5º. Chacra
Nom e em sânscrito: Vishudda (O purificador).
Nom es m ais conhecidos em português: Laríngeo; Cervical.
Regentes: Xangô, Iansã.
Localizado no centro da garganta, próxim o ao pom o-de-adão, quando ativo
tem a cor azul-claro. Seu elem ento correspondente no m undo físico é o éter,
enquanto seu som é HAM. Por sua vez, o centro físico do chacra Laríngeo
corresponde à tireóide, im portante para o crescim ento do esqueleto e dos órgãos
internos, além de regular o m etabolism o, o iodo e o cálcio no sangue e nos
tecidos (em outras palavras, a tireóide desem penha papel fundam ental no
crescim ento físico e m ental). O chacra Laríngeo é o centro psicológico da
evolução da criatividade, da autodisciplina, da iniciativa, da responsabilidade, da
ação transpessoal. Além disso, apresenta a força vibratória responsável pela
form ação da m atéria, de m odo a interligar pensam ento e form a, m ente e
m atéria. Quando em desequilíbrio, produz, dentre outros, resfriados, herpes,
dores m usculares ou de cabeça, congestão linfática, endurecim ento do m axilar,
problem as dentários, além de aum entar a suscetibilidade a infecções virais ou
bacterianas.
6º. Chacra
Nom e em sânscrito: Ajna (Centro do com ando).
Nom e m ais conhecido em português: Frontal.
Regentes: Iem anj á, Nanã, Iansã.
Localizado no m eio da testa, quando ativo apresenta a cor azul escuro (índigo).
Não tem um elem ento correspondente no m undo físico. Seu som é OM. Seu
centro físico corresponde à pituitária/hipófise, responsável pela função das
dem ais glândulas. O chacra Frontal é o centro psicológico para a evolução do
desej o de liderança, integração ao grupo, poder e controle. Liga o corpo
inconsciente e o físico (m ental). Quando em desequilíbrio, produz, dentre outros,
vícios de drogas, álcool, com pulsões, problem as nos olhos (cegueira, catarata
etc.) e surdez.
7º. Chacra
Nom e em sânscrito: Sarashara (Lótus das m il pétalas).
Nom es m ais conhecidos em português: Coronário; Sublim e.
Regente: Oxalá.
Localizado no topo da cabeça, quando ativo tem a cor violeta, com m atizes
brancas. Não possui som correspondente no m undo físico, j á que possui a m esm a
condição do Universo, de Deus. Seu centro físico corresponde à glândula pineal,
que atua no organism o todo (quando falha, dá-se a puberdade tardia). O chacra
Coronário é o centro psicológico para a evolução da capacidade intuitiva, da
experiência espiritual e do sentido de unificação; do divino. Por ser um a ponte
entre o inconsciente coletivo e o inconsciente individual, possibilita o acesso ao
registro coletivo (akásico) e a libertação da necessidade de controle. Quando em
desequilíbrio, produz, dentre outros, desordens no sistem a nervoso, insônia,
neurite, enxaqueca, histeria, disfunções sensoriais, possessão, obsessão e
neuroses.
Congá Vivo
Consiste na m ontagem de um altar (congá) em que atores interpretam os
Orixás tais quais são representados e/ou sincretizados na Um banda.
O Congá Vivo surgiu por iniciativa de Pai Ronaldo Linares, no início da década
de 1970, com o um a m inipeça contando o nascim ento da Um banda. A partir daí,
passou a ser apresentado em diversas ocasiões.
Corpos
Conceitos com que se trabalha na m edicina holística, os quais se popularizaram
com conhecim entos vindos do Oriente, da Teosofia e de outras fontes. A esse
respeito, observem -se, em especial, os trabalhos dos Mentores de Cura.
Corpo físico (Som a) – Estrutura de carne, m úsculos, nervos, ossos, vasos e
pele, a partir da qual se estabelece um a sequência de estruturas sutis que
perm item ao espírito m anifestar-se no invólucro físico.
Corpo duplo Etérico – Fonte geradora de energias, é responsável pelos
cham ados autom atism os vitais. Constitui-se na sede dos chacras.
Corpo Astral (Modelo Organizador Biológico – Serve de m olde para a
constituição do corpo físico) – Sede das em oções, recebe e executa
program ações estabelecidas em m em órias anteriores, a fim de que o encarnado
possa evoluir de acordo com o reaj uste de propósitos e ações.
Corpo Mental Inferior – Com preende os atributos dos cinco sentidos e da
intelectualidade.
Corpo Mental Superior – Rege a vontade e a im aginação.
Corpo Búdico – Banco de dados da consciência, responsável pelo
arm azenam ento das experiências do espírito. Nele se traçam as diretrizes do
proj eto de vida a ser em preendido pelo espírito quando encarnado.
Corpo Átm ico (Mônada ou Centelha Divina) – Princípio e m otor da vida.
Outra forma de entender os diversos corpos:
Etérico - contém a energia dos órgãos, expandindo-se ou retraindo-se
conform e o seu funcionam ento. Filtro sutil das em oções e dos pensam entos em
harm onia, quando saturado, exporta as desarm onias para o corpo físico, que
funciona com o filtro m ais denso. O corpo etérico constitui-se de linhas de força
responsáveis por m odelar e firm ar a m atéria física dos tecidos do corpo.
Em ocional – de estrutura m ais fluida que a do corpo etérico, associa-se aos
sentim entos e apresenta contornos sem elhantes aos do corpo físico. Nele
arquivam -se as sensações, em oções, sentim entos relacionados a esta
encarnação, desde o m om ento da concepção. Por outro lado, não arquiva
processos de ideias e/ou pensam entos, função do m ental. Constitui-se de nuvens
coloridas em contínuo m ovim ento.
Mental – contém a estrutura das ideias e, por essa razão, associa-se a
pensam entos e processos m entais. Funciona com o um a verdadeira biblioteca,
um a vez que arquiva toda sorte de pensam entos, padrões individuais, fam iliares,
sociais, assim com o a habilidade do raciocínio lógico. Em equilíbrio, apresenta-se
translúcido, com o em anações douradas sem elhantes a bolhas.
Extra-sensorial – abarca as percepções oriundas de form as não-m ateriais,
com o a intuição, a visão de outros planos, a sensibilidade ao m eio am biente ou a
outros seres, a proj eção da consciência (a outros lugares ou épocas) e a leitura do
cam po eletrom agnético planetário ou astral. É form ado por nuvens
m ulticoloridas.
Etérico Superior – neste cam po de energia desenvolve-se o corpo físico.
Apresenta, portanto, as form as padronizadas e definidas para a reencarnação.
Form ado de linhas transparentes sobre um fundo azul escuro (espaço sólido), nele
o som cria a m atéria.
Em ocional Superior – nível responsável pelo êxtase espiritual, este plano de
identificação com o divino é form ado por pontas de luz. Contém os arquivos das
em oções de toda a existência do ser, assim com o a clara percepção do porquê da
vida presente do encarnado.
Mental/causal – arm azena as im pressões de vidas anteriores e contém os
corpos áuricos relacionados à encarnação atual do indivíduo, de m odo a protegê-
los e m antê-los unidos. Nível m ais forte e elástico do cam po áurico, contém ,
ainda, a corrente principal de força que se desloca ao longo da espinha, que liga o
encarnado à energia prim ordial.
Curiar
Beber. Palavra interessante que vem do quim bundo, ku-dia, que corresponde a
kulya, em um bundo.
Datas comemorativas
Trata-se das principais festas, que se destacam entre trabalhos, obrigações e
outros. O calendário varia bastante: por região, por influência dos Cultos de
Nação e pelo cronogram a específico de cada casa. Contudo, geralm ente é
guiado pelo calendário católico.
PRINCIPAIS DATAS
COMEMORATIVAS
(Homenagens e festas)
Oxóssi
20 de março
São Sebastião
Ogum
21 de abril
São Jorge
Pretos
Velhos
13 de maio
Abolição da
Escravatura
Ogum
13 de junho
Santo Antônio
Exu
13 de junho
Santo Antônio
Santa
Sara e
Povo
Cigano
24 de maio
Santa Sara
Nanã
26 de julho
São Joaquim e
Sant’Ana
Xangô
30 de
setembro
São Jerônimo
Obaluaê
15 de agosto
São Roque
Ibejada
27 de
setembro
São Cosme e
São Damião
Xangô
30 de
setembro
São Jerônimo
Oxum
12 de outubro
Nossa
Senhora
Aparecida
Ibejada
25 de outubro
São Crispim e
São
Crispiniano
Dia da
Umbanda
15 de
novembro
Dia da
Umbanda
Iansã
04 de
dezembro
Santa Bárbara
Iemanjá
08 de
dezembro
Nossa
Senhora da
Imaculada
Conceição
Obaluaê
17 de
dezembro
São Lázaro
Oxalá
25 de
dezembro
Natal
Decá
No Candom blé, e tam bém em alguns terreiros de Um banda, “receber o decá”
significa ser investido na função de Pai ou Mãe-de-Santo. Nessa cerim ônia, o(a)
novo(a) sacerdote(a) recebe um a cuia contendo navalha, faca e tesoura,
sím bolos do poder de raspar filhos-de-santo. Na Um banda, m uitas vezes,
“receber o decá” significa tornar-se sacerdote, sem necessariam ente os
elem entos associados ao corte ritualístico.
O term o “decá” teria origem num a cerim ônia sem elhante realizada no Benim
e conhecida com o dô non dê ka me, sendo as palavras dê e ka traduzidas
respectivam ente por “fruto, noz de dendezeiro” e “cabaça” ou “cuia”.
Demanda
Confusões, desentendim entos, dificuldades, m al estar, etc. provocados pela
ação de outrem . A dem anda pode ocorrer contra alguém , um a instituição, um a
casa religiosa. O equilíbrio energético (pensam ento, palavras, atos) e trabalhos
específicos de defesa e proteção auxiliam a evitar os efeitos indesej áveis de
dem andas.
Desenfeitiçar
Anular a ação de um feitiço. Pela Lei de Ação e Reação, um trabalho de
quebra de dem anda ou feitiço, na Um banda, j am ais enviará de volta a seu autor
a energia deletéria proj etada contra outrem . Ou ela se desagrega, ou retorna a
seu autor conform e a afinidade, o carm a ou determ inação de aprendizado
espiritual perm itido pela própria Espiritualidade.
Desobsessão
Processo no qual a Espiritualidade e os m édiuns buscam desaloj ar Entidades
espirituais que vibram em energia deletéria que aj am sobre pessoas, anim ais,
am bientes, etc. Além de aj udar os obsedados, a desobsessão busca tam bém
auxiliar os obsessores, doutrinando-os e encam inhando-os para tratam ento
espiritual ou, quando renitentes, para locais específicos no plano espiritual onde
possam m editar sobre seus atos a fim de que, quando estiverem prontos,
recebam o devido auxílio. O exorcism o, por outro lado, é o ritual por m eio do
qual algum as religiões expulsam o que consideram o “dem ônio” do corpo de
pessoas, anim ais, am bientes, reencam inhando-o para o inferno, onde, segundo a
doutrina dessas religiões, viveriam em eterno afastam ento de Deus.
Dias
Segunda-
feira
Exu, Obaluaê,
Pretos-Velhos.
Terça-
feira
Ogum.
Quarta-
feira
Xangô e Iansã
Quinta-
feira
Oxóssi,
Ossaim,
Logun-Edé e
Caboclos.
Sexta-
feira
Oxalá
(influência
dos Cultos de
Nação),
Pretos-Velhos
e Almas
(influência do
Catolicismo).
Sábado
Iabás, Santa
Sara e Povo
Cigano.
Oxalá
(influência do
Domingo
Catolicismo)
e Ibejada.
Diabo
Por influência do Catolicism o, m uitas vezes o Diabo, com o anj o caído e fonte
do m al, conform e interpretação literal do texto bíblico, é crença com um em
alguns segm entos um bandistas. Por outro lado, tam bém é forte, por influência do
Espiritism o (Kardecism o), a leitura sim bólica do Diabo com o representação e
síntese de espíritos que ainda vibram predom inantem ente de form a negativa,
buscando causar o m al a outros, m as que, ao longo do tem po e das experiências,
tam bém evoluirão.
O Diabo é, m uitas vezes, associado preconceituosam ente a Exu, até m esm o
por alguns um bandistas, em especial os que ainda tem em desenvolver e trabalhar
a Esquerda.
Ebó
Oferenda, entrega, em especial à Esquerda. Vem do iorubá ebo, que significa
sacrifício.
O term o, por vezes, é utilizado de form a pej orativa em relação às religiões de
m atriz africana.
Ectoplasma
Fluido fornecido pelos m édiuns para a Espiritualidade agir em diversos
sentidos. Talvez o m ais conhecido e popular sej a a m aterialização, contudo há
outros tantos procedim entos realizados com a aj uda do ectoplasm a. Segundo
Ram atís, o ectoplasm a é o “fluido anim alizado produzido no duplo etérico e
decorrente do m etabolism o biológico do equipo físico”.
Egunitá
Qualidade de Iansã. Para alguns segm entos um bandistas, Orixá independente,
associado ao fogo.
Encruzilhada
Cruzam ento de ruas ou estradas, um dos principais pontos de força da
Esquerda, onde são realizadas entregas e cerim ônias litúrgicas. Há encruzilhadas
m asculinas (em form a de +) e fem ininas (em form a de T). As segundas são
específicas para Pom bogiras.
Energias masculina e feminina
Por um a questão de equilíbrio energético que não tem nada a ver com
hom ossexualidade ou bissexualidade, há casas em que m édium m asculino não
incorpora Orixá/Guia/Guardião com energia fem inina. Segundo orientações
espirituais, a m ulher suporta com precisão a energia dita fem inina de Orixás,
Guias e Guardiões. Já o hom em tem um choque energético m uito grande, que
pode abalar sua em otividade. Contudo, tal abordagem em nada invalida a
seriedade de casas onde m édiuns m asculinos incorporam Iabás ou Guias e
Guardiões com energia fem inina.
Ao contrário do que com um ente se pensa, a hom ossexualidade é um a
orientação sexual do m édium , não estando atrelada ao Orixá. Quem tem um
Orixá dito “m etá m etá” (energia m asculina e fem inina), por exem plo, não será
necessariam ente hom ossexual ou bissexual.
Por sua vez, a forte presença de hom ossexuais, tanto m asculinos quanto
fem ininos, na Um banda, no Candom blé (e, claro, em outras religiões) deve-se à
acolhida, à com preensão e ao fato de não serem segregados, discrim inados ou
apontados, o que, além de falta de caridade, denota infração a diversos direitos
civis.
Enredo
Relação energética e/ou m itológica entre Orixás. Exem plo: Xangô Airá tem
enredo com Oxalá; Iansã Igbale tem enredo com Obaluaê etc.
Entidade
Guia e Guardião. O term o tam bém pode se referir a Orixá.
Equede
Em casas de Um banda com forte influência dos Cultos de Nação ou ditas
cruzadas, m uitas vezes encontram -se “Equedes”, correspondentes fem ininas aos
Ogãs do Candom blé, responsáveis por cuidar das vestes dos Orixás, por enxugar
o rosto de iaôs em festas públicas etc. O vocábulo vem do iorubá “èkej i”, com o
sentido de “acom panhante”.
Espírito
Substância não-corpórea individual e inteligente que, encarnada num corpo
físico, recebe o nom e de alm a.
Falange
Em linhas gerais, um a falange é a subdivisão de um a linha. No cotidiano,
porém , o vocábulo tam bém pode ser em pregado com o sinônim o de Linha.
Federação
A Um banda não possui um a estrutura com o as de religiões que apresentam
um a autoridade central. Cada tem plo é autônom o e, m esm o quando não
registrado ou federado, não é m enos legítim o em suas práticas espirituais, desde
que sej am voltadas para o bem e a evolução.
Por outro lado, são m uitas as federações e outras agrem iações de Um banda,
m uitas delas com preendendo casas de Candom blé e/ou de outras religiões de
m atriz africana. Geralm ente as federações se unem em torno de um órgão que
as congregue, m as m esm o essa agrem iação não é única, por exem plo, num
m esm o Estado da federação.
Filho(a)-de-Fé
Um bandista.
Filho(a)-de-Santo
Um bandista que j á passou por alguns processos de desenvolvim ento, incluindo
obrigação m aior para seu Orixá de Cabeça.
Folclorização
Assim com o as dem ais religiões de m atriz africana, a Um banda passa pelo
processo de folclorização, que nada m ais é do que a intolerância m ascarada ou
explícita. Conceitos, rituais, valores, expressões linguísticas são constantem ente
evocados pelo senso com um e pela m ídia com o supostam ente um bandistas.
Nesse contexto, pessoas que, por exem plo, j am ais estiveram num a casa de
Um banda, apresentam -se com o especialistas. Estudiosos das Ciências Hum anas
m uitas vezes tam bém descrevem a Um banda de m odo folclorizado.
Infelizm ente, contribuem para esse olhar estereotipado volantes, propagandas e
outros de supostos “dirigentes espirituais” que prestam “atendim entos religiosos”
que ferem o livre-arbítrio, a ética e o bom senso.
Fundamento
Força m ágico-espiritual-ritualística e o próprio conhecim ento a respeito dela,
que fundam entam a tradição, a prática, a liturgia e outros tantos elem entos das
religiões de m atriz africana.
Inicialm ente, fundam ento significava o recipiente ou o local onde se
colocavam os elem entos e obj etos do Orixá.
O vocábulo tam bém é em pregado com o sinônim o de “enredo”. Exem plo:
Oxum Apará tem fundam ento com Iansã.
G uia
Espírito condutor, inspirador, responsável pela orientação espiritual, tais com o
Caboclo, Preto-Velho e outros. Por vezes, no cotidiano dos terreiros, os Orixás
tam bém são cham ados de Guias, bem com o os Guardiões (Exus), um a vez que,
por extensão, todos eles são responsáveis por orientações, apoios, inspirações na
cam inhada espiritual.
Homem das encruzilhadas
Exu (Guardião).
Horas
Com variação de concepções entre segm entos e casas um bandistas, os
horários para determ inados rituais, trabalhos, oferendas, são divididos em horas
abertas e horas fechadas.
Horas abertas
Seis horas da m anhã, m eio-dia, seis horas da tarde e m eia-noite.
Horas fechadas
Todas as que não são horas abertas.
Hora grande
Meia-noite.
Iaô
Por influência do Candom blé Ketu, nom e dado em algum as casas de
Um banda ao m édium iniciante. O vocábulo deriva do iorubá “iy àwó”, com o
sentido de “recém -casada” ou “esposa m ais j ovem ”, o que reforça a ideia de
que, independente de gênero, o desenvolvim ento e/ou a iniciação espiritual
dem anda receptividade (aspecto da energia do fem inino).
Imagens
Principalm ente em virtude do sincretism o, são utilizadas im agens católicas nos
tem plos de Um banda. Contudo, há tem plos que se utilizam de im agens com
representações ditas africanas dos Orixás, enquanto outros não usam im agem
algum a, m as apenas quartinhas com pedras correspondentes (otás), por exem plo.
Interessante notar que m esm o nos tem plos que se valem de im agens católicas
(a m aioria), a im agem de Obaluaê costum a figurar ao lado das im agens de
santos católicos aos quais esse Orixá é sincretizado, notadam ente São Lázaro e
São Roque.
Tam bém é com um se encontrarem bustos de Allan Kardec, codificador do
Espiritism o, e de Dr. Bezerra de Menezes, m édico espírita brasileiro que, no plano
espiritual, trabalha na Linha da Cura.
Incorporar
Form a popular com que se refere ao fenôm eno m ediúnico em que um ser do
plano espiritual (superior ou inferior) coordena os m ovim entos do corpo do
m édium (postura, gestos, palavras, etc.). Para tanto, em linhas gerais, o espírito
do m édium se afasta (m as não se desprende totalm ente, ou haveria óbito) para
que o ser espiritual possa plasm ar-se e com andar os m ovim entos.
Conform e o estado de acom panham ento do m édium em relação ao
fenôm eno, a incorporação pode ser consciente, inconsciente ou sem iconsciente,
havendo, portanto, m édiuns que se m antêm conscientes, inconscientes ou
sem iconscientes durante a incorporação. O desenvolvim ento m ediúnico deve ser
orientado e seguro para que não haj a dúvidas ou m istificações.
Inquices
Os Inquices são divindades dos cultos de origem banta. Correspondem aos
Orixás iorubanos e da Nação Ketu. Dessa form a, por paralelism o, os Inquices,
em conversas do povo-de-santo, aparecem com o sinônim os de Orixás.
Tam bém entre o povo-de-santo, quando se usa o term o Inquice, geralm ente se
refere aos Inquices m asculinos, ao passo que Inquice Am ê refere-se aos
Inquices fem ininos.
O vocábulo Inquice vem do quim bundo Nksi (plural: Mikisi), significando
“Energia Divina’”. Mais conhecidos no Brasil:
ALUVAIÁ, BOMBO NJILA OU PAMBU NJILA
Interm ediário entre os seres hum anos e o outros Inquices. Na sua
m anifestação fem inina, é cham ado Vangira ou Panj ira. Paralelism o com o Exu
nagô. De seu nom e originou-se o vocábulo “Pom bogira”.
NKOSI, ROXI MUKUMBE OU ROXIMUCUMBI
Inquice da guerra e senhor das estradas de terra. Paralelism o com o Orixá
Ogum . Mukum be, Biolê, Buré são qualidades de Roxim ucum bi.
NGUNZU
Inquice dos caçadores de anim ais, pastores, criadores de gado e dos que vivem
em brenhados nas profundezas das m atas, dom inando as partes onde o sol não
penetra.
KABILA
O caçador e pastor. Aquele que cuida dos rebanhos da floresta. Paralelism o
com o Orixá Oxóssi.
MUTALAMBÔ, LAMBARANGUANGE OU KIBUCO MUTOLOMBO
Caçador, vive em florestas e m ontanhas. Inquice da fartura, da com ida
abundante. Paralelism o com o Orixá Oxóssi.
MUTAKALAMBÔ
Senhor das partes m ais profundas e densas das florestas, onde o Sol não
alcança o solo por não penetrar pela copa das árvores. Paralelism o com o Orixá
Oxóssi.
GONGOBIRA OU GONGOBILA
Jovem caçador e pescador. Paralelism o com o Orixá Logun-Edé.
KATENDÊ
Senhor das Jinsaba (folhas). Conhece os segredos das ervas m edicinais.
Paralelism o com o Orixá Ossaim .
NZAZI, ZAZE OU LOANGO
Inquice do raio e da j ustiça. Paralelism o com o Orixá Xangô.
KAVIUNGO OU KAVUNGO, KAFUNGÊ, KAFUNJÊ OU KINGONGO
Inquice da varíola, das doenças de pele, da saúde e da m orte. Paralelism o com
o Orixá Obaluaê.
NSUMBU
Senhor da terra, tam bém cham ado de Ntoto pelo povo de Congo.
HONGOLO OU ANGORÔ (MASCULINO) OU ANGOROMÉA
(FEMININO)
Auxilia na com unicação entre os seres hum anos e as divindades, sendo
representado por um a cobra. Paralelism o com o Orixá Oxum aré.
KINDEMBU OU TEMPO
Rei de Angola. Senhor do tem po e estações. É representado, nas casas Angola
e Congo, por um m astro com um a bandeira branca. Paralelism o com o Orixá
Iroco. Tem po é patrono da Nação Angola.
KAIANGU OU KAIONGO
Tem o dom ínio sobre o fogo. Paralelism o com o Orixá Iansã.
Nom es/qualidades: Matam ba, Bam burussenda, Nunvurucem avula
Guerreira, tem dom ínio sobre os m ortos (Nvum be).
KSIMBI OU SAMBA
A grande m ãe. Inquice de lagos e rios. Paralelism o com o Orixá Oxum .
NDANDA LUNDA OU DANDALUNDA
Senhora da fertilidade, da Lua, confunde-se, por vezes, com Hongolo e
Kisim bi. Paralelism o com os Orixás Iem anj á ou Oxum .
KAITUMBA, MIKAIA OU KOKUETO
Inquice do Oceano, do m ar (Calunga Grande). Paralelism o com o Orixá
Iem anj á.
NZUMBARANDÁ, NZUMBA, ZUMBARANDÁ, GANZUMBA OU
RODIALONGA
A m ais velha dos Inquices fem ininos, relacionada à m orte. Paralelism o com o
Orixá Nanã.
NVUNJI
A m ais j ovem dos Inquices, senhora da j ustiça. Representa a felicidade da
j uventude e tom a conta dos filhos recolhidos. Paralelism o com os Ibej is nagô.
LEMBA DILÊ, LEMBARENGANGA, JAKATAMBA, NKASUTÉ LEMBÁ
OU GANGAIOBANDA
Ligado à criação do m undo. Paralelism o com o Orixá Oxalá.
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