domingo – 13h00 C6 – Pequeno Auditório
VIVALDI
Quatro Estações
Antonio Vivaldi: 4 Estações de Il cimento dell’armonia e dell’invenzio
Concertos para violino e cordasn.º 1-4, op8
La Primavera, Concerto em Mi maior, RV 269
Allegro – Largo e pianissimo – Danza pastorale: Allegro
L’Estate, Concerto em Sol menor, RV 315
Allegro – Adagio – Tempo impetuoso d’estate
L’Autunno, Concerto em Fá maior, RV 293
Allegro – Adagio – La Caccia
L’Inverno Concerto em Fá menor, RV 297
Allegro non molto – Largo – Allegro
Filmes: The Big Tease; Marius e Jeannette; As Manas Rock; 007 – Alvo em Movimento; Exit to Eden; A Modern Affair; Perdido e Achado; Miami; Out Cold; Jogo de Espiões; Flubber: O Professor Distraído; Up Close and Personal; O Caso do Colar; Suicide Kings; O Inquilino Misterioso; Tin Cup; A Outra Irmã; Salem's Lot
Concerto de’ Cavalieri
Marcello Di Lisa, direção musical
As Quatro Estações, de Vivaldi, ganharam uma tal celebridade no decorrer dos séculos que se tornaram provavelmente, juntamente com a Kleine Nachtmusik mozarteana, as composições que mais conseguiram conquistar o imaginário coletivo, acima de quaiquer outras. O tema inicial da primavera, por exemplo, é conhecido até por quem nunca tenha estado numa sala de concertos ou não costume ouvir gravações de música erudita. Mas mesmo o público conhecedor, em qualquer parte do mundo, não deixa de ouvir com prazer, a cada execução, estes famosíssimos concertos.
E com razão, porque As Quatro Estações não são apenas um conjunto de célebres concertos, são acima de tudo uma obra-prima da arte italiana. Nestes concertos o compositor liberta-se intencionalmnte do formalismo tradicional para explorar novas e nunca até ai procuradas possibilidades expressivas, que se realizam através de uma reconstrução caricatural da atmosfera da natureza e de um uso por vezes até bizarro dos efeitos naturalísticos. A ciência musical e o virtuosismo da execução sujeitam-se inteiramente aos caprichos descritivos. E então desenrolam-se perante os olhos dos espetadores o canto dos pássaros, o repouso do pastor com o seu cão, as alegres danças da primavera, enquanto que do som dos violinos emerge o doce resfolhar do arvoredo.
Seguem-se quase sem interrupção os tons acesos do verão, a canícula opressiva e o violento temporal, que evidenciam, como diz o soneto explicativo, o tom impetuoso da estação. O terceiro andamento, em particular, exprime com espetacular evidência a ação devastadora da tempestade estival.
Chega enfim, caracterizada pela suave tonalidade de fá maior, a hora da vindima, no outono. Nela encarna-se metaforicamente o próprio Baco, através da embriaguez do vinho, da placidez do repouso e, por contraste, do ritmo martelante da caça.
Com a mudança de tonalidade de maior para menor entram em cena o gélido vento do inverno que faz bater os pés e a chuva que cai lenta no terreno gelado e que é acolhida com a serena aceitação do que é inevitável.
O fascínio primordial pelo ciclo inevitável da natureza contribui certamente para que os quatro concertos sejam considerados uma suma da sabedoria humana, bem como uma representação profana do mundo através da música.
domingo, 26 de Abril – 15h00 C7 – Pequeno Auditório
Smile (You must believe in Spring)
Música de George Gershwin, Cole Porter, Michel Legrand, Vinicius de Moraes e Henry Mancini.
Maria Viana voz
George Esteves, piano
Sandro Norton, guitarra e direção musical
Paul Dwyer, contrabaixo
Maria Viana, proeminente embaixadora do jazz nacional, revisita algumas das mais belas canções que animaram filmes inesquecíveis e que definiram a história da sétima arte no século XX.
Será acompanhada ao piano por George Esteves, ao contrabaixo por Paul Dwyer e à guitarra por Sandro Norton (que assina também a direção musical).
Neste regresso ao passado glorioso do cinema, ouvem-se algumas das mais emblemáticas canções de compositores como George Gershwin, Cole Porter, Michel Legrand, Vinicius de Moraes e Henry Mancini.
João Moreira Santos
domingo – 17h00 C8 – Pequeno Auditório
Grandes Clássicos do Cinema
Zequinha de Abreu: Tico-Tico no Fubá
Filmes: Copacabana; Tico-Tico no Fubá; Aquarela do Brasil; Saludos Amigos; Os Dias da Rádio; Escola de Sereias
Richard Rodgers: Blue Moon
Filmes: A Festa; O Inimigo Público Número Um; Um Dia No Circo; Amor em Las Vegas; Grease; Blue Jasmine.
Luiz Bonfá: Manhã de Carnaval
Filmes: Orfeu Negro
Ary Barroso: Aquarela do Brasil
Filmes: Aquarela do Brasil; Saludos Amigos; The Gang's All Here; Três Amigos; Notorious; Sitting Pretty; Melodia Fascinante; Uma Vida Difícil; A Última Loucura; Recordações; Brazil; Doidos por Mary; Um Encontro a Três; Queres Ser John Malkovich?; Carandiru; Alguém Tem que Ceder; O Aviador; Australia; WALL-E; Mr. Peabody e Sherman
Maurice Jarre: Tema de Lara
Filmes: Doutor Jivago
Ennio Morricone: Gabriel’s Oboe
Filmes: A Missão
Jacques Offenbach: Barcarola
Filmes: Stardom
Georges Auric: Moulin Rouge
Filmes: Moulin Rouge
Carlos Gardel/Alfredo Lepera: Medley de Tangos
Filmes: Vários
Nino Rota: A Time for Us
Filmes: Romeu e Julieta
Dave Brubeck: Blue shadows in the street
Filmes: Estrada de Fogo
Ernest Gold: Exodus – Tema
Filmes: Exodus
Henry Mancini: Medley
Filmes: Vários
Arranjos exclusivos para a Camerata Atlântica:
Frederico Zimmermann Aranha
Camerata Atlântica
Ana Beatriz Manzanilla, direção
Jed Barahal, violoncelo
Christina Margotto, piano
Abel Cardoso, percussão
MÚSICA NO CINEMA
XX foi o século da imagem. Quase todos os nascidos nesses anos – ao menos aqueles de mais sorte – viveram muitas de suas fantasias nas telas do cinema e da televisão. Quem não carrega na lembrança algum filme que ficou gravado para sempre no seu coração? Quem nunca riu nem chorou naquele mundo de sonho e sentimento? Quem, jovem ou idoso, pode afirmar que teria uma existência igualmente boa se não existisse o cinema?
Pensar em cinema é também, inevitavelmente, pensar na música dos filmes. Foi Richard Wagner quem percebeu, antes de qualquer outro, que a música do futuro estaria associada à imagem. Não é apenas retórica dizer que as suas óperas são o cinema muito antes de os irmãos Lumière fotografarem aquele comboio entrando na estação e pondo a plateia a fugir; portanto, não é por acaso que praticamente toda a música cinematográfica foi e continua a ser feita segundo o modelo wagneriano. Não existe cinema sem música, nem mesmo nos filmes “mudos” – ou alguém imagina Charlot sem aquela pianola tocando?
Este concerto pretende ser uma viagem onírica por esse universo de som e imagem que já foi cenário de emoções nossas. Pode até acontecer você não encontrar um de seus temas favoritos no programa, mas é porque há beleza demais para caber numa única antologia. Frederico Zimmermann Aranha
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