Figura 5.20
Conjuntivo denso não modelado da derme da pele que mostra feixes espessos de fibras de colágeno orientados em diferentes sentidos. Observam-
se ainda núcleos de fibroblastos (setas). Este tecido suporta grandes trações em diferentes direções. (Coloração: hematoxilina-eosina. Médio aumento. Imagem de
T.M.T. Zorn.)
Estas fibras são birrefringentes, pois são constituídas por moléculas alongadas arranjadas
paralelamente umas às outras. Desse modo, quando examinadas ao microscópio de polarização, entre
filtros polaroides, as fibras colágenas aparecem brilhantes contra um fundo escuro. Alguns corantes
ácidos compostos por moléculas alongadas como, por exemplo, o sirius red, são capazes de se ligar
paralelamente a moléculas de colágeno, intensificando consideravelmente a sua birrefringência
normal, produzindo uma cor amarela intensa. Em razão desta propriedade, o sirius red é utilizado
como método específico para a detecção do colágeno.
Em alguns locais do organismo, as fibras de colágeno se organizam paralelamente umas às outras,
formando
feixes de colágeno
. As fibras colágenas são estruturas longas com percurso sinuoso e, por
causa disto, suas características morfológicas plenas são difíceis de serem estudadas em cortes
histológicos (Figura 5.20 ). Para esta finalidade, um preparado histológico por distensão é mais
conveniente (Figura 5.21 A e B). O mesentério é frequentemente utilizado para esse propósito e,
quando espalhado sobre uma lâmina histológica, sua estrutura é suficientemente fina para ser
atravessada pela luz. Esse preparado pode ser corado e examinado diretamente ao microscópio sem
precisar ser cortado em micrótomo. O mesentério consiste em uma porção central de tecido
conjuntivo revestido em ambos os lados por um epitélio pavimentoso, o mesotélio. Nesses
preparados, as fibras colágenas aparecem como estruturas cilíndricas, alongadas e tortuosas de
comprimento indefinido e com diâmetro que varia de 1 a 20 μm.
Ao microscópio de luz as fibras colágenas são acidófilas e se coram em rosa pela eosina, em azul
pelo tricrômico de Mallory, em verde pelo tricrômico de Masson e em vermelho pelo sirius red.
Fibras reticulares
As fibras reticulares são formadas predominantemente por colágeno do tipo III. Elas são
extremamente finas, com um diâmetro entre 0,5 e 2 μm, e formam uma rede extensa em determinados
órgãos. Essas fibras não são visíveis em preparados corados pela hematoxilina-eosina (HE), mas
podem ser visualizadas em cor preta por impregnação com sais de prata. Por causa de sua afinidade
por sais de prata, estas fibras são chamadas de argirófilas (Figura 5.22 ).
Figura 5.21
A. Preparado total de mesentério de rato jovem mostrando que os feixes de fibras de colágeno se coram em vermelho pelo picrosirius; as fibras
elásticas, coradas em escuro pela orceína, aparecem como estruturas finas e retilíneas. Essas fibras fornecem resistência e elasticidade, respectivamente, ao
mesentério. (Médio aumento.) B. A mesma preparação observada com microscópio de polarização. São observados feixes de colágeno de várias espessuras. Nas
regiões de sobreposição, os feixes de colágeno aparecem escuros. As fibras de colágeno são o principal componente estrutural do corpo. (Médio aumento.)
As fibras reticulares também são PAS-positivas. Considera-se que tanto a positividade ao PAS
quanto a argirofilia se devem ao alto conteúdo de cadeias de açúcar associadas a estas fibras. Fibras
reticulares contêm 6 a 12% de hexoses, enquanto as fibras de colágeno contêm apenas 1%.
Estudos imunocitoquímicos e histoquímicos mostraram que as fibras reticulares são compostas
principalmente de colágeno do tipo III associado a elevado teor de glicoproteínas e proteoglicanos.
Ao microscópio eletrônico exibem estriação transversal típica das fibras colágenas. São formadas
por finas fibrilas (diâmetro médio de 35 nm) frouxamente arranjadas (Figura 5.23 ), unidas por
pontes provavelmente compostas de proteoglicanos e glicoproteínas. Devido ao seu pequeno
diâmetro, as fibras reticulares se coram em verde pelo sirius red quando observadas ao microscópio
de polarização.
As fibras reticulares são particularmente abundantes em músculo liso, endoneuro e em órgãos
hematopoéticos como baço, nódulos linfáticos, medula óssea vermelha. As finas fibras reticulares
constituem uma delicada rede ao redor de células de órgãos parenquimatosos (nos quais predominam
as células) como as glândulas endócrinas. O pequeno diâmetro e a disposição frouxa das fibras
reticulares criam uma rede flexível em órgãos que são sujeitos a mudanças fisiológicas de forma ou
volume, como as artérias, baço, fígado, útero e camadas musculares do intestino.
Figura 5.22
Corte histológico do córtex da glândula adrenal corado pela prata para mostrar as fibras reticulares. Este corte histológico é propositadamente
espesso para enfatizar a rede formada por essas fibrilas finas formadas por colágeno do tipo III. Os núcleos das células aparecem em negro e o citoplasma não
está corado. As fibras reticulares são os principais componentes estruturais deste órgão e de órgãos hemocitopoéticos e cria as condições locais adequadas para as
atividades deste órgão. (Médio aumento.)
Figura 5.23
Micrografia eletrônica de cortes transversais de fibra reticular (esquerda) e fibra colágena (direita). Observe que cada tipo de fibra é composto de
numerosas fibrilas delgadas de colágeno. As fibrilas reticulares (R) têm um diâmetro significantemente menor do que as fibrilas das fibras de colágeno (C), como
mostra o histograma. Além disso, as fibrilas reticulares se associam a um abundante material granular (proteoglicanos) que não existe na superfície das fibrilas de
colágeno (direita). (Grande aumento.)
Sistema elástico
O sistema elástico é composto por três tipos de fibras: oxitalânica, elaunínica e elástica. A
estrutura do sistema de fibras elásticas se desenvolve por meio de três estágios sucessivos (Figuras
5.24 e 5.25 ):
No primeiro estágio as fibras oxitalânicas consistem em feixes de microfibrilas de 10 nm de
diâmetro compostas de diversas glicoproteínas, entre as quais uma molécula muito grande,
denominada
fibrilina
. As fibrilinas formam o arcabouço necessário para a deposição da elastina.
Fibrilinas defeituosas resultam na formação de fibras elásticas fragmentadas. As fibras
oxitalânicas
podem ser encontradas nas fibras da zônula do olho e em determinados locais da
derme, onde conecta o sistema elástico com a lâmina basal
Figura 5.24
Derme da pele corada seletivamente para fibras elásticas. As fibras elásticas escuras se entremeiam entre as fibras colágenas coradas em rosa-
pálido. As fibras elásticas são responsáveis pela elasticidade da pele. (Médio aumento.)
Figura 5.25
Micrografias eletrônicas das fibras elásticas em desenvolvimento. A. No estágio inicial da formação, as fibras em desenvolvimento consistem em
numerosas e delgadas microfibrilas proteicas (fibrilina). B. Com o desenvolvimento, um agregado amorfo de proteína elastina deposita-se entre as microfibrilas
de fibrilina. C. A elastina amorfa se acumula e finalmente ocupa o centro da fibra madura (elástica), a qual permanece envolvida por microfibrilas de fibrilina.
Observe cortes transversais de fibrilas de colágeno. (Cortesia de G.S. Montes.)
No segundo estágio de desenvolvimento ocorre deposição irregular de proteína
elastina
entre as
microfibrilas oxitalânicas, formando as fibras
elaunínicas
. Estas estruturas são encontradas ao
redor das glândulas sudoríparas e na derme
No terceiro estágio, a elastina continua a acumular-se gradualmente até ocupar todo o centro do
feixe de microfibrilas, as quais permanecem livres apenas na região periférica. Estas são as
fibras
elásticas
, o componente mais numeroso do sistema elástico.
As fibras oxitalânicas não têm elasticidade, mas são altamente resistentes a forças de tração,
enquanto as fibras elásticas, ricas em proteína elastina, distendem-se facilmente quando tracionadas.
Por usar diferentes proporções de elastina e microfibrilas, o sistema elástico constitui uma família de
fibras com características funcionais variáveis capazes de se adaptar às necessidades locais dos
tecidos.
As principais células produtoras de elastina são os fibroblastos e o músculo liso dos vasos
sanguíneos. Antes da elastina madura forma-se a
proelastina
, uma molécula globular de 70 kDa de
massa, que, no espaço extracelular, polimeriza-se para formar a elastina, uma glicoproteína com
consistência de borracha que predomina nas fibras elásticas maduras. A elastina é resistente à
fervura, à extração com álcalis e com ácido e à digestão com proteases usuais, mas é facilmente
hidrolisada pela
elastase pancreática
.
Como a proteína colágeno, a elastina é rica em glicina e em prolina. Além destes, a elastina
contém dois aminoácidos incomuns, a
desmosina
e a
isodesmosina
, formados por ligações
covalentes entre quatro resíduos de lisina. Estas ligações cruzadas parecem ser responsáveis pela
consistência elástica da elastina, que é cinco vezes mais extensível do que a borracha. A Figura 5.26
mostra um modelo que ilustra a elasticidade da elastina.
A elastina também ocorre na forma não fibrilar, formando as
membranas fenestradas
(lâminas
elásticas) encontradas nas paredes de alguns vasos sanguíneos.
Figura 5.26
As moléculas de elastina são unidas por pontes covalentes que geram uma rede interconectada e extensível. Como cada uma das moléculas de
elastina contida na rede pode expandir-se em qualquer direção, resulta que a rede inteira pode esticar-se e encolher-se como um fio de elástico. (Reproduzida,
com autorização, de Alberts B et al.: Molecular Biology of the Cell. Garland, 1983.)
Histologia aplicada
Mutações no gene da fibrilina, localizado no cromossomo 15, resultam na
síndrome de Marfan
, uma doença
caracterizada pela falta de resistência dos tecidos ricos em fibras elásticas. Por causa da riqueza em componentes do
sistema elástico, grandes artérias como a aorta, que são submetidas a alta pressão de sangue, rompem-se com
facilidade em pacientes portadores da síndrome de Marfan, uma condição de alto risco de morte.
Substância fundamental
A substância intercelular fundamental é uma mistura complexa altamente hidratada de moléculas
aniônicas (
glicosaminoglicanos
e
proteoglicanos)
e
glicoproteínas multiadesivas
. Esta complexa
mistura molecular é incolor e transparente. Ela preenche os espaços entre as células e fibras do
tecido conjuntivo e, como é viscosa, atua ao mesmo tempo como lubrificante e como barreira à
penetração de microrganismos invasores. Quando adequadamente fixada para análises histológicas,
seus componentes se agregam e precipitam nos tecidos como um material granular que pode ser
identificado em micrografias eletrônicas (Figura 5.27 ).
Figura 5.27
Microscopia eletrônica mostrando a matriz extracelular do conjuntivo de útero de camundongo (estroma endometrial) após a fixação com
glutaraldeído-safranina O. Observe que nestas condições os proteoglicanos da substância fundamental precipitam formando uma rede que preenche os espaços
intercelulares. Observe que os filamentos de proteoglicanos (setas) estão em grande proximidade com a superfície dos fibroblastos (F). E, fibra elástica. (Médio
aumento. Imagem de T.M.T. Zorn e C. Greca.)
Os
glicosaminoglicanos
(originalmente chamados de
mucopolissacarídios ácidos
) são polímeros
lineares formados por unidades repetidas dissacarídicas em geral compostas de ácido urônico e de
uma hexosamina. A hexosamina pode ser a
glicosamina
ou a
galactosamina
, e o ácido urônico pode
ser o
ácido
glicurônico
ou o
ácido
idurônico
. Com exceção do ácido hialurônico, todas estas cadeias
lineares são ligadas covalentemente a um eixo proteico (Figura 5.28 ), formando a
molécula de
proteoglicano
. Esta molécula é uma estrutura tridimensional que pode ser imaginada como uma
escova de limpar tubos na qual a haste representa o eixo proteico e as cerdas representam as cadeias
de glicosaminoglicanos (Figura 5.28 ). Estudos realizados em cartilagem mostraram que, neste
tecido, as moléculas de proteoglicanos se ligam à cadeia de ácido hialurônico, formando grandes
agregados de proteoglicanos.
Devido à abundância de grupos hidroxila, carboxila e sulfato nas cadeias de carboidratos
encontradas na maioria dos glicosaminoglicanos e proteoglicanos, suas moléculas são intensamente
hidrofílicas e atuam como poliânions. Com exceção do ácido hialurônico, todos os outros
glicosaminoglicanos têm algum grau de sulfatação. A porção de carboidrato dos proteoglicanos
constitui 80 a 90% do peso destas macromoléculas. Em razão dessas características, os
proteoglicanos podem ligar-se a um grande número de cátions (normalmente ao sódio) por meio de
pontes eletrostáticas (iônicas). Os proteoglicanos são estruturas altamente hidratadas por uma
espessa camada de água de solvatação que envolve a molécula. Nesta forma hidratada são altamente
viscosos e preenchem grandes espaços nos tecidos.
Os proteoglicanos são compostos de um eixo proteico associado a um ou mais dos quatro tipos de
glicosaminoglicanos:
sulfato de dermatana
,
sulfato de condroitina
,
sulfato de
queratana
e
sulfato
de heparana
. A Tabela 5.5 mostra a composição dos glicosaminoglicanos e proteoglicanos e sua
distribuição nos tecidos. Os grupos ácidos dos proteoglicanos fazem com que essas moléculas se
liguem a resíduos de aminoácidos básicos encontrados no colágeno.
Figura 5.28
Representação esquemática da estrutura molecular de proteoglicanos e glicoproteínas. A. Os proteoglicanos contêm um eixo de proteína (bastão
vertical no desenho) ao qual se ligam covalentemente moléculas de glicosaminoglicanos (GAG). Os GAG são polissacarídios não ramificados construídos por
unidades repetidas de dissacarídios; um dos componentes é um açúcar amino e o outro é o ácido urônico. Os proteoglicanos contêm maior quantidade de
carboidrato do que as glicoproteínas. B. Glicoproteínas são moléculas de proteínas globulares às quais se associam, covalentemente, cadeias ramificadas de
monossacarídios.
Além de atuar como componentes estruturais da matriz extracelular e de ancorar células à matriz
(Figura 5.29 ), tanto os proteoglicanos de superfície como aqueles da matriz extracelular ligam-se
também a fatores de crescimento (p. ex., TGF-β, fator de crescimento transformante de fibroblastos
do tipo beta).
A síntese dos proteoglicanos se inicia com a síntese do eixo proteico no retículo endoplasmático
granuloso. A glicosilação é iniciada ainda no retículo endoplasmático granuloso e completada no
complexo de Golgi, onde também ocorre o processo de sulfatação (ver Capítulo 2).
Tabela 5.5 Composição e distribuição de glicosaminoglicanos no tecido conjuntivo e suas interações com as
fibrilas de colágeno.
Unidades dissacarídicas repetitivas
Glicosaminoglicano
Ácido hexurônico
Hexosamina
Distribuição
Interação
eletrostática com o
colágeno
Ácido hialurônico
Ácido D-glicurônico
D-glicosamina
Cordão umbilical, fluido sinovial,
humor vítreo, cartilagem
Pode interagir com colágeno
tipo VI
Sulfato de condroitina 4
Ácido D-glicurônico
D-
galactosamina
Cartilagem, osso, córnea, pele,
notocorda, aorta
Frequentemente com
colágeno tipo I
Sulfato de condroitina 6
Ácido D-glicurônico
D-
galactosamina
Cartilagem, tendão, aorta
(média)
Principalmente com colágeno
tipo II
Sulfato de heparana
Ácido L-idurônico ou
Ácido D-glicurônico
D-
galactosamina
Pele, tendão, aorta (adventícia)
Principalmente com colágeno
tipo I
Sulfato de heparana
Ácido D-glicurônico ou
ácido L-idurônico
D-
galactosamina
Aorta, pulmão, fígado, lâmina
basal
Principalmente com
colágenos tipos III e IV
Sulfato de queratana
D-galactose
D-
galactosamina
Córnea
Nenhuma
Sulfato de queratana
D-galactose
D-glicosamina
Esqueleto
Nenhuma
Figura 5.29
Representação esquemática do sindecam (proteoglicano de superfície celular). O eixo de proteína atravessa a membrana plasmática e estende um
domínio citoplasmático para o interior do citoplasma. Os proteoglicanos da família dos sindecanos contêm normalmente três cadeias de sulfato de heparana que
podem ser substituídas por sulfato de condroitina.
Histologia aplicada
A degradação dos proteoglicanos é feita por vários tipos de células e depende de várias enzimas lisossômicas
denominadas genericamente glicosidases.
Conhecem-se várias patologias nas quais a deficiência nas enzimas lisossômicas bloqueia a degradação e tem como
consequência o acúmulo destas moléculas nos tecidos. A falta de glicosidases específicas nos lisossomos causa várias
doenças em humanos, incluindo síndrome de Hurler, síndrome de Hunter, síndrome de Sanfilippo e síndrome de Morquio.
Graças a sua alta viscosidade e sua localização estratégica nos espaços intercelulares, essas substâncias atuam
como barreira à penetração de bactérias e outros microrganismos invasores. As bactérias capazes de produzir a
enzima
hialuronidase
, glicosidase que hidrolisa o ácido hialurônico, têm grande poder de invasão, uma vez que podem
reduzir a viscosidade da substância fundamental dos tecidos conjuntivos.
Glicoproteínas multiadesivas
São compostos de proteínas ligadas a cadeias de glicídios. Ao contrário dos
proteoglicanos
, são
o componente proteico que predomina nestas moléculas, as quais também não contêm cadeias
lineares de polissacarídios formados por unidades dissacarídicas repetidas contendo hexosaminas.
Em vez destas, o componente glicídico das glicoproteínas é frequentemente uma estrutura muito
ramificada (Figura 5.30 A e B).
Várias glicoproteínas já foram isoladas do tecido conjuntivo e verificou-se que desempenham um
importante papel não somente na interação entre células adjacentes nos tecidos adultos e
embrionários, como também ajudam as células a aderirem sobre os seus substratos. A
fibronectina
é
uma glicoproteína sintetizada pelos fibroblastos e algumas células epiteliais. Esta molécula tem
massa molecular de 222 a 240 kDa e apresenta sítios de ligação para células, colágeno e
glicosaminoglicanos. Interações nestes sítios ajudam a intermediar e a manter normais as migrações e
adesões celulares (Figuras 5.30A e 5.31 ). A
laminina
é outra glicoproteína de alta massa molecular
que participa na adesão de células epiteliais à sua lâmina basal, que é uma estrutura muito rica em
laminina (Figuras 5.30B e 5.32).
Interação entre células e matriz extracelular
As células interagem com componentes da matriz extracelular por meio de proteínas transmembrana (ver Capítulo 2).
Essas proteínas são
receptores de
matriz
denominados
integrinas
que se ligam ao colágeno, à fibronectina e à laminina
(Figuras 5.33 e 5.34 ). A ligação das integrinas com moléculas da matriz extracelular (ligante) é de baixa afinidade e
dependente de Ca
2+
ou Mg
2+
. As integrinas podem ligar-se e desligar-se da matriz extracelular, tornando possível que as
células explorem seu ambiente sem perder a interação nem ficar permanentemente aderidas a ele. Pelo lado
citoplasmático, as integrinas interagem com elementos do citoesqueleto, normalmente com microfilamentos de actina.
As interações entre integrinas, matriz extracelular e citoesqueleto são mediadas por várias proteínas intracelulares, entre
as quais estão a
paxilina
,
vinculina
e
talina
. As interações mediadas por integrinas entre o meio extracelular e o
citoesqueleto operam em ambas as direções e desempenham um papel importante na orientação das células e dos
elementos das matrizes extracelulares nos tecidos (Figura 5.33 ).
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