doenças autoimunes
.
Figura 14.17
Esta fotomicrografia do timo mostra uma parte da cortical, identificável por sua coloração mais escura (direita), e uma porção da medular,
identificável por sua coloração mais clara e pela existência de um corpúsculo de Hassall (esquerda). (Pararrosanilina e azul de toluidina. Médio aumento médio.)
Figura 14.18
Cortical do timo. A fotomicrografia mostra tecido conjuntivo, que é uma extensão da cápsula do órgão. No conjuntivo são visíveis uma artéria e
uma veia. (Pararrosanilina e azul de toluidina. Médio aumento.)
Após atravessarem a parede das vênulas pós-capilares e saírem do timo, pelo sangue, os linfócitos
T se estabelecem em determinadas áreas de outros órgãos linfoides, denominados secundários ou
periféricos. Essas áreas são, portanto,
timodependentes
(ricas em linfócitos T) e estão
representadas principalmente pela zona paracortical dos linfonodos, pelas bainhas periarteriais da
polpa branca do baço e pelo tecido linfoide frouxo situado entre os nódulos linfáticos das placas de
Peyer e das tonsilas. O restante do tecido linfoide contém linfócitos B e é
timoindependente
.
Os linfócitos T constituem um pool, que compreende os linfócitos do timo, a maioria dos linfócitos
do sangue e da linfa e os que fazem parte das áreas timodependentes.
O timo, provavelmente por suas células reticulares epiteliais, produz vários fatores de crescimento
proteicos que estimulam a proliferação e a diferenciação de linfócitos T, atuando localmente por
secreção parácrina (ver Capítulo 4). Dentre esses fatores estão a timosina alfa, timopoetina, timulina
e o fator tímico humoral.
O timo está sujeito à influência de vários hormônios. A injeção de certos corticosteroides da
glândula adrenal causa redução das mitoses, queda no número de linfócitos e, em consequência,
atrofia acentuada da zona cortical do timo. O
hormônio adrenocorticotrófico
(ACTH), da parte
anterior da hipófise, tem efeito semelhante, pois estimula a secreção dos esteroides da adrenal. Os
hormônios sexuais também aceleram a involução do timo, e a castração (experimentos em animais)
tem efeito oposto.
Figura 14.19
Corte do timo de uma pessoa idosa. O parênquima foi quase inteiramente substituído por tecido adiposo. (Pararrosanilina e azul de toluidina.
Pequeno aumento.)
Linfonodos
Os
linfonodos
ou
gânglios linfáticos
são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e
que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos (Figura 14.1 ). São
encontrados na axila, virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço e, em grande quantidade, no
tórax e no abdome, especialmente no mesentério. Os linfonodos em geral têm a forma de rim e
apresentam um lado convexo e o outro com reentrância, o
hilo
, pelo qual penetram as artérias
nutridoras e saem as veias (Figura 14.20 ). O tamanho dos linfonodos é muito variável; os menores
têm 1 mm de comprimento, e os maiores chegam a 1 a 2 cm. Como acontece no tecido linfático em
geral, o parênquima do órgão é sustentado por um arcabouço de células reticulares e fibras
reticulares, sintetizadas por essas células.
Figura 14.20
Representação esquemática da circulação do sangue e da linfa no linfonodo. Observe que a linfa entra pelo lado convexo e sai pelo lado côncavo,
onde está localizado o hilo do órgão. O sangue entra e sai pelo hilo. A área mais escura, central, representa a medular do linfonodo.
Figura 14.21
Corte de linfonodo que mostra a estrutura do córtex, com seus nódulos linfáticos, e a estrutura da medula, onde podem ser vistos os cordões e os
seios medulares. (Pararrosanilina e azul de toluidina. Pequeno aumento.)
A circulação da linfa nos linfonodos é unidirecional. Ela atravessa os linfonodos, penetrando
pelos vasos linfáticos que desembocam na borda convexa do órgão (
vasos aferentes
) e saindo pelos
linfáticos do hilo (
vasos eferentes
).
A cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve os linfonodos envia trabéculas para o seu
interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos.
O parênquima do linfonodo apresenta a
região cortical
, que se localiza abaixo da cápsula (Figura
14.21 ), ausente apenas no hilo, e a
região
medular
, que ocupa o centro do órgão e o seu hilo. Entre
essas duas regiões encontra-se a
cortical profunda
ou
região
paracortical
.
A
região cortical superficial
é constituída por tecido linfoide frouxo, que forma os
seios
subcapsulares
(Figura 14.22 ) e
peritrabeculares
, e por
nódulos
ou
folículos linfáticos
(condensações esféricas de linfócitos). Os nódulos linfáticos (Figura 14.23 ) podem apresentar áreas
centrais claras, os
centros germinativos
(Figura 14.24 ). As células predominantes na cortical
superficial são os linfócitos B, ocorrendo também alguns plasmócitos, macrófagos, células
reticulares e células foliculares dendríticas. As células foliculares dendríticas não são células
apresentadoras de antígenos (não processam antígenos), como já foi explicado neste capítulo, mas
retêm antígenos em sua superfície, onde eles podem ser “examinados” pelos linfócitos B. Os seios
dos linfonodos são espaços irregulares delimitados de modo incompleto por células endoteliais,
células reticulares com fibras reticulares, e macrófagos. Os seios têm um aspecto de esponja (Figura
14.22 ) e recebem a linfa trazida pelos vasos aferentes, encaminhando-a na direção da medular. O
espaço irregular dos seios dos linfonodos é penetrado por prolongamentos das células reticulares e
dos macrófagos. A
região cortical profunda
ou
paracortical
não apresenta nódulos linfáticos e nela
predominam os linfócitos T, ao lado de células reticulares, e alguns plasmócitos e macrófagos.
Figura 14.22
Linfonodo. A fotomicrografia mostra a cápsula de tecido conjuntivo denso, os seios subcapsulares e uma pequena parte da parte mais externa da
cortical. Por fora da cápsula existe pequena quantidade de tecido adiposo. (Pararrosanilina e azul de toluidina. Médio aumento.)
Figura 14.23
Fotomicrografia de linfonodo. Note um nódulo linfático que foi ativado pela injeção de um antígeno. As estruturas claras no nódulo são
macrófagos circundados por numerosos linfócitos B. (Pararrosanilina e azul de toluidina. Médio aumento.)
A
região medular
é constituída pelos
cordões medulares
(Figura 14.25 ), formados
principalmente por linfócitos B, mas contendo também fibras, células reticulares (Figuras 14.26 e
14.27 ) e macrófagos. Os plasmócitos, geralmente, são mais numerosos na medular do que na
cortical. Separando os cordões medulares, encontram-se os
seios medulares
(Figura 14.26 ),
histologicamente semelhantes aos outros seios dos linfonodos. Os seios medulares recebem a linfa
que vem da cortical e comunicam-se com os vasos linfáticos eferentes, pelos quais a linfa sai do
linfonodo.
Figura 14.24
Fotomicrografia do córtex de um linfonodo estimulado pela injeção de um antígeno. Aparecem macrófagos, que capturam e processam antígenos
e linfócitos B ativados, também denominados imunócitos. Os imunócitos são células grandes, com citoplasma basófilo e núcleos claros com nucléolos grandes e
facilmente visíveis. Essas células estão em processo de multiplicação para produzir plasmócitos, células produtoras de anticorpos. Algumas células estão
morrendo por apoptose. (Pararrosanilina e azul de toluidina. Grande aumento.)
Figura 14.25
Medular de um linfonodo; os seios medulares ficam separados pelos cordões medulares. (Pararrosanilina e azul de toluidina. Médio aumento.)
Histologia aplicada
Os papéis dos linfócitos B e T podem ser exemplificados nas imunodeficiências causadas por defeitos nas células B,
T ou em ambas, como mostra a Figura 14.28 . Esta ilustração também mostra a correlação entre as condições
patológicas e a distribuição celular nos linfonodos.
Histofisiologia
Os linfonodos são “filtros” da linfa, removendo partículas estranhas antes que a linfa retorne ao
sistema circulatório sanguíneo. Como os linfonodos estão distribuídos por todo o organismo, a linfa
atravessa pelo menos um linfonodo antes de retornar aos tecidos e, daí, ao sangue.
Recirculação dos linfócitos
Os linfócitos deixam os linfonodos pelos vasos linfáticos eferentes, que confluem com outros
vasos linfáticos até se formarem os grandes linfáticos que desembocam em veias. Pelo sangue, os
linfócitos retornam aos linfonodos através das
vênulas de endotélio alto
, encontradas na região
paracortical. Essas vênulas são muito delgadas, e seu endotélio é cuboide (Figura 14.29 ). Os
linfócitos contêm em suas membranas glicoproteínas para as quais há receptores nessas células
endoteliais. Eles são retidos por ligações fracas com esses receptores e migram, por diapedese,
passando entre as células endoteliais. Após atravessarem as vênulas, os linfócitos entram no tecido
linfático e finalmente saem do linfonodo pelo vaso linfático eferente. Graças a esse processo, os
linfócitos recirculam numerosas vezes pelo linfonodo.
Figura 14.26
Fotomicrografia de um seio medular de um linfonodo. As principais células são macrófagos, células reticulares e linfócitos. (Pararrosanilina e azul
de toluidina. Grande aumento.)
Histologia aplicada
Cada linfonodo recebe a linfa de uma determinada região do corpo, da qual ele é chamado
linfonodo satélite
. A linfa
aferente entra nos seios subcapsulares, passa para os seios peritrabeculares e também pelos nódulos linfáticos,
chegando aos seios medulares e finalmente saindo do órgão pelos vasos linfáticos eferentes. A arquitetura complexa dos
seios linfáticos dos linfonodos diminui a velocidade do fluxo da linfa, facilitando a fagocitose e a digestão de moléculas
estranhas pelos macrófagos. A linfa também se infiltra pelos cordões e nódulos linfáticos, por onde o fluxo é ainda mais
lento. As válvulas existentes nos vasos linfáticos aferentes e eferentes asseguram o fluxo unidirecional de linfa, desde o
lado côncavo do linfonodo até o seu lado convexo, ou hilo (Figura 14.20 ).
A passagem da linfa pelo linfonodo remove, por fagocitose pelos macrófagos, cerca de 99% das moléculas,
microrganismos e células estranhas. Infecções e estímulos antigênicos provocam a divisão mitótica de imunoblastos,
responsáveis pelo aparecimento de áreas menos coradas no centro dos nódulos linfáticos, denominadas
centros
germinativos
. Nos linfonodos não estimulados, os plasmócitos constituem apenas 1 a 3% da população celular, mas
essa porcentagem aumenta muito nos linfonodos estimulados pelo processo infeccioso.
Vênulas com endotélio cuboide também existem em outros órgãos linfáticos como apêndice,
tonsilas e placas de Peyer, porém, não existem no baço. Embora ocorra recirculação de linfócitos
através de todas as vênulas de endotélio cuboide, o fenômeno é mais intenso nos linfonodos.
Pela recirculação, os linfócitos estimulados no linfonodo satélite de um dedo infectado, por
exemplo, poderão informar outros órgãos linfáticos, contribuindo para que o organismo elabore uma
resposta imunitária mais eficiente contra a infecção. A recirculação dos linfócitos é um sistema de
monitoramento constante de todas as partes do corpo, que informa o sistema imunitário inteiro sobre
a existência de antígenos localizados.
Baço
O
baço
é o maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e, no ser humano, o único órgão
linfoide interposto na circulação sanguínea. Em virtude de sua riqueza em células fagocitárias e do
contato íntimo entre o sangue e essas células, o baço representa um importante órgão de defesa contra
microrganismos que penetram o sangue circulante e é também o principal órgão destruidor de
eritrócitos (hemácias) desgastados pelo uso. Como os demais órgãos linfáticos, origina linfócitos que
passam para o sangue circulante. Por sua localização na corrente sanguínea, o baço responde com
rapidez aos antígenos que invadem o sangue, sendo um importante filtro fagocitário e imunológico
para o sangue e grande produtor de anticorpos.
O baço contém uma
cápsula
de tecido conjuntivo denso, a qual emite
trabéculas
que dividem o
parênquima ou
polpa esplênica
em compartimentos incompletos (Figura 14.30 ). A superfície medial
do baço apresenta um
hilo
, onde a cápsula mostra maior número de trabéculas, pelas quais penetram
nervos e artérias. Saem pelo hilo as veias originadas no parênquima e vasos linfáticos originados nas
trabéculas, uma vez que, no ser humano, a polpa esplênica não contém vasos linfáticos.
Figura 14.27
Corte da região medular de um linfonodo corado pelo picrosirius e fotografado com luz polarizada. As estruturas brilhantes e de forma alongada
são fibras reticulares, constituídas por colágeno tipo III. (Médio aumento.)
Figura 14.28
Alterações morfológicas nos linfonodos, relacionadas com a deficiência de linfócitos B, T ou ambos. (Adaptada e reproduzida, com autorização,
de Chandrasoma P, Taylor CR: Concise Pathology, Appleton & Lange, 1991.)
Na espécie humana, o tecido conjuntivo da cápsula e das trabéculas apresenta algumas fibras
musculares lisas, pouco numerosas. Contudo, em certos mamíferos (gato, cão, cavalo), essas fibras
são abundantes e sua contração provoca a expulsão do sangue acumulado no baço.
Observando-se a olho nu a superfície de corte do baço, a fresco ou fixado, observam-se em seu
parênquima pontos esbranquiçados, que são nódulos linfáticos que fazem parte da
polpa branca
, que
é descontínua. Entre os nódulos há um tecido vermelho-escuro, rico em sangue, a
polpa vermelha
(Figuras 14.30 e 14.31 ).
Figura 14.29
Vênula de endotélio alto de um linfonodo. As pontas de seta indicam as células endoteliais altas (cuboides). Diversos linfócitos estão atravessando
a parede da vênula (setas). (Pararrosanilina e azul de toluidina. Grande aumento.)
Figura 14.30
Corte de baço no qual se nota a cápsula, que envia trabéculas para o interior do órgão. A polpa branca, com suas arteríolas, está circundada por
uma linha interrompida. A polpa vermelha ocupa a maior parte da fotografia. (Coloração pelo picrosirius. Pequeno aumento.)
O exame microscópico, em pequeno aumento, mostra que a polpa vermelha é formada por
estruturas alongadas, os
cordões esplênicos
ou
cordões de Billroth
, entre os quais se situam os
sinusoides
ou
seios esplênicos
(Figuras 14.34 e 14.35 ).
Toda a polpa esplênica contém células e fibras reticulares, macrófagos, células apresentadoras de
antígenos, células linfáticas e algumas outras células em menor proporção.
Circulação sanguínea
A artéria esplênica divide-se ao penetrar o hilo, originando ramos que seguem as trabéculas
conjuntivas (artérias trabeculares). Ao deixarem as trabéculas para penetrarem o parênquima, as
artérias são imediatamente envolvidas por uma bainha de linfócitos, chamada de bainha linfática
periarterial. Esses vasos são chamados de
artérias centrais
ou
artérias da polpa
branca
(Figuras
14.31 e 14.32 ). Ao longo de seu trajeto a bainha linfocitária, que é parte da polpa branca, espessa-se
diversas vezes, formando nódulos linfáticos, nos quais o vaso (agora uma arteríola) ocupa posição
excêntrica (Figuras 14.31 e 14.32 ). Apesar disso, continua a ser chamado de artéria central. Durante
seu trajeto na polpa branca, a arteríola origina numerosos ramos, que irão irrigar o tecido linfático
que a envolve.
Figura 14.31
Corte de baço. À esquerda, uma região de polpa branca, com seu nódulo e artéria. À direita, observam-se a polpa vermelha e um corte de trabécula
(tecido conjuntivo). (Pararrosanilina e azul de toluidina. Pequeno aumento.)
Figura 14.32
Esquema da circulação sanguínea do baço. Estão representadas a circulação fechada e a circulação aberta. S, sinusoide. PALS (
p
eri
a
rterial
l
ymphatic
s
heath), bainha linfática periarterial. (Adaptada e reproduzida, com autorização, de Greep RO, Weiss L: Histology, 3rd ed. McGraw-Hill, 1973.)
Depois de deixar a polpa branca, as arteríolas se subdividem, formando as
arteríolas peniciladas
,
com diâmetro externo de aproximadamente 25 μm. Só ocasionalmente as arteríolas peniciladas
contêm músculo liso. Elas são formadas por endotélio que se apoia em espessa lâmina basal e uma
delgada adventícia. Alguns ramos da arteríola penicilada apresentam, próximo à sua terminação, um
espessamento, o
elipsoide
(Figura 14.32 ), constituído por macrófagos, células reticulares e
linfócitos.
Aos elipsoides seguem-se capilares arteriais que levam o sangue para os sinusoides (Figura 13.32
) ou seios da polpa vermelha, situados entre os cordões de Billroth. O modo exato como o sangue
passa dos capilares arteriais da polpa vermelha para o interior dos sinusoides é assunto ainda não
esclarecido. Segundo alguns estudiosos, os capilares abrem-se diretamente nos sinusoides, enquanto
outros afirmam que o sangue é lançado nos espaços intercelulares da polpa vermelha, sendo depois
coletado pelos sinusoides (Figura 14.33 ). No primeiro caso a circulação seria fechada,
permanecendo o sangue sempre no interior dos vasos. No segundo caso a circulação seria aberta, e o
sangue sairia dos vasos para depois voltar a eles (aos sinusoides). As evidências disponíveis
atualmente favorecem a interpretação de que, na espécie humana, a circulação do baço é aberta.
Dos sinusoides o sangue passa para as veias da polpa vermelha, que se reúnem umas às outras e
penetram as trabéculas, formando as veias trabeculares (Figura 14.32 ). Estas dão origem à veia
esplênica, que sai pelo hilo do baço. As veias trabeculares não têm paredes próprias, isto é, suas
paredes são formadas pelo tecido das trabéculas. Elas podem ser consideradas como canais
escavados no conjuntivo trabecular e revestidos internamente por endotélio.
Figura 14.33
Estrutura da polpa vermelha do baço, que mostra sinusoides e cordões esplênicos (de Billroth) com células reticulares e macrófagos (alguns
macrófagos contêm material fagocitado). A disposição das fibras reticulares em relação às células também está representada. Nos cordões esplênicos essas fibras
formam uma malha tridimensional e nos sinusoides estão dispostas perpendicularmente ao eixo maior das células endoteliais. Acima e à esquerda aparece um
sinusoide em corte transversal. A figura mostra a circulação aberta e a circulação fechada. As setas indicam os trajetos do sangue e as opções de movimento dos
corpúsculos sanguíneos.
Polpa branca
A polpa branca é constituída pelo tecido linfático que constitui as bainhas periarteriais e pelos
nódulos linfáticos que se formam por espessamentos dessas bainhas (Figuras 14.31 e 14.32 ). No
tecido linfático das bainhas periarteriais predominam os linfócitos T, mas nos nódulos existe
predominância dos linfócitos B. Entre a polpa branca e a polpa vermelha existe uma zona mal
delimitada, constituída pelos
seios marginais
. Nesses seios encontram-se linfócitos, macrófagos e
células dendríticas (apresentadoras de antígenos) que retêm e processam antígenos trazidos pelo
sangue. A zona marginal contém muitos antígenos transportados pelo sangue e desempenha importante
papel imunitário. Muitas arteríolas derivadas da artéria central drenam nos seios marginais e outras
estendem-se além da polpa branca, mas fazem um trajeto curvo e retornam, desembocando também
nos seios marginais. Assim, essa zona tem papel importante na “filtragem” do sangue e na iniciação
da resposta imunitária.
Polpa vermelha
A polpa vermelha (Figuras 14.34 e 14.35 ) é formada por
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