Festival Brasileiro de Cerveja 2016: recorde de público e muita polêmica
Por Mariana Bueno · Em 16 Março, 2016
Na quarta-feira, dia 09 de março, aconteceu em Blumenau, Santa Catarina, o primeiro dia do maior festival de cerveja da América do Sul, o Festival Brasileiro de Cerveja. A feira reuniu inúmeros fabricantes de equipamentos e produtos voltados especialmente para o mercado cervejeiro. Os ingressos custaram R$ 12 para os dois primeiros dias e R$ 25 para o final de semana, qualquer pessoa poderia participar.
Com um aumento de quase 20% em relação ao ano passado, o festival acabou no sábado (12) e teve um recorde de público com um total de 41 mil pessoas. Além de quase mil rótulos de cerveja disponíveis, a feira contou com bastante opções gastronômicas para harmonizar com os diferentes estilos cervejeiros. Entre as opções haviam hambúrgueres das mais diversas carnes, nachos, pão com bolinho e comidas típicas alemãs. Com a música não poderia ser diferente, o repertório foi bastante variado com 21 bandas incluindo “Eu & Minha Banda” e “Star Beatles“, da Argentina, trazidas pela patrocinadora Brasil Kirin.
O evento ainda contou com variadas palestras em parceria com a Escola Superior de Cerveja e Malte para os visitantes melhorarem seus conhecimentos no mercado cervejeiro.
As cervejas e cervejarias premiadas
Entre as 1.469 cervejas inscritas e analisadas pelos jurados, as principais campeãs foram:
As cervejarias campeãs 2016
Cervejaria Tupiniquim
Cervejaria Heilige
Cervejaria Bodebrown
As cervejas do ano
Red “Meth”, da Cervejaria Maniba (RS)
Estilo: Oud Red Ale
RedCor Ryequeoparta, da Cervejaria Araucária (PR)
Estilo: Rye Beer
Urwald Dortmunder Export, da Cervejaria Urwald (RS)
Estilo: Dortmunder
As melhores cervejas ainda não comercializadas
Backer Reserva, Cervejaria Backer – Estilo: Old Ale
Seven’r Inn, Cervejaria Opera – Estilo: Cerveja Brasileira
Backer Julieta, Cervejaria Backer – Estilo: Belgian-Style Fruit Beer
A cerveja do ano, a Red Meth da Maniba, é uma típica belga e levou 8 meses para ficar pronta. Segundo o proprietário da cervejaria, Cristiano Winck:
“Ela foi feita em um barril de carvalho americano, que contém bactérias responsáveis pelo azedo. A fermentação é feita com microorganismos e é diferente do normal”.
Protestos, nota de repúdio e polêmica
Apesar do recorde superado e das premiações, o festival deste ano sofreu uma grande polêmica e protestos. Para um melhor entendimento, segue parte da nota de repúdio da associação:
O festival, que se estabeleceu como uma vitrine das cervejarias artesanais e independentes do país, está tendo sua finalidade primária – a divulgação do trabalho dos artesãos independentes da cerveja – distorcida em prol do marketing das grandes corporações. A organização, sem aviso prévio dirigido aos expositores, alterou a programação contratualmente prevista, abrindo, no dia de maior movimento do evento, um espaço exclusivo para uma grande cervejaria, em contrariedade às regras de padrão de stands e espaços que foram impostos aos demais expositores, o que contraria a essência e a razão de ser do próprio festival. (Leia a nota completa)
Os cervejeiros em ato de protesto | Crédito: Rodrigo Silveira
Ainda não houve uma reposta formal do Festival Brasileiro da Cerveja sobre o ocorrido.
Guia da Oktober -
http://www.guiadaoktober.com/percepcoes-sobre-o-festival-brasileiro-da-cerveja-2016/
Rock Breja -
http://rockbreja.com/festival-brasileiro-da-cerveja-2016-fotos-e-impressoes-gerais-do-evento/
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