domingo – 17h00
Cartoons para dois pianos
Camille Saint-Saëns: Dança Macabra, op. 40
Filmes: A Regra do Jogo; A Invenção de Hugo; Tombstone; Silly Symphonies (Disney)
Paul Dukas: O Aprendiz de Feiticeiro
Filmes: Fantasia; Fantasia 2000
Richard Strauss: Valsas do Cavaleiro da Rosa
(Transcrição de Otto Singer)
Filmes: A.I.: Inteligência Artificial
Amilcare Ponchielli: Dança das Horas da Ópera “La Gioconda”
(Transcrição de Rinaldo Zhok)
Filmes: Fantasia
Franz Liszt: Rapsódia Húngara no. 2
(Transcrição de Richard Kleinmichel)
Filmes: Um Dia Nas Corridas; Delírios; The Majestic; Um Russo em Nova Iorque; Simplesmente Genial; Quem Tramou Roger Rabbit?
Artur Pizarro, piano
Rinaldo Zhok, piano
Desde que existe o desenho animado, o seu permanente parceiro tem sido a música clássica. Nas nossas imaginação e memória coletiva, clássicos como Tom & Jerry, Bugs Bunny ou o rato Mickey são sempre acompanhados e caracterizados por obras famosas do reportório clássico. Quem não se lembra de ver Bugs Bunny interpretar ao piano (ou Daffy Duck e o Pato Donald a dois pianos no filme Quem Tramou Roger Rabbit?) a segunda rapsódia húngara de Franz Liszt? Ou a prima ballerina hipopótamo com o seu corps de ballet de crocodilos no filme de animação Fantasia, de Walt Disney, dançando a Dança das Horas? Este programa é a nossa pequena homenagem à idade de ouro dos desenhos animados (1920-1960) e a sua excelente paródia em companhia da música clássica!
Rinaldo Zhok
domingo – 19h00
C17 – Sala Almada Negreiros
Bon Voyage
Carlos Gardel Cuando tu no estas
Filmes: Quando tu nao estás
Astor Piazzolla Milonga del Angel
Filmes: Con alma y vida; Equinox
Erik Satie Gymnopedie 1
Filmes: À Primeira Vista; Corrina, Corrina; My Dinner With André; Os Tenebaums – Uma Comédia Genial; Dia dos Namorados; A Verdade Escondida
Erik Satie Gymnopedie 2
Filmes: Uma Outra Mulher
Franz Lehar Der Graf von Luxemburg
Filmes: Der Graf von Luxemburg
Gustav Mahler Adagietto da Sinfonia n.º 5
Filmes: Morte em Veneza; Ato de Amor; Corpos Ardentes; Love Lessons
Astor Piazzolla Muerte del Angel
Filmes: El Angel de la muerte
Amarcord Wien
Sebastien Gurtler, violino
Tommaso Huber, violoncelo
Michael Williams, contrabaixo
Gerhard Muthspiel, acordeão
No caso dos temas selecionados, estamos perante música que não foi composta para o cinema mas que, mais tarde, seria usada por cineastas. Muitos destes temas apareceriam na verdade nos mais variados filmes.
Erik Satie foi um grande compositor, a sua música é decididamente uma boa banda sonora para a vida. A sua obra pode ilustrar tristeza, melancolia, alegria de viver, espanto, curiosidade, o silêncio entre pessoas, o momento extraordinário antes de se tomar uma decisão, a luz em tudo.
O Conde do Luxemburgo, retirado de Viúva Alegre, a famosa opereta de Franz Lehar, foi também usada no cinema. Em 1972 foi usada por Wolfgang Glück e Hugo Wiener para o filme, uma adaptação desta opereta, com estrelas da altura como Eberhard Wächter, Lilian Sukis, Erich Kunz e Helga Papuschek.
O Adagietto de Gustav Mahler da sua 5ª. Sinfonia goza de uma enorme popularidade, que se deve sobretudo à sua utilização no filme Morte em Veneza (1971), de Luchino Visconti. No início e na fase final do filme, as sonoridades deste Adagietto contribuem para uma atmosfera única, uma parte inesquecível da história do cinema, um elemento musical que contribuiu significativamente para o sucesso do filme.
Carlos Gardel foi não apenas o cantor de tango mais significativo do seu tempo como foi um dos primeiros heróis do grande ecrã. Em 1930 apareceu no primeiro filme sonoro da América do Sul, seguindo-se novas participações no cinema, até à sua morte.
A mestria de Astor Piazzolla como compositor está patente em cerca de 300 tangos e em cerca de 40 discos, o que lhe garantiu um lugar seguro na história da música. Também ele trabalhou no/para o cinema: compôs música para cerca de 50 filmes, tendo os seus tangos, compostos para salas de concerto, sido mais tarde usados como banda sonora em filmes e na TV.
SALA SOPHIA DE MELLO BREYNER
domingo – 13h00 C18 – Sala Sophia de Mello Breyner
A Insustentável Leveza do Ser
Leos Janacek: No Nevoeiro
Leos Janacek: Por um Caminho Repleto – I Caderno
Aida Sigharian Asl, Piano
A música, porque tem uma substância abstrata, consegue deslizar pelo tempo tornando-se presente muito depois de o ter sido.
Falar de Leoš Janáček e da sua música é, sem dúvida, falar do contexto em que foi composta: do contexto social e político mas também do contexto pessoal que lhe deu origem.
No entanto, e num momento em que se propõe um percurso pela música como marca na arte cinematográfica, Janáček é mais do que um compositor do seu tempo. As suas peças retornam apropriadas na relação com imagens, personagens e histórias.
Este concerto faz um percurso pelas peças para piano de Leoš Janáček, algumas delas são parte integrante de A Insustentável Leveza do Ser, filme de 1988 de Philip Kaufman, adaptação cinematográfica do livro homónimo de Milan Kundera (1984).
Nesse contexto, The Madona of Frydek, Good night, A Blown-Away Leaf, The Bar Owl Has not Flown Away e In the Mists são o suporte de encontro entre literatura, cinema e música.
Um livro adaptado a filme que cresce com uma banda musical inevitavelmente intrincada no próprio livro. Um círculo que se fecha sobre si próprio, não tivesse sido Milan Kundera aluno de Leoš Janáček.
Mais que tudo isto, a música faz-se desse elo intangível entre Milan Kundera, Philip Kaufman e Leoš Janáček.
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