ocitocina
e a
vasopressina-arginina
, também chamada
hormônio antidiurético
(ADH) – é unido a
uma proteína chamada neurofisina. O complexo hormônio-neurofisina é sintetizado como um único
longo peptídio, e por proteólise há a liberação do hormônio de sua proteína de ligação.
Embora haja alguma sobreposição, as fibras de núcleos supraópticos estão relacionadas
principalmente com a secreção de vasopressina, enquanto a maioria das fibras dos núcleos
paraventriculares está envolvida com a secreção de ocitocina.
Figura 20.8
Relação entre o hipotálamo, a hipófise e a tireoide. O hormônio liberador de tireotropina (TRH) promove a secreção de tireotropina (TSH), que
estimula a síntese e a secreção dos hormônios tireoidianos T3 e T4. Esses hormônios agem sobre tecidos e órgãos-alvo e, além disso, inibem a secreção de TRH e
de TSH.
Ações dos hormônios da neuro-hipófise
A vasopressina, ou hormônio antidiurético, é secretada quando a pressão osmótica do sangue
aumenta. O estímulo de osmorreceptores situados no hipotálamo anterior promove a secreção em
neurônios do núcleo supraóptico. Seu efeito principal é aumentar a permeabilidade dos túbulos
coletores do rim à água. Como consequência, mais água sai do lúmen desses túbulos em direção ao
tecido conjuntivo que os envolve, onde é coletada por vasos sanguíneos. Assim, a vasopressina ajuda
a regular o equilíbrio osmótico do ambiente interno.
Em doses altas, a vasopressina promove a contração do músculo liso de vasos sanguíneos
(principalmente de artérias pequenas e arteríolas), elevando a pressão sanguínea. Em contrapartida,
não se sabe se a quantidade de vasopressina endógena, que circula normalmente no plasma, é
suficiente para ter qualquer efeito apreciável na pressão sanguínea.
Figura 20.9
Pars nervosa da hipófise. A maior parte da imagem é constituída de axônios. Podem ser vistos alguns corpos de Herring que são terminais de axônios
onde se acumula secreção. Os núcleos são, em sua maioria, de pituícitos. Observam-se algumas hemácias (em verde) dentro de capilares sanguíneos.
(Fotomicrografia. Tricrômico de Mallory. Grande aumento.)
Histologia aplicada
Lesões do hipotálamo que destroem as células produtoras de ADH causam a doença
diabetes insípido
, caracterizada
pela perda da capacidade renal de concentrar urina. Como resultado, um paciente pode eliminar até 20 ℓ de urina por dia
e beber grandes quantidades de líquidos. Essa doença não tem nada a ver com o diabetes caracterizado pelo aumento
da taxa de glicose no plasma.
Os tumores da hipófise são, em sua grande maioria, benignos e aproximadamente dois terços produzem hormônios,
o que resulta em sintomas clínicos. Os tumores podem produzir hormônio de crescimento, prolactina,
adrenocorticotropina e, menos frequentemente, hormônio tireotrófico.
Quando há produção excessiva de hormônio do crescimento na infância ou na adolescência produz-se o
gigantismo
,
caracterizado pela grande estatura do indivíduo acometido. Quando a produção excessiva ocorre no adulto há um
crescimento das extremidades (pés, mãos, mandíbula, nariz), pois as cartilagens epifisárias não existem mais. Essa
condição é denominada
acromegalia
. A secreção deficiente de hormônio do crescimento na infância produz o
nanismo
hipofisário
, que é uma situação em que o indivíduo apresenta baixa estatura, principalmente devido ao pequeno
crescimento dos ossos longos. Essa situação pode ser corrigida pela administração de hormônio do crescimento.
O diagnóstico clínico dos tumores da adeno-hipófise pode ser confirmado por meio de métodos imunocitoquímicos,
após a remoção cirúrgica do tumor.
A ocitocina estimula a contração do músculo liso da parede uterina durante o coito e durante o
parto, assim como das células mioepiteliais que cercam os alvéolos e ductos das glândulas
mamárias. A secreção de ocitocina é estimulada por distensão da vagina, distensão da cérvice uterina
e pela amamentação, por meio de tratos nervosos que agem sobre o hipotálamo. O reflexo neuro-
hormonal estimulado pela sucção dos mamilos é chamado reflexo de ejeção do leite (Figura 20.7 ).
Adrenais
As
adrenais
são duas glândulas achatadas com forma de meia-lua, cada uma situada sobre o polo
superior de cada rim (Figura 20.10 ). Em humanos podem também ser chamadas
suprarrenais
porque
se situam sobre os rins. O tamanho das adrenais varia com a idade e as condições fisiológicas do
indivíduo, e as duas glândulas de um adulto pesam cerca de 10 g.
Cortando-se o órgão a fresco, nota-se que ele é encapsulado e dividido nitidamente em duas
camadas concêntricas: uma periférica espessa, de cor amarelada, denominada
camada cortical
ou
córtex adrenal
, e outra central menos volumosa, acinzentada, a
camada medular
ou
medula
adrenal
.
Figura 20.10
Glândulas adrenais humanas na parte superior de cada rim. O córtex é mostrado em amarelo e a medular, em preto. Também são mostrados
locais fora das adrenais onde às vezes, por defeitos embriológicos, são achadas porções de córtex e medular. (Adaptada e reproduzida, com autorização, de
Forsham em: Livro de Ensino de Endocrinologia, 4
a
ed. Williams RH [editor]. Saunders, 1968.)
Essas duas camadas podem ser consideradas dois órgãos distintos, de origens embriológicas
diferentes, apenas unidos anatomicamente. O córtex tem origem no epitélio celomático, sendo,
portanto, mesodérmico, enquanto a medula se origina de células da crista neural, isto é, tem origem
neuroectodérmica.
As duas camadas apresentam funções e morfologia diferentes, embora seu aspecto histológico
geral seja típico de uma glândula endócrina formada de células dispostas em cordões cercados por
capilares sanguíneos.
Uma cápsula de tecido conjuntivo denso recobre a glândula e envia delgados septos ao interior da
adrenal. O estroma consiste basicamente em uma rede rica de fibras reticulares, as quais sustentam as
células secretoras.
Circulação sanguínea
As glândulas adrenais recebem várias artérias que entram por vários pontos ao seu redor. Os
ramos dessas artérias formam um plexo subcapsular do qual se originam três grupos de vasos
arteriais: (1) artérias da cápsula; (2) artérias do córtex, que se ramificam repetidamente entre as
células da camada cortical e que acabam formando capilares sanguíneos que deságuam em vasos
capilares da camada medular; e (3) artérias da medula, que atravessam o córtex e se ramificam,
formando uma extensa rede de capilares na medula (Figura 20.11 ).
Há, portanto, um suprimento duplo de sangue para a medula, tanto arterial (diretamente pelas
artérias medulares) como venoso (pelos capilares derivados das artérias do córtex). O endotélio
capilar é fenestrado e muito delgado, havendo uma lâmina basal contínua abaixo do endotélio. Os
capilares da medula, juntamente com vasos capilares que proveem o córtex, formam as veias
medulares que se unem para constituir as veias adrenais ou suprarrenais (Figura 20.11 ). Essas veias
em geral deságuam na veia cava inferior do lado direito ou na veia renal do lado esquerdo.
Córtex adrenal
As células do córtex adrenal têm a ultraestrutura típica de células secretoras de esteroides em que
a organela predominante é o retículo endoplasmático liso (Figura 20.12 ; ver também Capítulo 4). As
células do córtex não armazenam os seus produtos de secreção em grânulos, pois a maior parte de
seus hormônios esteroides é sintetizada após estímulo e secretada logo em seguida. Os esteroides,
sendo moléculas de baixo peso molecular e solúveis em lipídios, podem difundir-se pela membrana
celular e não são excretados por exocitose.
Em virtude de diferenças na disposição e na aparência de suas células, o córtex adrenal pode ser
subdividido em três camadas concêntricas cujos limites nem sempre são perfeitamente definidos em
humanos: a
zona glomerulosa
, a
zona fasciculada
e a
zona reticulada
(Figuras 20.13 e 20.14 ).
Essas camadas ocupam, respectivamente, em torno de 15, 65 e 7% do volume total das glândulas
adrenais.
Figura 20.11
Estrutura geral e circulação de sangue na glândula adrenal.
A zona glomerulosa se situa imediatamente abaixo da cápsula de tecido conjuntivo e é composta
de células piramidais ou colunares, organizadas em cordões que têm forma de arcos envolvidos por
capilares sanguíneos (Figura 20.14 A).
A região seguinte é chamada zona fasciculada por causa do arranjo das células em cordões de uma
ou duas células de espessura, retos e regulares, semelhantes a feixes, entremeados por capilares e
dispostos perpendicularmente à superfície do órgão (Figura 20.14 B). As células da zona fasciculada
são poliédricas, contêm um grande número de gotículas de lipídios no citoplasma e aparecem
vacuoladas em preparações histológicas rotineiras devido à dissolução de lipídios durante a
preparação do tecido. Por causa dessa vacuolação, essas células são também chamadas
espongiócitos
.
A zona reticulada (Figura 20.14 C), a região mais interna do córtex situada entre a zona
fasciculada e a medula, contém células dispostas em cordões irregulares que formam uma rede
anastomosada. Essas células são menores que as das outras duas camadas e contêm menos gotas de
lipídios que as da zona fasciculada. Grânulos de pigmento de lipofuscina são grandes e bastante
numerosos nestas células em adultos.
Hormônios do córtex e suas ações
Hormônios do córtex e suas ações
Os hormônios secretados pelo córtex, em sua maioria, são
esteroides
, hormônios lipídicos
formados pelas células a partir do colesterol. A síntese de colesterol é feita principalmente a partir
de acetil-coenzima A e ocorre no retículo endoplasmático liso em vários locais do corpo,
especialmente no fígado.
A maior parte do colesterol utilizado pelas células do córtex adrenal é originada do plasma e é
convertida em uma molécula mais complexa, a pregnenolona. As enzimas associadas à síntese de
progesterona e de desoxicorticosterona a partir de pregnenolona estão no retículo endoplasmático
liso; as enzimas que por sua vez convertem desoxicorticosterona em aldosterona situam-se nas
mitocôndrias – um claro exemplo de colaboração entre duas organelas celulares.
Os esteroides secretados pelo córtex podem ser divididos em três grupos, de acordo com suas
ações fisiológicas principais:
glicocorticoides
,
mineralocorticoides
e
andrógenos
(Figura 20.14 ).
A zona glomerulosa secreta o principal mineralocorticoide, a
aldosterona
, importante hormônio que
contribui para manter o equilíbrio de sódio e potássio e de água no organismo, e consequentemente
dos níveis de pressão arterial. A aldosterona age principalmente nos túbulos contorcidos distais dos
rins e também na mucosa gástrica, nas glândulas salivares e sudoríparas, estimulando a absorção de
sódio pelas células desses locais.
Os glicocorticoides, dentre os quais um dos mais importantes é o cortisol, são secretados
principalmente pelas células da zona fasciculada e em menor grau por células da zona reticulada
(Figura 20.14 ). Os glicocorticoides regulam o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios,
exercendo, portanto, ações no organismo inteiro. Os glicocorticoides também suprimem a resposta
imune. O sistema de defesa do organismo e o córtex adrenal estão, portanto, associados porque o
cortisol tem propriedades anti-inflamatórias por meio dos leucócitos, supressão de citocinas e
também ação imunossupressora. Alguns glicocorticoides também apresentam atividade
mineralocorticoide, porém de maneira mais fraca que a aldosterona.
Figura 20.12
Partes de duas células secretoras de esteroides da zona fasciculada do córtex adrenal humano. Lp, gotícula de lipídios; M, mitocôndria com
características cristas tubulares; REL, retículo endoplasmático liso; N, núcleo; G, complexo de Golgi; Li, lisossomo; P, grânulo de pigmento. (Elétron-micrografia.
Grande aumento.)
A zona reticulada produz andrógenos (principalmente deidroepiandrosterona) e, em menor grau,
mineralocorticoides (Figura 20.14 ).
Controle de secreção dos hormônios do córtex
O controle inicial da secreção pelo córtex adrenal ocorre pela liberação de hormônio liberador de
corticotropina na eminência mediana da hipófise (CRH). Esse é transportado para a pars distalis da
hipófise, onde estimula as células corticotróficas a secretarem hormônio adrenocorticotrófico
(ACTH), também chamado de corticotropina, que estimula a síntese e a secreção de hormônios no
córtex adrenal. Glicocorticoides circulantes podem inibir a secreção de ACTH tanto no nível do
hipotálamo como da hipófise (Figuras 20.14 e 20.15 ). A secreção de aldosterona depende
principalmente de outros fatores, primariamente da angiotensina II do sistema renina-angiotensina
(ver Capítulo 19).
Histologia aplicada
Em razão do mecanismo de controle de secreção do córtex, pacientes que são tratados com corticoides por longos
períodos nunca devem cessar de receber esses hormônios subitamente – a secreção de ACTH nesses pacientes está
inibida e, se ocorrer a retirada súbita de corticoides exógenos, córtex não é induzido de imediato a produzir corticoides
endógenos, resultando em alterações graves nos níveis de sódio e potássio no organismo.
Disfunções do córtex adrenal podem ser classificadas como hiper ou hipofuncionais. Tumores do córtex podem
resultar em produção excessiva de glicocorticoides (
síndrome de Cushing
) ou aldosterona (
síndrome de Conn
). A
síndrome de Cushing em geral se deve a um adenoma da hipófise que resulta em produção excessiva de ACTH; mais
raramente é causada por hiperplasia adrenal ou tumor adrenal.
A produção excessiva de andrógeno pelas adrenais tem pouco efeito em homens, mas pode causar hirsutismo
(crescimento anormal de pelos) em mulheres, puberdade precoce em meninos e virilização em meninas pré-púberes.
Essas síndromes chamadas adrenogenitais resultam de vários defeitos enzimáticos no metabolismo de esteroides que
causam aumento da biossíntese de andrógenos pelo córtex adrenal.
A insuficiência adrenocortical (
doença de Addison
) resulta da destruição do córtex adrenal, cuja causa mais frequente
é uma doença autoimune, mas que pode ser decorrente também de outras razões, inclusive a falta de secreção de
ACTH.
Carcinomas do córtex adrenal são raros, mas a maioria é altamente maligna. Aproximadamente 90% desses tumores
produzem esteroides.
Para saber mais
Córtex fetal ou provisório
Em humanos e em alguns outros animais, a glândula adrenal do recém-nascido é proporcionalmente muito maior que
a do adulto porque há uma camada conhecida como córtex fetal ou córtex provisório entre a medula e o delgado córtex
definitivo. Essa camada é bastante espessa, e suas células estão dispostas em cordões.
Depois do nascimento o córtex provisório involui enquanto o córtex definitivo se desenvolve, diferenciando-se nas suas
três zonas características. Uma função importante do córtex fetal é a secreção de conjugados sulfatados de andrógenos
que, na placenta, são convertidos a andrógenos ativos e estrógenos que agem no feto.
Medula adrenal
Medula adrenal
A medula adrenal é composta de células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados
arredondados (Figura 20.13 ), sustentados por uma rede de fibras reticulares. Além das células do
parênquima, há células ganglionares parassimpáticas. Todas essas células são envolvidas por uma
abundante rede de vasos sanguíneos.
As células do parênquima se originam de células da crista neural, as quais aparecem durante a
formação do tubo neural na vida embrionária, e que migraram para o interior da adrenal, constituindo
lá a camada medular.
Figura 20.13
Camadas e zonas da adrenal. Na camada medular há cordões de células (em cor azulada) separados por capilares sanguíneos (em cor rosa) de luz
irregular e dilatada. (Fotomicrografia. HE. Pequeno aumento.)
O citoplasma das células da medular têm grânulos de secreção que contêm
epinefrina
ou
norepinefrina
, pertencentes a uma classe de substâncias denominadas
catecolaminas
. Os grânulos
também contêm ATP, proteínas chamadas cromograninas (que podem servir como proteína de ligação
para catecolaminas), dopamina beta-hidroxilase (que converte dopamina em norepinefrina) e
peptídios semelhantes a opiáceos (encefalinas) (Figura 20.16 ). Há evidências que indicam que a
epinefrina e a norepinefrina são secretadas por diferentes células da medula.
Todas as células da medula adrenal são inervadas por terminações colinérgicas de neurônios
simpáticos pré-ganglionares.
Controle de secreção e ações dos hormônios da adrenal
Ao contrário das células do córtex, que não armazenam esteroides, as células da medula
armazenam os seus hormônios em grânulos. Epinefrina e norepinefrina podem ser secretadas em
grandes quantidades em resposta a intensas reações emocionais (p. ex., susto, pânico). A secreção
dessas substâncias é mediada pelas fibras pré-ganglionares que inervam as células da medula.
Figura 20.14
Estrutura microscópica e fisiologia do córtex adrenal. A. Na zona glomerulosa, situada abaixo da cápsula da glândula, os cordões de células desta
zona têm forma de arcos (Gl). B. Na zona fasciculada as células se dispõem em cordões paralelos (Fasc). As setas indicam núcleos de células endoteliais de
capilares sanguíneos situados ao lado dos cordões celulares. C. Na zona reticular os cordões de células formam redes (Ret). Os espaços representam capilares
sanguíneos. (Fotomicrografia. HE. Pequeno aumento.)
Vasoconstrição, hipertensão, alterações da frequência cardíaca e efeitos metabólicos, como
elevação da taxa de glicose no sangue, resultam da secreção de catecolaminas na circulação
sanguínea. Esses efeitos são parte da reação de defesa do organismo frente a situações de
emergência. Durante atividade normal da medula, pode haver secreção contínua de pequenas
quantidades desses hormônios.
Histologia aplicada
Células da medula adrenal são também encontradas nos paragânglios, que são pequenos grupos de células
secretoras de catecolaminas situados principalmente adjacentes a gânglios do sistema nervoso autônomo na cavidade
abdominal, mas também em várias vísceras. Os paragânglios são uma fonte de catecolaminas circulantes.
Uma das disfunções da medula adrenal é representada pelos
feocromocitomas
, tumores de suas células que causam
hiperglicemia e elevações passageiras da pressão sanguínea. Esses tumores também podem desenvolver-se em locais
extramedulares (Figura 20.10 ).
Figura 20.15
Mecanismo de controle de secreção de ACTH e de glicocorticoides. CRH = hormônio libertador de corticotropina; ACTH = corticotropina.
Diferentemente do que acontece com outros hormônios, a epinefrina e a norepinefrina circulantes
não regulam a síntese e a secreção desses hormônios na medula adrenal.
Ilhotas de Langerhans
As ilhotas de Langerhans são micro-órgãos endócrinos localizados no pâncreas, onde são vistos
ao microscópio como grupos arredondados de células de coloração menos intensa, incrustados no
tecido pancreático exócrino (Figura 20.17 ).
A maioria das ilhotas mede 100 a 200 μm de diâmetro e contém centenas de células, embora haja
também agrupamentos menores de células endócrinas entremeadas entre as células exócrinas do
pâncreas. Pode haver mais de 1 milhão de ilhotas no pâncreas humano, e há uma pequena tendência
para ilhotas serem mais abundantes na região da cauda do pâncreas.
As ilhotas são constituídas por células poligonais, dispostas em cordões (Figura 20.17 ), em volta
dos quais existe uma abundante rede de capilares sanguíneos com células endoteliais fenestradas. Há
uma fina camada de tecido conjuntivo que envolve a ilhota e a separa do tecido pancreático restante.
Colorações rotineiras ou por corantes tricrômicos possibilitam a distinção das células que, em
virtude de suas afinidades pelos corantes, são denominadas
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