QUESTÃO 111
CLARK, L. Bicho de bolso. Placas de metal, 1966.
O objeto escultórico produzido por Lygia Clark,
UHSUHVHQWDQWH GR 1HRFRQFUHWLVPR H[HPSOL¿FD R LQtFLR
de uma vertente importante na arte contemporânea, que
amplia as funções da arte. Tendo como referência a obra
Bicho de bolso
LGHQWL¿FDVHHVVDYHUWHQWHSHOR D
A participação efetiva do espectador na obra, o que
determina a proximidade entre arte e vida.
B percepção do uso de objetos cotidianos para a
confecção da obra de arte, aproximando arte e
realidade.
C reconhecimento do uso de técnicas artesanais na arte,
o que determina a consolidação de valores culturais.
D UHÀH[mRVREUHDFDSWDomRDUWtVWLFDGHLPDJHQVFRP
meios óticos, revelando o desenvolvimento de uma
linguagem própria.
E entendimento sobre o uso de métodos de produção
em série para a confecção da obra de arte, o que
atualiza as linguagens artísticas.
*AMAR25DOM11*
2014
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 12
QUESTÃO 112
Por onde houve colonização portuguesa, a música
popular se desenvolveu basicamente com o mesmo
instrumental. Podemos ver cavaquinho e violão atuarem
juntos aqui, em Cabo Verde, em Jacarta, na Indonésia, ou
em Goa. O caráter nostálgico, sentimental, é outro ponto
comum da música das colônias portuguesas em todo o
mundo. O kronjong, a música típica de Jacarta, é uma
espécie de lundu mais lento, tocado comumente com
ÀDXWDFDYDTXLQKRHYLROmR(P*RDQmRpPXLWRGLIHUHQWH
De acordo com o texto de Henrique Cazes, grande parte da
música popular desenvolvida nos países colonizados por
Portugal compartilham um instrumental, destacando-se o
cavaquinho e o violão. No Brasil, são exemplos de música
popular que empregam esses mesmos instrumentos:
A Maracatu e ciranda.
B Carimbó e baião.
C Choro e samba.
D Chula e siriri.
E Xote e frevo.
QUESTÃO 113
Vida obscura
Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
ó ser humilde entre os humildes seres,
embriagado, tonto de prazeres,
o mundo para ti foi negro e duro.
Atravessaste no silêncio escuro
a vida presa a trágicos deveres
e chegaste ao saber de altos saberes
tornando-te mais simples e mais puro.
Ninguém te viu o sentimento inquieto,
magoado, oculto e aterrador, secreto,
que o coração te apunhalou no mundo,
Mas eu que sempre te segui os passos
sei que cruz infernal prendeu-te os braços
e o teu suspiro como foi profundo!
SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961.
Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo
brasileiro, Cruz e Sousa transpôs para seu lirismo uma
VHQVLELOLGDGHHPFRQÀLWRFRPDUHDOLGDGHYLYHQFLDGD1R
soneto, essa percepção traduz-se em
A sofrimento tácito diante dos limites impostos pela
discriminação.
B tendência latente ao vício como resposta ao
isolamento social.
C extenuação condicionada a uma rotina de tarefas
degradantes.
D frustração amorosa canalizada para as atividades
intelectuais.
E vocação religiosa manifesta na aproximação com a
fé cristã.
QUESTÃO 114
A História, mais ou menos
Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um
plá de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no
2ULHQWH H WDO H VH ÀDJUDUDP TXH R *XUL WLQKD SLQWDGR
por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já
tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer
o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se mandaram.
Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para
Belém, como mandava o catálogo, resolveram dar
uma incerta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê!
Chegaram lá de boca aberta e entregaram toda a trama.
Perguntaram: Onde está o rei que acaba de nascer?
9LPRV VXD HVWUHOD QR 2ULHQWH H YLHPRV DGRUiOR Quer
dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era
XPROLJmR¿FRXJULODGR4XHUHLHUDDTXHOH"(OHpTXH
era o dono da praça. Mas comeu em boca e disse:
-RLD
2QGHpTXHHVVHJXULYDLVHDSUHVHQWDU"(PTXHFDQDO"
4XHPpRHPSUHViULR"7HPEDL[RHOpWULFR"4XHURVDEHU
WXGR2VPDJULQKRVGLVVHUDPTXHLDPÀDJUDUR*XULHQD
volta dicavam tudo para o coroa.
VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.
Na crônica de Verissimo, a estratégia para gerar o efeito
de humor decorre do(a)
A linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no
tratamento do assunto.
B inserção de perguntas diretas acerca do acontecimento
narrado.
C caracterização dos lugares onde se passa a história.
D emprego de termos bíblicos de forma
descontextualizada.
E contraste entre o tema abordado e a linguagem
utilizada.
QUESTÃO 115
FABIANA,
DUUHSHODQGRVHGHUDLYD — Hum! Ora, eis aí
HVWiSDUDTXHVHFDVRXPHX¿OKRHWURX[HDPXOKHUSDUD
minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor
PHX¿OKRTXHTXHPFDVDTXHUFDVD-iQmRSRVVRQmR
posso, não posso!
%DWHQGRFRPRSp). Um dia arrebento,
e então veremos!
PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 dez. 2012.
As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de
Martins Pena, em uma atuação teatral, constituem
A necessidade, porque as encenações precisam ser
¿pLVjVGLUHWUL]HVGRDXWRU
B possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim
como outros elementos.
C preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou
para a encenação.
D exigência, porque elas determinam as características
do texto teatral.
E imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor.
*AMAR25DOM12*
2014
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 13
QUESTÃO 116
Psicologia de um vencido
(X¿OKRGRFDUERno e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
$LQÀXrQFLDPiGRVVLJQRVGR]RGtDFR
Profundíssimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
4XHRVDQJXHSRGUHGDVFDUQL¿FLQDV
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma
literatura de transição designada como pré-modernista.
Com relação à poética e à abordagem temática presentes
QR VRQHWR LGHQWL¿FDPVH PDUFDV GHVVD OLWHUDWXUD GH
transição, como
A D IRUPD GR VRQHWR RV YHUVRV PHWUL¿FDGRV D
presença de rimas e o vocabulário requintado, além
do ceticismo, que antecipam conceitos estéticos
vigentes no Modernismo.
B o empenho do eu lírico pelo resgate da poesia
simbolista, manifesta em metáforas como “Monstro
GHHVFXULGmRHUXWLOkQFLD´H³LQÀXrQFLDPiGRVVLJQRV
do zodíaco”.
C DVHOHomROH[LFDOHPSUHVWDGDDRFLHQWL¿FLVPRFRPR
se lê em “carbono e amoníaco”, “epigênesis da
infância” e “frialdade inorgânica”, que restitui a visão
naturalista do homem.
D a manutenção de elementos formais vinculados
à estética do Parnasianismo e do Simbolismo,
dimensionada pela inovação na expressividade
poética, e o desconcerto existencial.
E a ênfase no processo de construção de uma poesia
GHVFULWLYDHDRPHVPRWHPSR¿ORVy¿FDTXHLQFRUSRUD
YDORUHV PRUDLV H FLHQWt¿FRV PDLV WDUGH UHQRYDGRV
pelos modernistas.
QUESTÃO 117
O negócio
Grande sorriso do canino de ouro, o velho Abílio
propõe às donas que se abastecem de pão e banana:
— Como é o negócio?
De cada três dá certo com uma. Ela sorri, não
responde ou é uma promessa a recusa:
— Deus me livre, não! Hoje não...
Abílio interpelou a velha:
— Como é o negócio?
(ODFRQFRUGRXHRTXHIRLPHOKRUD¿OKDWDPEpPDFHLWRX
o trato. Com a dona Julietinha foi assim. Ele se chegou:
— Como é o negócio?
Ela sorriu, olhinho baixo. Abílio espreitou o cometa
partir. Manhã cedinho saltou a cerca. Sinal combinado,
duas batidas na porta da cozinha. A dona saiu para o
TXLQWDOFXLGDGRVDGHQmRDFRUGDURV¿OKRV(OHWUD]LDD
capa de viagem, estendida na grama orvalhada.
O vizinho espionou os dois, aprendeu o sinal. Decidiu
imitar a proeza. No crepúsculo, pum-pum, duas pancadas
fortes na porta. O marido em viagem, mas não era dia do
$EtOLR'HVFRQ¿DGDDPRoDVXUJLXjMDQHODHRYL]LQKRUHSHWLX
— Como é o negócio?
Diante da recusa, ele ameaçou:
— Então você quer o velho e não quer o moço? Olhe
que eu conto!
TREVISAN, D. Mistérios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979 (fragmento).
Quanto à abordagem do tema e aos recursos expressivos,
essa crônica tem um caráter
A ¿ORVy¿FRSRLVUHÀHWHVREUHDVPD]HODVVRIULGDVSHORV
vizinhos.
B lírico, pois relata com nostalgia o relacionamento da
vizinhança.
C irônico, pois apresenta com malícia a convivência
entre vizinhos.
D crítico, pois deprecia o que acontece nas relações de
vizinhança.
E didático, pois expõe uma conduta a ser evitada na
relação entre vizinhos.
QUESTÃO 118
A última edição deste periódico apresenta mais uma
vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro,
aquele que produzimos no dia a dia. A informação agora
passa pelo problema do material jogado na estrada vicinal
que liga o município de Rio Claro ao distrito de Ajapi.
Infelizmente, no local em questão, a reportagem encontrou
mais uma forma errada de destinação do lixo: material
atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos
moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências
e, em vez de um destino correto, procuram dispensá-lo
em outras regiões. Uma situação no mínimo incômoda. Se
você sai de casa para jogar o lixo em outra localidade, por
que não o fazer no local ideal? É muita falta de educação
achar que aquilo que não é correto para sua região possa
ser para outra. A reciclagem do lixo doméstico é um passo
inteligente e de consciência. Olha o exemplo que passamos
aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática
o errado. Um perigo!
Disponível em: http://jornaldacidade.uol.com.br. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado).
Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia
veiculada no jornal. Tal diferença traz à tona uma das
funções sociais desse gênero textual, que é
A apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo
próprio veículo.
B chamar a atenção do leitor para temas raramente
abordados no jornal.
C provocar a indignação dos cidadãos por força dos
argumentos apresentados.
D interpretar criticamente fatos noticiados e
considerados relevantes para a opinião pública.
E trabalhar uma informação previamente apresentada
com base no ponto de vista do autor da notícia.
*AMAR25DOM13*
2014
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 14
QUESTÃO 119
O exercício da crônica
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa
¿DGDFRPRID]XPFURQLVWDQmRDSURVDGHXP¿FFLRQLVWD
na qual este é levado meio a tapas pelas personagens
e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um
SURVDGRU GR FRWLGLDQR D FRLVD ¿D PDLV ¿QR 6HQWDVH
ele diante de sua máquina, olha através da janela e
busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, de
preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera,
em que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar
um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de
olhar em torno e esperar que, através de um processo
associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos
fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados
pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer
ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do
qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado.
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.
Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui
A QDVGLIHUHQoDVHQWUHRFURQLVWDHR¿FFLRQLVWD
B nos elementos que servem de inspiração ao cronista.
C nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica.
D no papel da vida do cronista no processo de escrita
da crônica.
E QDVGL¿FXOGDGHVGHVHHVFUHYHUXPDFU{QLFDSRUPHLR
de uma crônica.
QUESTÃO 120
E se a água potável acabar? O que aconteceria se a
água potável do mundo acabasse?
As teorias mais pessimistas dizem que a água potável
deve acabar logo, em 2050. Nesse ano, ninguém mais
tomará banho todo dia. Chuveiro com água só duas vezes
por semana. Se alguém exceder 55 litros de consumo
(metade do que a ONU recomenda), seu abastecimento será
interrompido. Nos mercados, não haveria carne, pois, se não
há água para você, imagine para o gado. Gastam-se 43 mil
litros de água para produzir 1 kg de carne. Mas, não é só ela
que faltará. A Região Centro-Oeste do Brasil, maior produtor
de grãos da América Latina em 2012, não conseguiria manter
D SURGXomR$¿QDO QR SDtV D DJULFXOWXUD H D DJURSHFXiULD
são, hoje, as maiores consumidoras de água, com mais de
70% do uso. Faltariam arroz, feijão, soja, milho e outros grãos.
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012.
A língua portuguesa dispõe de vários recursos para
indicar a atitude do falante em relação ao conteúdo de seu
enunciado. No início do texto, o verbo “dever” contribui
para expressar
A uma constatação sobre como as pessoas administram
os recursos hídricos.
B a habilidade das comunidades em lidar com problemas
ambientais contemporâneos.
C a capacidade humana de substituir recursos naturais
renováveis.
D uma previsão trágica a respeito das fontes de água
potável.
E XPD VLWXDomR ¿FFLRQDO FRP EDVH QD UHDOLGDGH
ambiental brasileira.
QUESTÃO 121
Disponível em: http://info.abril.com.br. Acesso em: 9 maio 2013 (adaptado).
O texto introduz uma reportagem a respeito do futuro
da televisão, destacando que as tecnologias a ela
incorporadas serão responsáveis por
A estimular a substituição dos antigos aparelhos de TV.
B contemplar os desejos individuais com recursos de
ponta.
C transformar a televisão no principal meio de acesso
às redes sociais.
D renovar técnicas de apresentação de programas e de
captação de imagens.
E minimizar a importância dessa ferramenta como meio
de comunicação de massa.
QUESTÃO 122
Quando Deus redimiu da tirania
Da mão do Faraó endurecido
O Povo Hebreu amado, e esclarecido,
3iVFRD¿FRXGDUHGHQomRRGLD
3iVFRDGHÀRUHVGLDGHDOHJULD
¬TXHOH3RYRIRLWmRDÀLJLGR
O dia, em que por Deus foi redimido;
Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia.
Pois mandado pela alta Majestade
Nos remiu de tão triste cativeiro,
Nos livrou de tão vil calamidade.
Quem pode ser senão um verdadeiro
Deus, que veio estirpar desta cidade
O Faraó do povo brasileiro.
DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.
Com uma elaboração de linguagem e uma visão de
mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de
Gregório de Matos apresenta temática expressa por
A visão cética sobre as relações sociais.
B preocupação com a identidade brasileira.
C crítica velada à forma de governo vigente.
D UHÀH[mRVREUHRVGRJPDVGRFULVWLDQLVPR
E questionamento das práticas pagãs na Bahia.
*AMAR25DOM14*
2014
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 15
QUESTÃO 123
O Brasil é sertanejo
Que tipo de música simboliza o Brasil? Eis uma
questão discutida há muito tempo, que desperta opiniões
extremadas. Há fundamentalistas que desejam impor ao
público um tipo de som nascido das raízes socioculturais
do país. O samba. Outros, igualmente nacionalistas,
desprezam tudo aquilo que não tem estilo. Sonham com
o império da MPB de Chico Buarque e Caetano Veloso.
Um terceiro grupo, formado por gente mais jovem, escuta
e cultiva apenas a música internacional, em todas as
vertentes. E mais ou menos ignora o resto.
A realidade dos hábitos musicais do brasileiro agora
está claro, nada tem a ver com esses estereótipos.
O gênero que encanta mais da metade do país é o
sertanejo, seguido de longe pela MPB e pelo pagode.
Outros gêneros em ascensão, sobretudo entre as classes
C, D e E, são o funk e o religioso, em especial o
JRVSHO.
Rock e música eletrônica são músicas de minoria.
É o que demonstra uma pesquisa pioneira feita entre
agosto de 2012 e agosto de 2013 pelo Instituto Brasileiro
de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A pesquisa Tribos
PXVLFDLV²RFRPSRUWDPHQWRGRVRXYLQWHVGHUiGLRVRE
XPDQRYDyWLFDfaz um retrato do ouvinte brasileiro e traz
algumas novidades. Para quem pensava que a MPB e o
samba ainda resistiam como baluartes da nacionalidade,
uma má notícia: os dois gêneros foram superados em
SRSXODULGDGH 2 %UDVLO PRGHUQR QmR WHP PDLV R SHU¿O
sonoro dos anos 1970, que muitos gostariam que se
eternizasse. A cara musical do país agora é outra.
GIRON, L. A. Época, n. 805, out. 2013 (fragmento).
2WH[WRREMHWLYDFRQYHQFHUROHLWRUGHTXHDFRQ¿JXUDomR
da preferência musical dos brasileiros não é mais a
mesma da dos anos 1970. A estratégia de argumentação
para comprovar essa posição baseia-se no(a)
A apresentação dos resultados de uma pesquisa que
retrata o quadro atual da preferência popular relativa
à música brasileira.
B caracterização das opiniões relativas a determinados
gêneros, considerados os mais representativos da
brasilidade, como meros estereótipos.
C uso de estrangeirismos, como rock, funk e JRVSHO,
para compor um estilo próximo ao leitor, em sintonia
com o ataque aos nacionalistas.
D ironia com relação ao apego a opiniões superadas,
tomadas como expressão de conservadorismo e
anacronismo, com o uso das designações “império”
e “baluarte”.
E contraposição a impressões fundadas em elitismo e
preconceito, com a alusão a artistas de renome para
melhor demonstrar a consolidação da mudança do
gosto musical popular.
QUESTÃO 124
6FLHQWL¿F$PHULFDQ Brasil, ano 11, n. 134, jul. 2013 (adaptado).
Para atingir o objetivo de recrutar talentos, esse texto
publicitário
A D¿UPDFRPDIUDVH³4XHUHPRVVHXWDOHQWRH[DWDPHQWH
como ele é”, que qualquer pessoa com talento pode
fazer parte da equipe.
B DSUHVHQWD FRPR HVWUDWpJLD D IRUPDomR GH XP SHU¿O
por meio de perguntas direcionadas, o que dinamiza
a interação texto-leitor.
C utiliza a descrição da empresa como argumento
principal, pois atinge diretamente os interessados em
informática.
D XVDHVWHUHyWLSRQHJDWLYRGHXPD¿JXUDFRQKHFLGDR
nerd, pessoa introspectiva e que gosta de informática.
E recorre a imagens tecnológicas ligadas em rede, para
simbolizar como a tecnologia é interligada.
*AMAR25DOM15*
2014
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 16
QUESTÃO 125
Blog é concebido como um espaço onde o blogueiro
é livre para expressar e discutir o que quiser na atividade
da sua escrita, com a escolha de imagens e sons que
compõem o todo do texto veiculado pela internet, por
meio dos
SRVWV. Assim, essa ferramenta deixa de ter
como única função a exposição de vida e/ou rotina de
alguém — como em um diário pessoal —, função para
qual serviu inicialmente e que o popularizou, permitindo
também que seja um espaço para a discussão de ideias,
trocas e divulgação de informações.
A produção dos blogs requer uma relação de troca,
que acaba unindo pessoas em torno de um ponto de
interesse comum. A força dos blogs está em possibilitar
que qualquer pessoa, sem nenhum conhecimento técnico,
publique suas ideias e opiniões na web e que milhões de
outras pessoas publiquem comentários sobre o que foi
escrito, criando um grande debate aberto a todos.
LOPES, B. O. A linguagem dos blogs e as redes sociais. Disponível em: www.fateczl.edu.br.
Acesso em: 29 abr. 2013 (adaptado).
De acordo com o texto, o blog ultrapassou sua função
inicial e vem se destacando como
A estratégia para estimular relações de amizade.
B espaço para exposição de opiniões e circulação de
ideias.
C gênero discursivo substituto dos tradicionais diários
pessoais.
D ferramenta para aperfeiçoamento da comunicação
virtual escrita.
E recurso para incentivar a ajuda mútua e a divulgação
da rotina diária.
QUESTÃO 126
Camelôs
Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão:
O que vende balõezinhos de cor
O macaquinho que trepa no coqueiro
O cachorrinho que bate com o rabo
Os homenzinhos que jogam boxe
A perereca verde que de repente dá um pulo que
engraçado
E as canetinhas-tinteiro que jamais escreverão coisa
alguma.
Alegria das calçadas
Uns falam pelos cotovelos:
²³2FDYDOKHLURFKHJDHPFDVDHGL]0HX¿OKRYDL
buscar um
pedaço de banana para eu acender o charuto.
Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...”
Outros, coitados, têm a língua atada.
Todos porém sabem mexer nos cordéis como o tino
ingênuo de
demiurgos de inutilidades.
E ensinam no tumulto das ruas os mitos heroicos da
meninice...
E dão aos homens que passam preocupados ou tristes
uma lição de infância.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
Uma das diretrizes do Modernismo foi a percepção de
elementos do cotidiano como matéria de inspiração
SRpWLFD2SRHPDGH0DQXHO%DQGHLUDH[HPSOL¿FDHVVD
tendência e alcança expressividade porque
A realiza um inventário dos elementos lúdicos
tradicionais da criança brasileira.
B SURPRYHXPDUHÀH[mRVREUHDUHDOLGDGHGHSREUH]D
dos centros urbanos.
C traduz em linguagem lírica o mosaico de elementos
GHVLJQL¿FDomRFRUULTXHLUD
D introduz a interlocução como mecanismo de
construção de uma poética nova.
E constata a condição melancólica dos homens
distantes da simplicidade infantil.
Compartilhe com seus amigos: |