O seu marco inicial data de 1915 com a publicação da Revista Orpheu. Fernando Pessoa e Mario de Sá-Carneiro

O seu marco inicial data de 1915 com a 

publicação da Revista Orpheu.

Fernando Pessoa e 

Mario de Sá-Carneiro, 

são nomes de destaque 

dessa Literatura.

Fernando pessoas usava como 

heterônimos: Alberto Caeiro, Álvaro de 

Campos e Ricardo Reis. Essa heterônimia 

resulta de características pessoais 

referentes à personalidade de Fernando 

Pessoa: o desdobramento do “eu”, a 

multiplicação de identidades e a 

sinceridade do fingimento.

Mário de Sá-Carneiro começou a escrever 

ainda pequeno, publicou o primeiro livro em 

1912 e o último em 1915. Entre eles, criou 

dezenas de poemas, novelas e um romance. 

E fez "Orpheu". Sá-Carneiro morreu com 26 

anos.   

Desde a sua morte, a 26 de abril de 1916, 

que a sombra do suicida paira sobre a figura 

de Mário de Sá-Carneiro, o autor, 

assombrando a sua obra e transformando-a 

numa espécie de “autobiografia em verso”, 

como lhe chamou Giorgio di Marchis. Ao 

longo dos anos, foram muitos aqueles que, 

“enganados” pelo aparente 

confessionalismo dos seus versos, tentaram 

encontrar na sua obra uma justificação para 

a sua vida, e na sua vida uma justificação 

para a sua morte.

Tem início durante a primeira guerra 

mundial, ou seja, em um período 

extremamente conturbado. Além 

disso, nasce numa época de forte 

industrialização e avanços 

tecnológicos, os chamados “tempos 

modernos”.

Características:                                                    - 

Presença de linguagem usual;

- Presença das transformações tecnológicas da época;

- Questionamentos e reflexões sobre assuntos sociais 

polêmicos;

- Oposição às normas e às regras;

- Presença de originalidade e espírito crítico.

O modernismo português 

desenvolveu-se desde o início do 

século XX até o final do Estado Novo, 

na década de 1970. Trata-se de um 

período amplo, no qual três 

vertentes são muito importantes: o 

Orfismo, o Presencismo e o 

Neorrealismo

Orfismo

Foi a primeira fase do modernismo 

português e teve como marco inicial 

a publicação da revista Orfeu. Os 

orfistas buscavam chocar a 

burguesia ao apresentar uma poesia 

livre da métrica e inserir a literatura 

portuguesa no contexto cultural 

europeu, que àquela época estava 

sob forte influência das tendências 

futuristas. São representantes do 

Orfismo: Fernando Pessoa, Mário de 

Sá-Carneiro e Almada Negreiros

As principais características do orfismo são:

- O cosmopolitismo;

- A presença de crítica sobre as classes mais altas 

da sociedade;

- O domínio da Metafísica;

- A presença do mistério; 

- A presença da idolatria da poesia;

- O desajuste social e cultural.

Presencionismo

Esta é a segunda fase do modernismo 

português. Recebe esse nome devido à 

revista Presença, fortemente 

influenciada pela revista Orfeu e seus 

ideais artísticos. Buscou dar 

continuidade à onda modernista em 

Portugal após o fim do orfismo mas 

apresentou características próprias que 

fizeram com que fosse considerado um 

nova fase modernista. São 

representantes do Presencionalismo: 

José Régio, Miguel Torga e Irene 

Lisboa.

As principais características do Presencismo são:

- A presença de romances, críticas literárias e contos;

- A noção da produção da “arte-pela-arte”;

- A arte transcendental e atemporal.

Neorrealismo

Surgiu em momento histórico conturbado, no 

qual a Europa vivia um momento de crise 

devido à Segunda Guerra Mundial e à ascensão 

dos regimes totalitários. As revistas Seara 

Nova, Sol Nascente e o Diabo foram as 

principais responsáveis pela divulgação das 

tendências neorrealistas. O neorrealismo teceu 

duras críticas ao individualismo e ao 

esteticismo. São representantes do 

Neorrealismo: Alves Redol, Manuel da Fonseca, 

Afonso Ribeiro, Joaquim Namorado, Mário 

Dionísio, Vergílio Ferreira e Fernando Namora.

As principais características do 

Surrealismo:                                                   

-Realismo social;

-Arte de vanguarda;

-Temática social, econômica, histórica 

e regional;

-Luta de classes (burguesia e 

proletariado);

-Estilo como elemento estético;

-Objetividade e simplicidade;

-Linguagem popular, coloquial e 

regional;

-Repúdio às formas tradicionais;

-Vulgarização de personagens.

Modernismo em Portugal