A ÉTICA: PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO DA VIDA
O ser humano, ao longo da história das diferentes culturas, sentiu a necessidade de proteger e preservar a vida e, ao mesmo tempo, garantir uma convivência harmoniosa. As diferentes culturas desenvolveram e desenvolvem sistemas de regras, códigos, leis, princípios e valores que, com o passar do tempo, tornaram-se padrões de comportamentos que servem de parâmetros para discernir o que é correto ou não em uma organização social. Os princípios éticos contribuem
para que a sociedade e os indivíduos tenham a oportunidade de refletir e gerar transformações.
As tradições religiosas devem propor a ética da alteridade, princípio que permite estabelecer uma relação respeitosa, fundada na acolhida, na liberdade e na responsabilidade, influenciando o modelo de convivência que a pessoa vive e o respeito que é capaz de
expressar em relação a si mesmo e ao próximo.
Por isso, a regra de ouro de várias culturas, sejam elas religiosas ou não, é que não se deve fazer ao outro aquilo que não queremos que façam conosco, ou dizendo de forma positiva, devo tratar os outros como eu gostaria de ser tratado. E isso não se refere só às pessoas, mas também a todos os seres: animais, vegetais e à natureza em geral, como os rios, as montanhas, os mares... No fundo, o que se quer é cuidar e preservar a vida. Essa é a ética da reciprocidade, a ética da alteridade, ou seja, essa palavra alteridade vem de “alter = outro”. É a ética de respeito ao outros, aos diferentes de nós, sejam as pessoas ou a natureza e sua diversidade de formas e seres.
Numa situação de pandemia como a que estamos vivendo, temos a chance de aprender coisas novas. Estão surgindo novos hábitos e costumes que irão se integrar com a cultura. O objetivo de tudo isso é preservar a vida, garantir que as pessoas tenham saúde, não adoeçam e corram riscos. Há pessoas, no entanto, que não entendem isso e não se cuidam. Com isso, acabam fazendo com que o vírus contamine outras pessoas, produzindo um aumento no número de mortos.