hieró-
glifos — que representavam palavras.
Hieróglifos sobre papiro. Detalhe do Livro dos Mortos de Nebqueb, Egito, c. 1300 a.C.
Museu do L
ouvre, P
aris/Arqui
v
o da editora.
A escrita chinesa
Quanto à escrita chinesa, era composta de ideogramas, isto é, representações
das ideias por meio de sinais que reproduzem objetos concretos.
FORMAS MODERNAS
FORMAS ANTIGAS
o sol
a montanha
a árvore
o meio
o campo
a fronteira
a porta
Significado de alguns
ideogramas da escrita
chinesa.
F
onte:
A escrita
: Mem—ria dos homens. Rio de J
aneiro: Objeti
va, 20
02.
Introdução • A língua e as transformações no tempo
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A invenção do alfabeto
O alfabeto é uma das invenções fundamentais para a comunicação escrita porque
mais da metade da população mundial comunica-se por um tipo de alfabeto. Mil anos
antes de Cristo foi inventado pelos fenícios o alfabeto fonético, conjunto de signos
usados para representar os sons da fala.
Os fenícios eram um povo comerciante que viajava muito e, por esse motivo,
acabaram semeando seu alfabeto pelo mundo. Para anotar o que compravam e o
que vendiam, criaram alguns sinais que deram origem a algumas das atuais letras
do alfabeto.
Os gregos, um dos povos que tinham relações comerciais com os fenícios, utili-
zaram esses sinais e com o tempo acrescentaram-lhes outros. A palavra
alfabeto vem
da junção das duas primeiras letras gregas:
alfa ( ) e beta ( ).
Há mais ou menos 2 200 anos, os romanos aprenderam com os gregos o uso do
alfabeto e nele fizeram modificações. Assim, foi criado o alfabeto latino na forma como
o conhecemos hoje.
Serpente hierárquica ilustrando um texto grego escrito sobre
papiro (século III a.C.).
R
eprodução/Arqui
v
o da editora
Inscrições em latim, de Piero della Francesca, século XV.
Piero della F
rancesca/Galleria Degli Uf
fizi, Florença, Itália.
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No mapa-mœndi abaixo, Ž mostrada a localiza•‹o dos povos respons‡veis pelos
momentos decisivos do desenvolvimento da escrita. Observe-o.
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
Trópico de Câncer
Equador
0º
0º
Trópico de Capricórnio
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO
ÍNDICO
Círculo Polar Ártico
Meridiano de Greenwich
egípcios
sumérios
fenícios
romanos
chineses
N
S
L
O
0
2 575
ESCALA
5 150 km
Adaptado de: GRAND atlas historique. Paris: Larousse, 2006.
3400 a.C.
3000 a.C.
2000 a.C.
1000 a.C.
800 a.C.
100 a.C.
Séc. IV
Sumérios
Inven•‹o da escrita
cuneiforme, a mais
antiga do mundo.
Egípcios
Primeiros
registros da
escrita
hierogl’fica.
Chineses
Primeiros
ideogramas chineses
aparecem no vale de
Huang-Ho.
Fenícios
Primeiro alfabeto
com 22 letras,
todas consoantes.
Gregos
Adapta•‹o do
alfabeto fen’cio,
com acrŽscimo
de vogais.
Romanos
Forma definitiva
do alfabeto com
23 letras.
Europeus
Desenvolvimento
de uma escrita
cursiva do alfabeto
romano.
Portadores textuais
A escrita sempre Ž registrada sobre uma superf’cie concreta. Ao longo do tempo,
essa superf’cie concreta foi se modificando. Inicialmente, os seres humanos utilizavam
as
paredes das cavernas para seus registros. As paredes das cavernas foram, assim, os
primeiros suportes, isto Ž, os primeiros portadores das representa•›es ou mensagens.
Da’ em diante, inœmeros outros suportes foram utilizados para registrar textos. Observe:
•
tabuletas de argila;
•
papiro, nome de uma planta de cuja haste os antigos eg’pcios faziam uma espŽcie de
papel;
•
pergaminho, espŽcie de papel feito de pele de ovelha pelos antigos gregos;
O termo portador est‡ empregado para
referir Òlivros, revistas, jornais e outdoors,
objetos que usualmente portam textos, isto Ž,
os
suportes em que os textos foram
impressos originalmenteÓ ( PCN Ñ L’ngua
Portuguesa, v. 2, 1
o
e 2
o
Ciclos, p. 53). Oriente
os alunos a observar que a mudan•a de
portador requer a adequa•‹o do texto ao
novo ve’culo. Cada portador exige um
formato ou uma organiza•‹o diferente do
texto. E cada um tem um destinat‡rio
diferente.
Brooklyn Museum/Corbis/Latinstoc
k
Eric
h L
essing/Album/Latinstoc
k
Album/ak
g-images/Latinstoc
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Banco de imagem/Arqui
v
o de editora
Desenvolvimento da escrita
Introdução • A língua e as transformações no tempo
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¥
papel, inicialmente fabricado pelos chineses com casca de amoreira ou de bambu e
hoje utilizado universalmente como suporte para a escrita em jornais, revistas, livros,
folhetos, cadernos, etc .
O desenvolvimento tecnol—gico possibilitou o desenvolvimento de outros
suportes ˆ disposi•‹o da escrita:
as telas Ñ dos celulares, dos computadores, dos
tablets.
E a criatividade, a irrever•ncia, o espírito empreendedor fazem com que o ser
humano transforme outras superfícies em suportes, como paredes, vitrines, lumino-
sos,
outdoors, bal›es e até pessoas. Veja:
Greenland/Shut
ter
stoc
k/
Glow Images
Tk
emot/Shut
ter
stoc
k/
Glow Images
Silvio Ciof
fi/F
olha Imagem
J
oão R
aposo/Abril Comunicações S.A.
Daniel Guimarães/F
olha Imagem
J
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ouza/Arqui
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o da editora
Ricardo Beliel/Arqui
v
o da editora
J
orge Araújo/F
olha
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