A IGREJA, CORPO DE CRISTO
ESTUDO SOBRE A IGREJA
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TEXTO: EFÉSIOS 1:22-23
PROPOSTA: A nossa proposta é a de conhecer o que a Bíblia fala sobre a igreja. Qual o verdadeiro significado deste termo!
Quais as responsabilidades daqueles que dela participam.
01. A ORIGEM DA IGREJA
1.1 - A primeira referência bíblia sobre a igreja aparece em Mateus 16:18
1.2 - O nascimento da Igreja ocorreu n dia de Pentecoste. Atos 2:1-4
02. A NATUREZA E AS FUNÇÕES DA IGREJA COMO CORPO
2.1 - No Novo Testamento - "povo de Deus"
"Ekklesia" - "chamados para fora"
- Outros títulos:
- Corpo de Cristo - Ef. 1:22-23
- Templo do Espírito Santo - Ef. 2:21-22
- Plenitude de Cristo - Ef. 1:23
- Noiva do Cordeiro - 2 Cor. 11:2; Ap. 19:7
- A Igreja como corpo deve:
- ministrar
- manter a unidade da fé
- reconhecer ministérios
- participar do louvor, da comunhão, dos desafios
- instruir seus filhos na Palavra
03. A FORMAÇÃO A IGREJA
- Ela é formada pela união de seus membros - 1 Cor. 12:17
- Ela tem responsabilidades - Ef. 1:4; Rom. 8:29; 1 Ped. 2:9;
Observe as expressões: "escolheu"; "conheceu"; "eleita", "para sermos"; "para serem"; "a fim de".
04. AS FUNÇÕES DOS MEMBROS
- criar unidade no corpo - Ef. 4:16
- nutrir os demais membros - 1 Cor. 12:25
- sustentar os membros - Col. 2:19
- transmitir ordens - Fil. 4:9
05. CARACTERÍSTICAS DO CORPO
- Colaboração - 1 Cor. 12:12
- Exclusividade - 1 Cor. 12:14
- Individualidade - 1 Cor. 12:21
- Harmonia - 1 Cor. 12:25
- Diversificação de ministérios - 1 Cor. 12:28-29
06. SÍMBOLOS BÍBLICOS QUE DESCREVEM A IGREJA
- Rebanho - João 10:16
- Lavoura de Deus - 1 Cor. 3:9
- Edifício de Deus - 1 Cor. 3:9
- Santuário de Deus - 1 Cor. 3:16
- Coluna e Baluarte da verdade - 1 Tim. 3:15
A IGREJA, CORPO DE CRISTO II
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TEXTO: MATEUS 28:18
PROPOSTA: Este estudo visa mostrar que a mesma autoridade que Jesus recebeu do Pai, foi também delegada a igreja.
Ela se tornou a agência mediante a qual o Senhor manifesta o seu poder, a sua graça e autoridade.
01. AUTORIDADE E PODER
A autoridade representa a própria essência de Deus, enquanto o poder expressa os seus atos! Isaías 40:25-26
Deus pode perdoar aqueles que duvidam de seus feitos, mas retêm o perdão àqueles que menosprezam a sua autoridade.
A queda de Satanás ocorreu, porque ele desejou ser igual a Deus, e não simplesmente realizar os mesmos feitos de Deus. Isaías 14:13-14
Obs. Satanás não tem medo de uma pessoa que prega a Palavra.
Ele tem medo das pessoas que se submetem a autoridade de Cristo.
02. AUTORIDADE E PODER DELEGADOS À IGREJA
- A igreja como corpo, recebeu do Senhor Jesus, toda a autoridade e poder para se tornar uma igreja viva e vitoriosa.
2.1 - Autoridade sobre a natureza - Mat. 17:20; Mat. 20-21-22
- esse poder é manifestado através da oração. Ela se torna em realidade devido a autoridade que Cristo concedeu à igreja.
2.2 - Autoridade sobre os espíritos - Luc. 10:19; Mat. 10:8
- A luta profetizada pôr Jesus:
- Igreja x Portas do inferno
- "Portas do Hades" - Hades representa o deus que tinha autoridade sobre os mortos!
- Porta - representava a corte, o poder do reino do mundo inferior!
- Resumo: a igreja não pode morrer. Ela é eterna.
2.3 - A autoridade da igreja é maior do que o poder do Diabo
- Mar. 5:9; Luc. 8:30
- Jesus comandou o espírito que atormentava o jovem e o expulsou. A autoridade a nós foi delegada, força o diabo a nos obedecer.
2.4 - Autoridade sobre os pecados - Mat. 6:14; Jó 20:23; Tg. 5:14-15
Diferença entre: "pecado" e "pecados"
- A igreja pode perdoar os pecados (ofensas) cometidos contra ela. Mas, o pecado, provocado pela queda do homem, só através do sangue de Cristo.
2.5 - Autoridade para ligar e desligar - Mat. 18:18; Mat. 16:19; 1Cor. 5:3-5
- Para exercer esta autoridade a igreja precisa estar em perfeita sintonia com o Espírito Santo. Esta autoridade não é um exercício individual, e, sim, coletivo.
3.0 - CONTESTANDO A AUTORIDADE DELEGADA
- A nossa obediência deve ser praticada não em função da pessoa mas da autoridade nela investida. Não se obedece a homens, e, sim, à autoridade de Deus que está nesse homem.
- Obs. Watchamann Nee: "A maior das exigências que Deus faz ao homem não é a de carregar a cruz, servir, dar ofertas, ou negar-se a si mesmo. A maior das exigências é que ele obedeça" - 1 Sam. 15:22-23
- Obs. Os maiores castigos mencionados na Bíblia ocorreram em razão da desobediência à autoridade delegada pôr Deus.
3.1 - Queda do querubim da guarda - Ezequiel 28:13-17
3.2 - Queda de Adão e Eva - Gênesis 2 e 3
3.3 - Rebelião de Cão - Gênesis 9:20-27
3.4 - Rebelião de Nadabe e Abiú - Levítico 10:1-2
3.5 - Castigo de Arão e Miriã - Números 12
3.6 - Rebelião de Coré - Números 16
3.7 - A desobediência de Saul - 1 Samuel 15
3.8 - A insubmissão de Absalão - 2 Samuel 15
3.9 - A idolatria de Salomão - 1 Reis 11
3.10 - A transgressão de Uzias - 2 Crônicas 26:16
4.0 - AUTORIDADE E A LIDERENÇA DA IGREJA
- A igreja só crescerá quando todos os membros estiverem debaixo do autoridade de Deus delegada aos seus ministros.
1 Tes. 5:12-13; 1 Cor. 16:15-16; Heb. 13:17; Zac. 13:7
A IGREJA, CORPO DE CRISTO III
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TEXTO: ROMANOS 12:1-2
PROPÓSITO: A maior necessidade do mundo, das pessoas, como também da igreja, é a necessidade de adaptação ao curso da História. Esta adaptação só se viabiliza mediante a disposição do mundo, das pessoas, e da igreja em se transformarem. Transformação é o segredo de um organismo vivo.
Ilust. Leon Tolstói: "Todos pensam em mudar a humanidade e ninguém pensa em mudar-se a si mesmo".
1.1 - A comunicação se processa através de três elementos básicos:
a . Kerygma - mensagem
b. Koinonia - comunhão
c. Diakonia - serviço
1.2 - Encurtando as distâncias - João 13:12-17
A mensagem - Kerygna - não funciona isoladamente. Para que ela produza resultados positivos, é necessário que o membro exercite a Koinonia e a Diakonia.
0.2 - TRANSFORMANDO A NOSSA RELAÇÃO COM OS OUTROS MEMBROS
Este processo de transformação ocorre através da prática de quatro princípios bíblicos.
2.1 - Princípio da integração - 1 Cor. 12:15-16
- cada membro tem sua função. Um membro não deve aspirar o lugar do outro,
quando isso ocorre todo o corpo é prejudicado.
- A quebra desse princípio provoca:
- desvalorização do membro
- contestação da vontade de Deus
- Afastamento dos outros membros
- desperdício de forças
2.2 - Princípio da oportunidade - 1 Cor. 12:17-18
- este princípio visa das a todos os membros a mesma chance de trabalho. Um membro não pode inibir a ação do outro.
- A falta de oportunidade produz:
- desequilíbrio em todo o sistema
- um espírito de concorrência
- um anemiamento espiritual
2.3 - Princípio de Dependência - 1Cor. 12:21-22
- quando este princípio é quebrado, ocorre:
- um enfraquecimento de todos os membros
- o egoísmo passa a predominar nas relações
- a arrogância quebra a linha de comunicação
2.4 - Princípio da Unidade - 1Cor. 12:25-26; Ez. 34:17
- a unidade é a fonte geradora de toda a energia, de troca a mobilidade e harmonia do corpo. Sem unidade, a igreja perde a sua função. João 17:23
3.0 - TODA TRANSFORMAÇÃO EXIGE UMA FONTE DE DISCIPLINA PESSOAL - 1Cor. 9: 24
- A igreja precisa ser a autora e não a espectadora no processo de mudanças. Ela foi criada para ser o instrumento de Deus na transformação da sociedade.
- Disciplina na prática de ouvir/falar - João 8:47
- Disciplina na prática do perdão - Marcos 11:25
- Disciplina na prática da fé - 2 Cor. 13:5
- Disciplina na prática da liberdade - Gal. 5:13
- Disciplina na prática dos hábitos - Col. 3:17
- Disciplina na prática do tempo - Ef. 5:15-16
- Disciplina na prática da santidade - 1 Tim. 5:22
A IGREJA, CORPO DE CRISTO IV
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TEXTO: EZEQUIEL 37:1-14
PROPÓSITO: Cerca de 2960 anos nos separam da experiência de Ezequiel junto ao vale de ossos secos. Mas a realidade daquele vale ainda é a mesma em nossos dias. O alvo deste estudo é recriar uma nova esperança no coração daqueles que como membros, fazem parte da Igreja do Senhor Jesus.
01. UMA CONVIVÊNCIA DESAGRADÁVEL - V. 1
Ezequiel não só foi levado ao vale de ossos secos. Ele andou pôr entre aqueles ossos. Conviveu com a morte. Sentiu os odores daquele ambiente fétido.
- A experiência de Neemias - Ne. 2:11-15
- Esta convivência foi necessária:
1.1 - para identificar a situação do povo
1.2 - para comprometer o profeta com o desafio de restauração
1.3 - para mostrar qual o propósito de Deus
02. HARMONIZANDO O CORPO
O texto de Ezequiel 37:6 nos ensina quatro verdades básicas sobre a harmonia do corpo de Cristo.
2.1 - "Porei tendões (nervos) sobre vós..."
- "tendões" - cria a união; dá sustentação; mantém a flexibilidade e resistência do corpo.
- "nervos" - estimulam; mantém a sensibilidade.
- hipersensibilidade - enferma o corpo!
- Rom. 12:15,17; Rom. 15:2; Gál. 5:26; Ef. 4:22
2.2 - "Farei crescer carne sobre vós..."
- Há três aspectos importantes sobre este elemento:
a . a carne representa unidade, participação, integração - Gên. 2:23
b. a carne é o elemento do corpo. A distrofia - perturbação da nutrição -prejudica o metabolismo do corpo. Fil. 2:3; 2 Cor. 8:13-15
c. a carne fala do conhecimento da Palavra. É o alimento sólido. 1 Cor. 3:1-2;
Heb. 5:11-14
2.3 - "E sobre vós estenderei pele..."
- a pele é o elemento de proteção. Ela funciona também como um filtro. Uma pele ressecada prejudica a respiração do corpo. Col. 3:12
2.4 - "E porei em vós o fôlego da vida e vivereis..."
O resultado final de um corpo equilibrado e harmônico é a presença do Espírito Santo agindo em todos os membros.
3.0 - COMO SE PROCESSA ESTA RESTAURAÇÃO?
Ezequiel foi o instrumento usado pôr Deus para restaurar os ossos secos. Cabe a cada membro do corpo a mesma responsabilidade. O processo de restauração ocorre através da ação profética.
3.1 - O que profetizar?
a . que Deus pode vivificar o que está morto em nossas vidas - v.5
b. que Deus harmonizará o corpo beneficiando assim cada membro em particular - v.7
c. que Deus fará de membros soltos e sem vida, um grande exército - v.10
d. que Deus abrirá as sepulturas e libertará todos os que vivem presos - v.12-13
e. que Deus derramará o seu Espírito Santo - v.14
A IGREJA, CORPO DE CRISTO V
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TEXTO: PROVÉRBIOS 4:7
Pôr falta de sabedoria, a igreja tem lutado mais contra si mesma do que contra os verdadeiros adversários; tem usado ignorantemente a armadura de Saul; tem fomentado divisões; tem perdido enfim o poder de atuação.
"Realmente estará em perigo a sorte do mundo, se não surgirem homens mais sábios. O homem sábio é aquele que é capaz de reconhecer um necessitado, um pobre, um que precisa de oração".(Concílio Vaticano II)
01. DEFININDO A SABEDORIA
- Sabedoria é saber fazer a coisa certa, no momento certo, e à pessoa certa. Moisés nos dá um bom exemplo de falta de sabedoria. Êxodo 18:13-18
a . sabedoria como doutrina - Prov. 19:18; 22:6
b. sabedoria como virtude de homem - Gên. 41:38; Dan. 1:17
c. sabedoria como atributo e qualidade de Deus - Is. 28:29; Jer. 10:12
02. A IMPORTÂNCIA DA SABEDORIA
Pôr vivermos em grupos sociais, a sabedoria torna-se em elemento indispensável em nossos relacionamentos inter - pessoais.
2.1 - sabedoria no diálogo - Prov. 26:4; Ecl. 7:16
2.2 - sabedoria nas decisões - Prov. 8:12; 1 Reis 3:25-28
2.3 - sabedoria nas amizades - Jer. 9:4-5
2.4 - sabedoria no comportamento - Ef. 5:15; 1 Pd. 3:1-2
2.5 - sabedoria nos negócios - Gên. 41:39
2.6 - sabedoria em tudo...
03. SABEDORIA, AGENTE ESPIRITUALIZANTE
A sabedoria não é uma virtude isolada, e muito menos eletrizante. Não é contrária a verdadeira espiritualidade. Ela é antes de tudo o fiel da balança espiritual.
3.1 - Exigência dos apóstolos - Atos 6:3
3.2 - A força de Estevão - Atos 6:8-10
3.3 - A oferta do Espírito Santo - 1 Cor. 12:8
3.4 - A verdadeira busca - Tiago 3:13-18
Resumo: Igreja sábia produz santos verdadeiros!
A IGREJA QUE FAZ A DIFERENÇA
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Mateus 26.17-30
Introdução
A igreja será apenas uma instituição humana se não tiver a visão de Jesus Cristo para o contexto e a realidade histórica na qual está inserida.
Falar dos objetivos da igreja em contraposição as megatendências da pós-modernidade e o modismo quanto a quebra de paradigmas que resultam na perda da identidade doutrinária, do mundanismo que gera a mundanalidade incrustada na igreja pela relativização da ética cristã, arrefecendo a autoridade da igreja em sua ação reformadora no mundo, Efésios 3.10.
A igreja deve interagir na história, não andar a reboque da historieta escrita nos alfarrábios desta geração corrompida e perversa. Somos o povo do Deus que é Senhor da história e que se manifesta através da história. A igreja é manifestação de Deus na história. Não podemos nos contentar em causar impacto na história com os nossos escândalos ou com a nossa inércia contemplativa enquanto o céu não vem. É imperativo fazermos diferença no mundo, escrevendo a história da salvação na vida das pessoas e para isto, é imperioso resgatarmos a relevância da igreja no contexto sociocultural em que trilhamos a jornada da santificação.
Mas amados, a igreja só será relevante para o mundo e para o Reino, fazendo verdadeira diferença neste mundo com Agência reformadora de Deus, quando...
1. Estivermos preocupados com a vontade do Mestre e não com a nossa própria vontade – (Vs. 17).
Devemos evitar a visão antropocêntrica e buscarmos uma visão horizonal, cristocêntrica, cristológica e cristossímel.
"Onde queres" – Théleis, vontade ativa, soberana. A vontade decisiva e decisória de Deus onde não cabe relativizações ou negociatas, apenas a submissão.
Os anseios e vontades humanas desembocam sempre no hedonismo ou nas guerras cruentas e desumanas. Só a vontade de Deus para a igreja é "boa, agradável e perfeita", Romanos 12.1.
Como Jesus, devemos admitir nossa humanidade em sua plenitude mas sempre orando: "não se faça a minha vontade, mas a tua", Lucas 22.42.
2. Estivermos conscientes da brevidade do tempo da salvação – (Vs. 18).
O tempo da Deus é kairós, eterno, infinito, e não kronos, limitado, mensurado e controlado pelo homem, como se fossemos senhores do tempo.
Na dispensação da igreja, da graça salvadora, o tempo é sempre presente, é hoje, e a pregação deve ser levada a efeito "a tempo e fora de tempo", 2 Timóteo 4.2.
Vale ressaltar a expressão "o Mestre diz". Mestre, didáskalos, alguém que ensina revestido de capacidade, honra e dignidade. Jesus, sendo Deus, é Senhor do tempo e fala com autoridade quanto a brevidade do tempo para a pregação do evangelho. "Meu tempo está próximo", diz o Mestre.
A Igreja não pode postergar a pregação. Não sabemos quando o Mestre voltará, Mateus 25.13. Estar preparados para adentrarmos com ele em sua glória implica em testemunho e pregação incessantes.
3. Nossos cultos se tornarem verdadeira celebração ao Cristo vivo, não à liturgia, à Denominação ou à Eclesiologia – (Vs. 18b e 19).
É imperioso buscarmos a consciência de libertação, Páscoa, e de celebração, de festa, de alegria e satisfação prezeirosa em nossos cultos, devido a presença do próprio Deus entre nós.
O texto não prevê sectarismo ou uniformidade. Não induz ao radicalismo ou ao êxtase emocional espiritualista esotericamente espiritualizado. Se quer, o texto aponta para um denominacionalismo desvairado e promotor de uma nefasta negligência ao que é bíblico em defesa de um hediondo tradicionalismo histórico-denominacional.
A festa, a Páscoa, era um memorial da libertação do Egito, da morte às mão do opressor, no sangue da remissão, Êxodo 12.14-17. Da mesma forma, nossos cultos devem ser verdadeira celebração pela e para salvação em Cristo. Uma festa alegre e vívida em gratidão pela libertação do pecado que nos é outorgada por Cristo.
Devemos buscar a consciência de que o Senhor está em seu trono de glória para receber de nós um culto "vivo, santo e agradável", Romanos 12.1, resultado de mentes renovadas em Cristo no entendimento dos mistérios da salvação, 1 Coríntios 2.14-16.
Se perseguimos palco, apresentações e números especiais, ou se queremos vislumbrar os nossos olhos com feitos pitorescos ou com manifestações pneumotécnicas, aqui não é nosso lugar.
4. Somos contristados pela possibilidade de sermos o traidor – (Vs. 21 e 22).
Qual a nossa reação diante da expressão "um de vós me trairá". Somos assolapados pela consciência de pecado que desemboca no arrependimento ou permanecemos insensíveis e nada nos impulsiona à santidade?
A expressão do verso 21, "me entregará", no original, denota que Jesus bem sabia das intenções daqueles que o perseguiam. É assombroso que muitos crentes não sintam o sabor amargo de pecado como sentiram Moisés, Jacó, Isaías, Jeremias, Pedro, Paulo e muitos outros indicados no Texto Sagrado, insistindo nos passos de Caim e na decisão diabólica tomada por Judas Iscariotes, persistindo na traição.
Muitos, mesmo estando diante de Jesus e sendo desafiados ao arrependimento, não conseguem olhar para Jesus e identificá-lo com Senhor absoluto de todas as coisa, Kírios, admitindo-o apenas como rabi, mestre da lei, o que não é uma característica da personalidade de Jesus.
No culto verdadeiro Deus sempre manifesta sua glória, Isaías 6.1-8, e se nos dispomos à perfeita adoração, sempre somos levados à contrição e ao arrependimento, a fim de que dediquemos nossas vidas em perfeito louvor, evidenciado na proclamação do evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Retirar-se do culto sem experimentar restauração santificadora, permanecendo na inércia petrificada do comodismo, é constituir-se em traidor.
Em quinto e último lugar, afirmo que a igreja fará diferença no mundo e resgatará sua relevância e autoridade na pregação quando...
5. O sangue do pacto promover aliança de compromisso em nós – (Vs. 28).
Como igreja, se buscamos relevância para a sociedade, se pretendemos fazer a diferença já em nosso tempo, profetizando um futuro melhor, não podemos permanecer aguilhoados ao pelourinho do pecado e dissociados pelo preconceito que ressalta as idiossincrasias. Se somos igreja, devemos vivenciar íntima comunhão, irmanados em Jesus Cristo, Efésios 2.14-18 e 1 João 4.20.
O sangue do pacto foi derramado "para a remissão de pecados", para cobrir e apagar o escrito de culpa que recaia sobre nós, Colossenses 2.14, para nos reconciliar com Deus, 2 Coríntios 5.18 e 19, fazendo-nos um só povo, Efésios 4.4 e conjugando-nos em só coração, Atos 4.32. Não divisionismo ou sectarismo autofágico e se quer, para um preconceito satanicamente beatificado pelo denominacionalismo coercitivo.
O sangue que "nos purifica de todo o pecado", a partir do arrependimento e da confissão sincera diante de nosso Advogado e único mediador, Jesus Cristo, l João 1.8, 2.2 e 1 Timóteo 2.5, nos impõe a comunhão que afaga o coração e acarinha o aflito e o existencialmente desesperançado. Pelo que, a igreja deve retirar-se do templo, após o culto prestado, restaurada, perdoada, transbordando em amor e alegria e amalgamada no sangue de Jesus Cristo.
Todo o nosso pecado e preconceito devem ser abandonados aos pés da cruz de Cristo, o Cristo que "é tudo em todos", Colossenses 3.11.
Conclusão
Amados, é urgente e premente uma reflexão quanto relevância e a atuação da igreja no mundo da globalização e, em especial, aqui em São Paulo.
Se não identificamos estas cinco assertivas em nossa expressão cúltica e identidade doutrinária e denominacional, corremos o risco de sermos vitimados por descomunal aridez teológica, eclesiológica e doutrinária. Nos tornaremos insipientes, insignificantes e dispensáveis ao homem que carece de salvação e não de liturgias, eventos sociais ou verdadeiros shows pseudo-espirituais aromatizados com essência de enxofre, não com o hálito do Espírito Santo.
Sejamos igreja. Corpo vivo de Cristo. Submissos a ordem do Mestre e conscientes da brevidade do tempo para a salvação. Sejamos igreja que festeja a vitória de Cristo na Cruz e que é contristada pela consciência de pecado. Sejamos igreja santa e poderosa na evangelização para que desfrutemos as benesses do perdão, do amor e da comunhão íntima, expressão inconteste da nossa reconciliação com Deus em Cristo Jesus.
A LIDERANÇA CRISTÃ E O DISCIPULADO
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Creio na liderança cristã e creio no discipulado. Compreendo que a liderança cristã tem o trabalho de despertar e conduzir o ser humano para Deus e para tudo o que de Deus recebeu. Creio numa liderança comprometida com o reino de Deus (cf. Mt 6.33), o que, aliás, é uma qualidade-chave do líder cristão. Uma liderança comprometida é fiel (1Co 4.2), disponível (Lc 9.57-62), receptiva à capacitação, ou seja, ao treinamento (um teste é convidar 12 a 20 pessoas para reuniões de treinamento, e observar quem retorna a partir da segunda reunião. O treinamento, por sinal, já é uma seleção). Descobrir pessoas que possuam potencial é tarefa do líder, e isso com o objetivo de treiná-las de modo a que em dado momento a organização possa funcionar sem ele, líder. É um facilitador no ensino dos novos discípulos e na participação deles no global do processo; é exemplo e ajuda em vez de apenas verbalizar, valoriza a participação dos outros, é paciente e confia no Espírito Santo como conselheiro e auxílio nas dificuldades.
Creio na liderança capacitada pelo Espírito de Deus, "carismatizada" para o benefício da Igreja de Cristo, para que todo o edifício bem ajustado cresça para templo santo cuja glória seja unicamente a de Deus, ou como colocou a Bíblia em Português Corrente (edição da Sociedade Bíblica de Portugal, 1993): "É em Cristo que todo o edifício está seguro e cresce até se transformar num templo que honre ao Senhor" (Ef 2.21).
Creio também no discipulado cristão, pois é somente observar a ênfase dada por Jesus ao cuidado, carinho, busca e instrução dos que O seguiam. "Discípulo", por sinal, parece ser a palavra favorita de Jesus para aqueles cuja vida estava ligada a dEle. Aparece 269 vezes nos Evangelhos e no livro dos Atos dos Apóstolos.
O líder cristão do século 21 não pode esquecer que as condições do discípulo são um daqueles princípios imutáveis, apesar das transformações litúrgicas, administrativas, pelas quais a Igreja de Cristo vem passando através dos séculos. Quem as declara são os Evangelhos:
· Transportar a cruz (Lc 14.27). A cruz não é brinquedo, mas instrumento de morte, na qual o eu deve morrer. Ir-para-o-Calvário é um caminho escolhido deliberadamente, visto que a cruz é o símbolo da perseguição, vergonha e abuso que o mundo jogou sobre o Filho de Deus e jogará sobre os que escolhem navegar contra a corrente, o discípulo.
· Renúncia (Lc 14.33), que é entrega irrevogável a Jesus Cristo, autonegação, nos termos de Lucas 14.26 e Mateus 16.24. Nosso amor a Jesus e à Sua causa há de ser tão evidente que, em comparação, todos os demais serão diminuídos. Billy Graham afirmou que "a salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos".
· Constância (Jo 8.31). É passar a viver em companhia de Jesus, comunhão de destinos com Ele, segui-Lo, permanecer nEle. O verdadeiro discípulo se caracteriza pela estabilidade.
· Produção de frutos (Jo 15.8). União frutífera como Senhor (Jo 15.4,5).
O líder cristão há de observar os dois aspectos básicos do discipulado em sua própria experiência de vida: a união com Cristo e a dedicação sem reservas, que Jesus Cristo descreveu em termos de videira e ramos (cf. Jo 15.5ss). Em relação ao primeiro aspecto, Paulo usa inúmeras vezes a expressão "em Cristo" para com isso significar que nós estamos nEle e Ele está em nós (Cl 1.27). Por sua vez, Romanos 6.1-12 indica o significado do regime de dedicação exclusiva a Jesus.
O alvo do discipulado deve permanecer bem definido na mente do líder cristão: é a semelhança de Cristo em caráter e em serviço. O Espírito Santo dá-nos o caráter de filhos de Deus, e nessa linha de raciocínio, o fruto do Espírito é o retrato desse caráter: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autodomínio.
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