domingo – 17h00
A Opereta no Cinema
Franz Lehár: Die lustige Witwe
O Vaterland
Heia, Mädel, aufgeschaut
Vilja Lied
Lippen schweigen
Emmerich Kálmán : Die Zirkusprinzessin
Zwei Märchenaugen
Franz Lehár: Der Graf von Luxemburg
Heut’ noch werd’ ich Ehefrau
Emmerich Kálmán: Gräfin Mariza
Komm, Zigány
Komm mit nach Varasdin
Franz Lehár: Giuditta
Meine Lippen, sie küssen so heiss
Rudolf Sieczynski: Wien, du Stadt meiner Träume
Ana Paula Russo, soprano
Rui dos Santos, tenor
Nuno Vieira de Almeida, piano
Historicamente é forçoso reconhecer Jacques Offenbach como o autor das primeiras operetas: a sua reinvenção dos mitos clássicos – A Bela Helena e Orfeu nos Infernos – estabelece um género que toma as mais diversas formas e ultrapassa todas as fronteiras.
Os austro-húngaros Franz Lehár e Emmerich Kálmán criam contudo um subgénero muito particular com a criação das suas operetas, ao integrarem na trama musical um sentimento de nostalgia que os liga às grandes criações musicais da época. Essa noção de melancolia – e a palavra Sehnsucht, de tão difícil tradução, é aqui convocada –, que podemos detetar também em compositores ditos “sérios” como Gustav Mahler ou Richard Strauss, está bem presente em muitas das criações destes autores, salvaguardadas as devidas diferenças.
O cinema tem numerosos exemplos de opereta filmada e bastava o extraordinário filme de Ernst Lubitsch sobre a Viúva Alegre de 1934 – muito mais do que uma opereta filmada – para justificar a aparição do género quando se fala da Música no Cinema.
Nuno Vieira de Almeida
domingo – 19h00 C13 – Sala Luís de Freitas Branco
Franz Schubert: Quinteto para Piano, Violino, Viola, Violoncelo e Contrabaixo, op 114, A Truta
Allegro vivace
Andante
Scherzo
Andantino
Allegro giusto
Filmes: Homem-Aranha 2; Wishmaster; Chop Suey; O Meu Pé Esquerdo; Nunca Mais Digas Nunca; O Sexto Sentido; O Gosto dos Outros
DSCH – Schostakovich Ensemble
Filipe Pinto-Ribeiro, piano e direção artística
Jack Liebeck, violino
Isabel Charisius, viola
Justus Grimm, violoncelo
Tiago Pinto-Ribeiro, contrabaixo
A Truta (Christopher Nupen, 1970) é o nome do documentário musical mais visto da História: trata-se da reunião de cinco jovens músicos, amigos íntimos, para um concerto em Londres com o Quinteto A Truta, de Franz Schubert. Os seus nomes tornaram-se lendas: Daniel Barenboim, Itzhak Perlman, Pinchas Zukerman, Jacqueline du Pré e Zubin Mehta. O Quinteto com Piano A Truta, de Franz Schubert, é um modelo de obra divertida e, ao mesmo tempo, exigente. A sua grande popularidade provém não só das variações sobre a canção A Truta, mas também da sua extraordinária inspiração e fluência. O primeiro andamento caracteriza-se pela sua atmosfera leve e resplandecente. O andamento que se segue é algo meditativo, com uma melodia melancólica como segundo tema. Em contraste, surge o Scherzo, com grande vivacidade e alegria. Depois, no 4.º andamento, é utilizada como tema a melodia ingénua de A Truta, que é seguida por seis variações. O andamento final tem as mesmas leveza e fantasia que o andamento inicial, fazendo lembrar a música de divertimento tocada nos cafés de Viena no tempo de Schubert.
Filipe Pinto-Ribeiro
SALA ALMADA NEGREIROS
domingo – 13h00
Cinema para dois pianos
Leonard Bernstein: Danças Sinfónicas do West Side Story
Filmes: West Side Story; Outra Questão de Nervos
George Gershwin : Um Americano em Paris
Filmes: Um Americano em Paris; Melhor É Impossível
Artur Pizarro, piano
Rinaldo Zhok, piano
Apesar de a dança ser o ponto comum destas duas obras que deram vida aos filmes homónimos, as suas origens são diametralmente opostas. O Americano em Paris, de George Gershwin, começou como poema sinfónico (1928), depois transformou-se em banda sonora de filme (1951) e continuou numa adaptação para teatro musical (em conjunto com outras obras de Gershwin) em 2008. West Side Story, de Leonard Bernstein, nasceu no palco em 1957, foi a banda sonora do filme em 1961 e finalmente transformou-se em danças sinfónicas para orquestra. Mas sobretudo, para o nosso duo, estas duas obras são o resumo da mais autêntica e requintada cultura musical metropolitana dos Estados Unidos da América. Esta música permite a fusão perfeita da imagem e da coreografia e estas duas transcrições (do próprio compositor do Americano em Paris, e de John Musto no caso de West Side Story) dão-nos a possibilidade de explorar as qualidades percussivas, do mundo sinfónico e de jazz, como só dois pianos podem fazer em música de câmara!
Rinaldo Zhok
domingo – 15h00 C15 – Sala Almada Negreiros
CONCERTO "IMPROVISO"
Variações sobre: O Padrinho, Casablanca, La Strada, Amelie
António Victorino D'Almeida, piano
Luiz Avellar, piano
Paulo Jorge Ferreira, acordeão
Para além do jazz, em que a improvisação obedece, mesmo assim, a algumas regras predefinidas, a música totalmente improvisada passou a ser uma arte quase exclusivamente ligada aos organistas. António Victorino d’Almeida, Luiz Avellar e Paulo Jorge Ferreira descobriram que existia uma forte possibilidade de recriarem essa antiga tradição, improvisando neste caso em trio, numa experiência que se tem revelado fascinante para todos aqueles que já tiveram a oportunidade de os acompanhar na sua “aventura”, efetivamente fora do comum.
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